quinta-feira, 7 de julho de 2016

Angola/Embaixadora da Venezuela destaca política externa do seu país



5 julho 2016, Agência Angola Press http://www.angop.ao (Angola)

Luanda -- A embaixadora da Venezuela em Angola, Lourdes Elena Pérez Martinez, destacou nesta terça-feira, em Luanda, a política externa do seu país, baseada na promoção da paz internacional, em que reine a solidariedade, justiça e bem-estar social da humanidade.

A diplomata fez este pronunciamento durante o acto alusivo aos 205 anos da independência da Venezuela, assinalado hoje, 05 de Julho.

Segundo adiantou, a Venezuela rege-se
pelos princípios da igualidade entre os Estados, auto-determinação, não intervenção nos assuntos internos e a resolução pacífica dos conflitos internacionais, cooperação e o respeito pelos direitos humanos.

Observou que o artigo primeiro da sua constituição declara que a República Bolivariana da Venezuela é irrevogavelmente livre e independente, com base nos valores morais de liberdade, igualdade, justiça e paz internacional.

Lourdes Elena Pérez Martinez adiantou que a Venezuela pretende "contribuir para o desenvolvimento de uma nova geopolítica internacional em que uma visão multipolar do mundo alcançe o equilíbrio do universo e garanta a paz planetária".

Além dos laços fraternos que mantém com países e organizações de relevo da sua região, na América Latina, no âmbito da sua política externa, enalteceu as relações diplomáticas plenas com países do continente africano, onde perspectiva diversas acções de cooperação.

"Em Dezembro de 2005 a Venezuela foi aceite como Estado Observador na União Africana (UA) e em Julho de 2006 admitido como Observador na Organização dos Estados da Liga Árabe, dez dos quais países africanos, bem como na comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)", notou a embaixadora, para exemplificar a ligação do seu país com o continente berço da humanidade.

A oradora deu a conhecer que é nestes importantes fóruns e instituições de cooperação que se tem mantido espaços de diálogo internacional "em que hoje a República Bolivariana da Venezuela faz parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a fim de contribuir para um mundo mais justo possível".

No capítulo interno, referiu que o país tem sido actualmente vítima de um cerco permanente de forças negativas nacionais e internacionais que conspiram contra o poder político-militar e económico, e exercem influência para travar o progresso do país, com o objectivo de derrubar o governo legítimo do presidente Nicolas Maduro.

Apesar desta situação, disse que o seu governo tem feito esforços significativos para a saída da crise e da redução da pobreza extrema no país.

"Em 1996 a taxa de pobreza representava 42 por cento, saída de 70 por cento em 1990, e, através de programas sociais, em 2006 atingimos um dos objectivos mais importantes do milénio reduzindo a pobreza extrema a 12,5 por cento. Em 2010 alcançamos 7,2 por cento e hoje é de 5,4 por cento. O objectivo para 2019 é chegar a zero", estimou a embaixadora venezuelana.
  
Informou que estes esforços têm sido reconhecidos por diversas organizações internacionais e que não cessam de elogiar o Executivo liderado por Nicolas Maduro, pela luta por um mundo melhor, multipolar, onde os princípios humanos colectivos predominem os interesses individuais.

"Hoje, há quarenta meses da ausência física do presidente Hugo Rafael Chávez Farias, continuamos a lutar para manter a soberania e a liberdade alcançada um dia como hoje, 05 de Julho de 1811, quando o congresso declarou a independência absoluta, hà 205 anos, do império espanhol", acrescentou.

"A quinta república nascida com o governo revolucionário e bolivariano da Venezuela, baseada na doutrina do nosso libertador Simon Bolívar, aprovada pela maioria através de um referendo, deu início o que hoje chamamos o legado histórico do presidente Hugo Chávez e continuado pelo presidente Nicolas Maduro", concluiu.
         
Com uma extensão de 916 mil 445 quilómetros quadrados, o país latino-americano faz fronteiras a norte com o mar xaribe, a oeste com a Colômbia, a sul com o Brasil e a leste com Guyana.  

Nenhum comentário: