29 junho 2010/Rádio Moçambique
O secretário-geral da FRELIMO, partido no poder em Moçambique, recebeu hoje, em Maputo, o presidente da FRETILIN, partido no poder no Timor-leste, que se encontra de visita ao país.
Falando em conferência de imprensa, no término do encontro, o secretário-geral da FRELIMO, Filipe Paunde, disse que a visita tem como objectivo estreitar as relações de amizade, entre ambos os povos que datam desde os tempos da luta de libertação.
“As relações de amizade entre a FRELIMO e FRETLIN datam desde altura dos movimentos da nossa libertação. Por isso é justo que periodicamente nos encontremos para reforçarmos as nossas relações, para trocarmos impressões sobre o trabalho das nossas organizações”, disse Paunde.
Sobre o teor das conversações, Paunde disse ter trocado experiências nos vários domínios, sobretudo no que concerne aos processos eleitorais.
Refira-se que a FRETLIN vai tentar renovar mais um mandato na presidência, durante as eleições agendadas para 2012 no Timor-leste.
“Por isso, é correcto que haja uma troca de informações e de experiências entre ambos os partidos”, explicou Paunde.
Questionado sobre a experiência que a FRELIMO poderá ter transmitido a FRETLIN em termos de processos eleitorais, Paunde explicou que a FRELIMO tem vindo a participar em eleições multipartidárias desde o ano de 1994, e eleições monopartidárias desde o ano de 1977, logo após a independência nacional, razão pela qual possui uma larga experiência nessa área.
Ambos os partidos também trocaram experiências em termos de organização, funcionamento e dos grandes propósitos das dois partidos porque, segundo Paunde, “temos um passado comum, e também temos um presente e futuro comum”.
Por seu turno, o presidente da FRETILIN, Francisco Guterres, manifestou a sua satisfação com as conversações mantidas com a liderança da FRELIMO.
“A FRETILIN e a FRELIMO são dois partidos irmãos de longa data. Por isso, venho a Moçambique para estreitarmos a nossa relação de amizade e pensarmos como avançarmos para a frente. Queremos partilhar das experiências da FRELIMO, por exemplo no que concerne as eleições.
Sobre a situação política no Timor-leste, Guterres reconheceu que o seu país está a atravessar uma fase muito difícil desde o ano de 2006.
“Passamos por uma crise que se instalou no nosso país, mas até agora a situação está calma”, disse Guterres, para de seguida afirmar “precisamos de trabalhar muito para assegurarmos a paz e estabilidade, e fundamentalmente a unidade da liderança do país para o nosso desenvolvimento”.
Na sua visita a Moçambique, Guterres faz-se acompanhar de vários membros do seu partido, entre os quais Harold Moucho, antigo presidente do Parlamento Nacional. (AIM)
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