Praia, 17 junho 2010 (Angola Press) - Os governos de Cabo Verde e da Guiné-Equatorial formalizaram quarta-feira, através de um acordo de cooperação bilateral e cinco memorandos de entendimento, a intenção de desenvolver as suas relações politico-diplomáticas e empresariais.
O governo de Malabo espera igualmente poder contar o apoio da Cidade da Praia na sua entrada na Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa, CPLP, bem como na sua pretensão de ascender à presidência rotativa da União Africana roximamente.
Estes são para já alguns dos resultados da visita de três dias que o presidente da Guiné-Equatorial efectuou a Cabo Verde e que terminou quarta-feira na ilha do Sal.
Os protocolos assinados contemplam domínios como transportes aéreos, governação electrónica, turismo e outros.
Na quarta-feira, ao presidir com o seu colega Teodoro Obiang Nguema a cerimónia da assinatura dos referidos diplomas, o chefe de estado cabo-verdiano, Pedro Pires, defendeu que a partir de agora passa a haver um antes e um depois nas relações entre Cabo Verde e a Guiné-Equatorial.
“Estão criadas todas as condições e dispomos de todos instrumentos necessários para aprofundar e diversificar as relações entre os nossos dois países”, referiu o presidente cabo-verdiano.
Homem de poucas palavras, pouco dado a contactos com a imprensa, Teodoro Obiang Nguema confessou, por seu turno, que muito aprendeu durante a estada em Cabo Verde, tendo em conta os níveis de desenvolvimento que este arquipélago já atingiu.
“Evidentemente, quando viemos cá, não tínhamos a intenção de hegemonia ou preponderância mas viemos para aprender de vós”, referiu Teodoro Obiang Nguema.
O presidente da Guiné-Equatorial termina esta quinta-feira a visita de três dias a Cabo Verde, a partir da ilha do Sal, onde, à semelhança do que fez na Cidade da Praia, ilha de Santiago, visita vários serviços públicos e unidades turísticas.
Esta é a primeira vez que um chefe de Estado da Guiné-Equatorial visita Cabo Verde. Esta visita surge em resposta a uma outra semelhante efectuada pelo presidente Pedro Pires a Malabo no início deste ano.
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