quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Angola é contra armas nucleares



31 outubro 2013, 30 outubro 2013, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Edna Dala

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, disse ontem, em Luanda, que Angola está a trabalhar no sentido de ratificar o Tratado de Interdição Completa dos Ensaios Nucleares (CTBT).

Georges Chikoti, que falava na abertura do seminário nacional sobre o CTBT, afirmou que as armas nucleares constituem assunto de extrema preocupação, pois o seu uso indevido pode levar o mundo a uma grande catástrofe.

Na presença do secretário executivo da comissão preparatória do CTBT, Lassina Zerbo, de deputados, membros do Executivo e de representantes da União Europeia, Georges Chikoti reforçou a necessidade de cada Estado ter estruturas adequadas para execução dos programas de desarmamento e para aplicação nacional das convenções, a fim de
garantir a paz e a segurança internacionais.

O ministro salientou que o seminário marca o início de um longo processo para o qual Angola está pronta a contribuir com a troca de experiências e cooperação com vista ao fortalecimento da aplicação do Tratado e outros importantes instrumentos internacionais. Georges Chikoti pediu a coordenação entre os Estados-membros das Nações Unidas para o desarmamento completo, a fim de fazer face aos conflitos e prevenir atentados à soberania dos Estados. O seminário, disse, demonstra a importância que o Executivo atribui à questão do desarmamento completo e à não-proliferação nuclear.
 
O chefe da diplomacia angolana disse que, além da formação de técnicos dos diferentes ministérios, o seminário tem como objectivo fomentar o reforço da capacidade de coordenação entre instituições nacionais ligadas ao desarmamento e garantir uma cooperação institucional sólida. O embaixador da União Europeia em Angola disse que a ratificação por parte de todos os países é importante para tornar a proibição universal de ensaios nucleares uma realidade. Gordon Kricke acrescentou que a União Europeia se compromete a trabalhar para este objectivo e que os 28 Estados-membros da UE assinaram e ratificaram o tratado.

Lassina Zerbo, secretário executivo da comissão preparatória da Organização para a Interdição Completa dos Tratados Nucleares (CTBTO), sublinhou igualmente o contributo e o papel que Angola pode desempenhar para a entrada em vigor do tratado.

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