5 julho 2016, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
“BRASIL: DNA África” é titulo de um documentário produzido pela Cine
Grupo, a ser estreado, esta quinta-feira, em Maputo.
O documentário apresenta os resultados de uma pesquisa na qual se aborda
a afro-descendência dos brasileiros e as relações históricas entre o Brasil e a
África, com particular destaque para Moçambique.
Historial
A escravidão representou uma ruptura para os cerca de 12,5 milhões de africanos trazidos à força para as Américas entre os séculos XVI e XIX, 46% deles para o Brasil.
O desconhecimento sobre as etnias ancestrais, locais de origem e a imposição de nomes católicos aos africanos escravizados desconectaram África e Brasil. Os afro-brasileiros são, ainda hoje, identificados como filhos e descendentes de escravos, quando, na verdade, são
A série Brasil: DNA África se propõe a colaborar no processo de resgate da origem de parte dos brasileiros ao contar a história de cinco cidadãos comuns que se submetem a um teste de DNA e descobrem suas origens na África.
Seleccionados entre 150 pessoas que fizeram o exame nos cinco estados
que mais receberam africanos escravizados (Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão,
Minas Gerais e Pernambuco), o baiano Zulu Araújo, a carioca Juliana Luna, o
maranhense Raimundo Garrone, o mineiro Sérgio Pererê e o pernambucano Levi Lima
embarcam numa jornada de autoconhecimento ao visitar os cinco países africanos
de onde os seus antepassados foram trazidos como escravos para o Brasil.
Ao longo de 10 semanas de filmagens em cinco estados brasileiros e cinco países africanos, a equipa do Brasil: DNA África registou a emoção dos personagens ao encontrarem africanos das suas etnias.
Zulu saiu de Salvador para uma pequena comunidade no interior da
República do Cameroun. Do Rio de Janeiro para Lagos e Ilê Ifé, Juliana cruzou o
Portão do Não Retorno, o portal que os iorubanos capturados na Nigéria
atravessavam antes de serem embarcados para as Américas.
Em Bissau, Raimundo vivenciou as dificuldades que os conterrâneos da Guiné-Bissau ainda enfrentam depois de séculos de colonização portuguesa. O músico Pererê identificou em Angola a musicalidade do povo Mbundu em seu trabalho artístico. Em Moçambique, Levi se reconectou ao passado ao encontrar os makwas no norte do país. (RM/ Cine Group)
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