terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Brasil e China defendem relação ampla e reforma da ONU

Rio de Janeiro, 19 janeiro 2009 (Lusa) – O desenvolvimento da relação bilateral e a ampliação do diálogo estratégico entre os governos brasileiro e chinês marcaram nesta segunda-feira o encontro entre o ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em Brasília.

A reforma das Nações Unidas e a crise financeira internacional também foram temas do encontro.

Segundo comunicado oficial divulgado pelo Itamaraty, as duas partes manifestaram a intenção de “aprofundar o diálogo estratégico e manter estreita coordenação e colaboração a respeito da crise financeira internacional, a reforma do sistema financeiro internacional, a reforma das Nações Unidas, a revitalização da Rodada Doha e a cooperação entre países em desenvolvimento”.

Em Brasília, o chanceler Jiechi manteve encontros de trabalho com Amorim e foi recebido pelo presidente Lula, que confirmou a sua ida à China em breve.

Foram analisados avanços bilaterais em áreas de alta tecnologia, energia, agricultura e espacial. Foram também discutidos meios de intensificar o intercâmbio bilateral na área de comércio e investimentos.

Ainda de acordo com o comunicado conjunto, os dois chanceleres destacaram a importância do estreito intercâmbio e da realização, ainda este ano, da 2ª Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação (COSBAN).

Além disso, os chefes da diplomacia dos dois países acordaram em iniciar a discussão de um Programa de Trabalho de Longo Prazo Brasil-China, com objetivo fortalecer a cooperação em todos os setores do relacionamento.

A República Popular da China e o Brasil estabeleceram relações diplomáticas em 1974.

De acordo com dados do Fórum para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, organismo com sede em Macau, nos primeiros dez meses de 2008 o comércio sino-brasileiro subiu 81% em relação ao mesmo período do ano anterior, somando US$ 42,5 bilhões.

China e Brasil são também os dois únicos países em vias de desenvolvimento com um programa de cooperação na área espacial, tendo já fabricado e colocado em órbita três satélites de pesquisa de recursos terrestres.

A partir de terça-feira, o ministro chinês segue para Portugal, pela primeira vez desde que tomou posse, em 2007, onde deverá encontrar-se com o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, e com o ministro luso das Relações Exteriores, Luís Amado.

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