Luanda, Angola, 12 janeiro 2009 - O Export-Import Bank (Eximbank) da China já aprovou financiamento de mais de 1,6 mil milhões de dólares para projectos do governo de Angola, ao abrigo da segunda fase da linha de crédito a Luanda, de acordo com dados oficiais divulgados em Luanda.
Os dados divulgados recentemente pelo Ministério das Finanças angolano indicam que dos 57 projectos abrangidos, quatro enquadram-se no sector da energia e águas, quatro nos correios e telecomunicações, três nas pescas, outros três na educação, dois na agricultura e um na saúde,
O Ministério das Obras Públicas é o que mais projectos tem em andamento ao abrigo da segunda fase - já com financiamento libertado ou ainda à espera de "luz verde".
São mais de 907,73 milhões de dólares, dos quais 477,45 milhões para a reconstrução da estrada Caxito-Nzeto.
Prevista está ainda a reconstrução da estrada Nzeto-Tomboco-M´banza Congo (160 milhões de dólares), e a primeira fase dos projectos de infra-estruturas integradas das províncias do Zaire (113,15 milhões de dólares), Malange (84,1 milhões) e Cabinda (73 milhões).
Estes três projectos provinciais integrados, segundo a mesma fonte, têm um investimento total previsto de 400 milhões de dólares (Zaire), 253,7 milhões de dólares (Cabinda) e 237,1 milhões (Malange).
O segundo pacote mais vultuoso de projectos é o do Ministério dos Transportes - 558,97 milhões de dólares já financiados ou a aguardar financiamento.
Deste total, 440 milhões de dólares destinam-se à aquisição de transportes colectivos urbanos para Luanda, Benguela, Huambo, Uíge e Malange, num total de 5.500 autocarros.
Luanda já fez saber a Pequim que está interessada em que parte ou a totalidade desta grande quantidade de viaturas seja montada em Angola.
Também no "pipeline" dos projectos de transportes está a aquisição de equipamento de transporte ferroviário (61,97 milhões de dólares) e de 1.500 viaturas (57 milhões de dólares).
O Ministério das Finanças angolano assinou com o Eximbank três acordos de crédito, no valor de 2.000 milhões de dólares (Março de 2004), 500 milhões (Julho de 2007) e mais 2.000 milhões (Setembro de 2007), que têm permitido apoiar os projectos de reconstrução do país.
A segunda visita à China em cinco meses do presidente angolano José Eduardo dos Santos, em Dezembro do ano passado, terá servido para assegurar a continuidade do apoio chinês aos projectos de reconstrução do país, numa altura em que a queda do preço dos diamantes e sobretudo do petróleo fazem com que Luanda perca importantes receitas.
Segundo os dados agora divulgados pelo Ministério das Finanças angolano, o valor financiado ao abrigo do segundo pacote de financiamento ascende a 1.607 mil milhões de dólares, 90 por cento do "pipeline" de projectos apresentados por Luanda, na ordem de 1.786 milhões de dólares. (macauhub)
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