30 janeiro 2009/timorlorosaenacao
"É VULGAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES TENTAREM APEDREJÁ-LO E CHAMAREM-LHE TRAIDOR"
Ao contrário daquilo que foi noticiado sobre a tentativa de atentado, à fisga, contra Xanana Gusmão, testemunhas afirmam que o primeiro-ministro da AMP sofreu ontem dois ataques à pedrada, um de manhã à saída de sua casa e outro à tarde junto ao Palácio do Governo, contrariamente ao que foi divulgado pela comunicação social, referindo somente um acto de agressão com fisga. Sendo vulgar que até "crianças e adolescentes tentem apedrejar a viatura de Xanana e lhe chamem traidor".
"Foi apedrejado duas vezes no mesmo dia e por pessoas diferentes", afirmam testemunhas oculares. Ambos os agressores foram capturados e espancados pelos elementos de segurança do PM.
A revolta timorense "alastra em surdina, principalmente após a compra das mais de seis dezenas de Pajeros" destinados aos deputados, por iniciativa de Fernando Lasama Araújo, Presidente do Parlamento, e do primeiro-ministro da AMP, Xanana Gusmão. "Circulam rumores de uma revolta. Programam-se apedrejamentos aos famosos Pajeros. Há quem fale em queimá-los", afirmaram.
Também os funcionários públicos estão descontentes e a confrontar-se com o governo AMP, exigem "o pagamento dos retroactivos. A ministra das finanças disse ontem, na RTVL, que a culpa do não pagamento dos aumentos salariais é da Fretilin, porque aprovou o decreto-lei em Novembro de 2006 e prorrogou o prazo de implementação para Fevereiro de 2007 e "isso é verdade, o prazo foi prorrogado". Contudo a questão que os funcionários públicos levantam é "e então e a partir de Fevereiro de 2007? Não se paga? O prazo foi prorrogado ad eternum? Claro que não foi e aquilo que devem fazer é pagar-nos".
Certo é que os timorenses estão descontentes com o actual governo. Alguns temem que "eles se aguentem à força no poder durante muito tempo porque dão dinheiro às pessoas. Umas migalhas." Outros recordam que "os indonésios também fizeram isso, as pessoas aceitavam o dinheiro, muitas vezes para financiar a guerrilha, mas acabaram por cair e ir embora".
Espancamentos e agressões da PNTL
Os espancamentos e agressões aos cidadãos são prática corrente da PNTL pelos motivos mais ínfimos, "depende do humor dos agentes". Confirmaram, dizendo que "é verdade, por aqui as coisas funcionam assim, a polícia tem o "direito" de agredir os cidadãos. Assiste-se a isso várias vezes. Batem em homens, mulheres ou crianças. Vai tudo à frente. Há dias um polícia de trânsito agrediu um motociclista batendo-lhe com o capacete na cabeça, insultando-o e dando-lhe pontapés" sem que se tivesse percebido o que o motociclista fez de errado. "É costume".
"Os que apedrejaram o primeiro-ministro da AMP foram vistos a serem espancados logo ali, após o acto, mas depois é que foram elas, neste momento ainda devem estar a ser espancados, falta saber se estão vivos", adiantaram, pessimistas.
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MOVIMENTO SAPATOS CONTRA XANANA
29 janeiro 2009/timorlorosaenacao http://timorlorosaenacao.blogspot.com
Considerando que o primeiro-ministro da AMP, Xanana Gusmão, foi hoje novamente vítima de um perigoso atentado, através de fisga, certamente por reprovação às suas acções políticas destes últimos anos, e porque queremos preservar o direito à vida que os Direitos Humanos nos consagram, vimos por este meio procurar apaziguar os ânimos e propor aos descontentes que antagonizam as políticas de Xanana que o façam de modo pacífico e simbólico.
Se na realidade têm a intenção de demonstrar a sua repulsa pelas acções do actual PM de Timor-Leste não queremos ser solução andarem a atentar contra a sua segurança e bem-estar, já basta que ele o faça aos timorenses.
Tem todo o cabimento afirmar que lá porque uma besta nos dá um coice isso não nos deve levar a que ponhamos as mãos no chão e façamos o mesmo. Por isso, seguindo este princípio, vimos propor aos timorenses que sofrem directamente os efeitos negativos das políticas que reprovam para se manifestarem através do nosso movimento "atirando" simbolicamente sapatos contra Xanana Gusmão, primeiro-ministro da AMP– ao político, não à pessoa.
A partir deste momento dispõem dessa possibilidade de fazer "tiro ao alvo" através de um simples clique e cada clique representará um sapato atirado a Xanana Gusmão, a exemplo daquilo que por todo o mundo fizeram a W. Bush, um merecido alvo.
Pelos visto, para muitos, também o actual primeiro-ministro da AMP, é um merecido alvo, mas tem direito à vida e à segurança. Sejamos civilizados e percamos o amor aos sapatos, usemo-los como forma de manifestarmos as nossas discordâncias, fazendo um clique no local certo da barra lateral deste blogue da Fábrica de Blogs.
Este Movimento também propõe que nas cidades de Timor os que quiserem passem a atirar calçado para os fios condutores aéreos que existem um pouco por toda a parte, de pau de fio em pau de fio, da electricidade, dos telefones, etc., etc. Tudo na perfeita observação do pacifismo contestatário que poderá contribuir para enviar mensagens de reprovação aos destinatários sem que por isso a integridade de alguém corra riscos. Sejamos democráticos e civilizados.
Imaginamos que após esta proposta as rondas policiais em Dili e nas outras cidades de TL passarão a andar com o nariz no ar e com os olhos postos na rede aérea, tão propícia a pendurarem-se "coisas", mas esperemos que os espancamentos não tenham lugar e que o governo AMP saiba respeitar uma manifestação contestatária pacífica de modo absolutamente democrático.
Sabemos que a maioria dos timorenses não têm dinheiro nem para os atacadores, quanto mais para sapatos, por essa razão podem usar simples sacos de plástico atados pelas asas, com cordel à laia de atacador e com um peso semelhante ao de um par de sapatos, serão válidos para efeitos de acção contestatária.
Não façam mal a Xanana, "atirem-lhe" sapatos, ténis, botas e sacos de plástico!
http://timorlorosaenacao.blogspot.com/2009/01/nao-facam-mal-xanana-atirem-lhe-sapatos.html
USE A BARRA LATERAL PARA "ATIRAR" CALÇADO A XANANA EM: "ATIRE SAPATOS A XANANA" (pode clicar em cada uma das quatro opções se considerar que essa é a medida certa da sua contestação).
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