Valadolid, Espanha, 21 jan (Lusa) - O governo do estado de Castela e Leão quer fortalecer em 2009 as relações com Portugal, apostando em projetos nas regiões norte e centro lusas, além de ações de promoção em Lisboa e Porto, disse o conselheiro do governo local, José Antonio de Santiago-Juárez López.
López disse que os projetos serão apresentados e debatidos em encontros setoriais durante a cúpula luso-espanhola, que começa na quinta-feira em Zamora, noroeste da Espanha.
Ele acrescentou que um dos pontos centrais da estratégia de Castela e Leão - uma das quatro regiões autônomas espanholas que faz fronteira com Portugal -, é o de apostar nas comissões de trabalho que mantém com a região centro e norte.
Trata-se de comissões que têm mais de uma década, mas que estão agora servindo como veículos importantes de mobilização de esforços dos dois lados da fronteira para conseguir avançar com projetos cruciais para a zona fronteiriça.
Um deles, no centro de Portugal, é o projeto Mobilidade Inovação Território (MIT), que aposta na criação de um “eixo de progresso e oportunidades”, na área Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca-Valladolid e Burgos e no corredor Porto-Lisboa-Irún.
No norte, um dos elementos centrais será um novo projeto para o Douro.
“Queremos também melhorar programas em proximidade, dirigidos aos cidadãos da zona fronteiriça, em assuntos fundamentais para eles, que têm que ver com melhorar assistência sanitária, educação e serviços sociais”, afirmou.
Castela e Leão conta igualmente manter uma presença durante um ou dois meses em Lisboa e no Porto, onde deverá promover exposições, encontros empresariais e mostras.
“Queremos aproximar os dois países e aproximar empresas e cidadãos dos dois países”, afirmou.
Nesse sentido insistiu que se deve apostar em mais ações conjuntas de empresas dos dois países, incluindo através da formação de Uniões Temporárias de Empresas (UTE) para candidaturas a concursos em Espanha.
“Queremos que os nossos contactos se estimulem e que empresários espanhóis e portugueses tenham reuniões de trabalho, que criem UTEs, que se candidatem em conjunto, que vejam possibilidades num e noutro país”, disse.
Longe dos planos do governo está para já qualquer iniciativa semelhante à da Extremadura espanhola, de introduzir o português como língua de opção curricular nos sistemas educativos públicos da região.
Em vez disso, explicou, o governo regional continuará a financiar cursos de português para habitantes que vivam próximo da fronteira com Portugal e que mantenham com esse país ligações sociais, econômicas ou outras.
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