Brazzaville, 17 junho 2010 - Os resultados alcançados por Angola no quadro dos Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD) foram destacados hoje, quinta-feira, em Brazzaville, pelo único diário congolês ‘’Les Dépêches de Brazzaville’’.
Depois de um breve anúncio de uma coluna na primeira página sob o título ‘’Angola bom aluno segundo o UNICEF’’, o jornal, na sua rubrica interior dedicada à actualidade internacional, publicou o desenvolvimento do artigo, em cinco colunas, titulando-o ‘’Angola em boas vias para respeitar os seus compromissos’’.
O jornal, que cita o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) publicado no dia 15 de Junho em Genebra, ressalta que este organismo especializado considera que Angola registou progressos consideráveis e quase alcançou cinco dos oito Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento definidos em 2000 pelos Estados membros da ONU e que devem ser atingidos até 2015.
‘’Les Dépêches de Brazzaville’’ aponta que a apreciação resulta de um inquérito com indicadores múltiplos levado a cabo no país pelo UNICEF em parceria com as autoridades angolanas e que espelha resultados incontestáveis: a subnutrição baixou em 23 porcento, contra os 35 porcento anteriores, enquanto a escolarização das crianças atingiu 76 porcento ao passo que a igualdade de sexo está quase a ser atingida com 98 raparigas escolarizadas contra 100 rapazes.
A respeito, o jornal assinala igualmente que a mortalidade infantil baixou em 20 porcento e que a proporção dos petizes ceifados pelo paludismo registou uma queda de 23 porcento.
Reporta, por outro lado, comentários do representante do UNICEF em Angola, o belga Koen Vanormelingem, que sustenta que estes progressos resultam do crescimento económico do país desde o fim do conflito interno em 2002, além de ser fruto dos esforços de reabilitação e revitalização empreendidos pelo executivo angolano ao dedicar 30 porcento do seu orçamento ao sector social.
O diário faz igualmente menção a algumas insuficiências detectadas por aquele funcionário da ONU, mormente o atraso na luta contra a morbidade materno-infantil que ainda regista uma taxa elevada.
Nos seus comentários, Koen Vanormelingem considera insuficientes as cifras da educação para as crianças de tenra idade pelo facto de somente 35 porcento delas terminarem atempadamente os seus estudos primários e que os 27 anos do conflito interno privaram milhares de pessoas da educação elementar.
Para ele, Angola deve ainda envidar maiores esforços nos domínios do abastecimento de água e saneamento pelo facto de somente 42 porcento da população ter acesso à água e 60 por cento ao sistema de saneamento.
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