quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Moçambique e Angola/Maputo e Luanda apostados na cooperação económica



Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

Elevar a cooperação económica ao mesmo nível das actuais relações políticas e diplomáticas entre Angola e Moçambique é aposta dos dois governos tendo em atenção o potencial de recursos existentes em ambos os países  bem como a tendência ascendente das suas respectivas economias.

O dado foi passado ao Noticias pelo vice-ministro dos negócios estrangeiros e cooperação, Henrique Banze, numa avaliação preliminar dos resultados da visita que o Primeiro-Ministro Alberto Vaquina, vinha efectuando desde o passado domingo a Angola, que termina hoje.

Ontem, Vaquina visitou a sede da SONANGOL a empresa petrolífera angolana depois de,
no dia anterior, ter estado também no ministério dos Petróleos e ter visitado a empresa que suporta em logística as unidades de exploração daquele potencial recurso natural.

Vaquina anotou com interesse as experiências que os angolanos detém neste domínio, tendo em conta o facto de a breve trecho Moçambique poder vir a ser uma das maiores potencias mundiais na área de exploração do gás natural.

“Pretendemos ouvir o que é que a SONANGOL tem que possamos levar para Moçambique. Mas como sabe, já há algum nível de cooperação entre os nossos países. Temos aqui em Angola cerca de 30 estudantes que estão a formar-se na área dos petróleos, e também poderemos partilhar aquilo que é a nossa experiência. Logicamente que Moçambique ainda não tem petróleo, mas esperamos que possamos tê-lo e que esse recurso possa trazer  uma bênção para os moçambicanos “, explicou Henrique Banze.

Banze reconheceu serem ainda frágeis as relações económicas e empresariais bilaterais, aludindo para a premente necessidade de se explorar todas as áreas possíveis e desenvolver-se a cooperação em tais domínios. “Não há duvida de que o sector privado desempenha um papel importante e não é  segredo que alguns empresários angolanos têm muito interesse em investir em Moçambique e têm estado no nosso pais a fazer a prospecção do mercado, sendo por isso que há espaço para se fazer muita coisa”, acrescentou.

Por outro lado, o governante moçambicano disse ao Noticias que apesar da questão da negociação dos remanescentes 50 por cento da divida moçambicana a Angola, avaliada em 61.5 milhões de dólares, não ter sido aflorada entre o Primeiro-Ministro e as autoridades governamentais locais, o assunto poderá eventualmente figurar na agenda da nona sessão mista de cooperação a realizar se em 2014 em Maputo.

“Não chegamos a discutir mas achamos que há espaço suficiente para fazer crescer as relações e, nesse sentido, os sectores económicos irão trabalhar em sede de comissão mista que é um lugar privilegiado para se discutir em pormenor este assunto” disse.

Revelou também estar em curso uma negociação no sentido de se converter os activos da divida em investimentos, uma solução que segundo apuramos está a merecer uma apreciação favorável por parte do Executivo de José Eduardo dos Santos.

Hoje ultimo dia da visita a Angola,  Alberto Vaquina vai visitar o mega projecto habitacional de Kilamba, um empreendimento enquadrado na estratégia do governo angolano para fazer face ao critico problema da habitação no país

Jaime Cuambe, nosso enviado

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