Macau, China, 7 junho 2010 – A brasileira Petrobras poderá entrar no capital da portuguesa Galp Energia, juntando-se assim à angolana Sonangol que já é accionista da petrolífera portuguesa no que levará à criação da primeira empresa energética de língua portuguesa.
O passo mais decisivo dado para a criação desta empresa energética , cotada na bolsa de Lisboa e com capital português, é um acordo de parceria estratégico entre a Sonangol, Petrobras e Galp, que já foi aprovado pela comissão executiva da petrolífera portuguesa.
Botelho de Vasconcelos, ministro dos Petróleos de Angola defendeu recentemente em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa a necessidade de parcerias para a internacionalização e para angariar os “recursos significativos” numa indústria que vive de grandes investimentos em exploração e produção.
“Também por isso, o desenvolvimento de novos projectos exige que a empresa (Sonangol) procure parcerias para que possa ter uma presença forte no mercado internacional”, afirmou.
Visando o desenvolvimento de negócios conjuntos, a parceria é considerada o prelúdio de uma recomposição das participações na Galp.
A Sonangol já mostrou interesse em assumir directamente a participação de mais de 33 por cento que detém na empresa portuguesa, desfazendo a parceria que tem com o empresário português Américo Amorim.
Já a Petrobras é dada pela imprensa portuguesa como interessada em adquirir 25 por cento dos 33,34 por cento que os italianos da Eni controlam na Galp.
“É uma possibilidade”, afirmou no início do ano o ministro da Energia brasileiro, Edison Lobão, quando questionado sobre a entrada da Petrobras no capital da Galp Energia.
As duas empresas são accionistas do gigantesco campo brasileiro Tupi, já considerado o maior do mundo, e o negócio daria à Petrobras maior controlo sobre este projecto, segundo salientou a analista Gianna Bern.
O ministro das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos, afirmou recentemente em Luanda que a petrolífera brasileira deverá comprar a participação da Eni.
"Não compete ao governo pronunciar-se em relação a negócios que são essencialmente de privados mas se daí resultar um bom entendimento entre entidades portuguesas, brasileiras e angolanas penso que é positivo", afirmou.
O Estado português detém 7 por cento da Galp, através da Parpública, e 1 por cento através do grupo financeiro Caixa Geral de Depósitos, estando cerca de 25,32 por cento disperso em bolsa. (macauhub)
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