25 julho
2016, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China, 中国)
A decisão de Angola de dispensar
o apoio do Fundo Monetário Internacional num momento
de aperto económico e financeiro terá sido sustentada na perspectiva de novos
apoios financeiros da China e de fortalecimento das relações com outros países
asiáticos, de acordo com analistas.
A folha informativa Africa Monitor Intelligence, a que a Macauhub teve
acesso, informou que a decisão anunciada no final de Junho, abrindo mão de um
máximo de 4500 milhões de dólares ao longo de três anos, terá sido tomada na
sequência de
garantias consideradas “firmes” de novos apoios de “dinheiro
fresco” da China, garantidos por parte da produção petrolífera dos próximos
anos.
De igual forma foi tido em conta o “bom encaminhamento” de processos de
obtenção de créditos nos mercados financeiros, com o apoio dos bancos de
investimento Goldman Sachs e Deutsche Bank.
Dados recentemente divulgados pelo Ministério das Finanças de Angola
indicam que o Estado contraiu entre Novembro de 2015 e Junho de 2016 novos
créditos no valor de 11 460 milhões de dólares, incluindo 5000 milhões de
dólares do Banco de Desenvolvimento da China e 2000 milhões de dólares de
outros bancos chineses (Industrial e Comercial da China, de Exportações e
Importações da China e de Desenvolvimento da China).
A dívida total do Estado atingiu 47 900 milhões de dólares, incluindo 25
500 milhões em empréstimos externos (excluindo dívida de empresas públicas,
como a Sonangol), estando em negociações finais empréstimos com outras
entidades estrangeiras na ordem de 3300 milhões de dólares.
A Economist Intelligence Unit, no seu mais recente relatório sobre
Angola, afirma que o governo “vai recorrer a empréstimos adicionais da China
para que possa manter muito necessárias despesas de capital para programas de
construção de estradas e centrais eléctricas, nomeadamente.”
Outras fontes de financiamento do Estado deverão ser instituições
financeiras ocidentais e empréstimos bonificados do Banco Africano de
Desenvolvimento, sendo mais improvável o recurso ao mercado de euroobrigações,
dadas as condições de mercado actuais, depois da estreia no final de 2015 de
uma emissão a 10 anos de 1500 milhões, adianta.
Para a EIU, as necessidades de financiamento vão “colocar mais pressão
sobre o rácio dívida/PIB”, que deverá ficar acima do esperado.
Além da China, também uma aproximação à Coreia do Sul tem sido
evidenciada, nomeadamente durante a recente visita de cinco dias a Luanda do
ministro de Assuntos de Veteranos da Coreia do Sul, Sungchoon Park.
Angola é um mercado importante para a Coreia do Sul, que está apenas
atrás da China e Portugal na lista dos principais exportadores, sendo ainda o
segundo maior destino de investimento do país asiático em África, podendo a
capacidade tecnológica sul-coreana apoiar a economia angolana na actual fase de
diversificação e redução da dependência em relação ao petróleo.
A imprensa angolana escreveu que Isabel dos Santos, nova presidente da
Sonangol deslocou-se a Seul na mesma altura em que o ministro sul-coreano
estava em Luanda, para se reunir com representantes da agência de crédito à
exportação, a Korea Trade Insurance Corporation.
Isabel dos Santos terá ainda discutido com bancos locais opções de
financiamento de dois novos navios de perfuração, que a Sonangol deverá receber
em breve.
Para a EIU, a Coreia do Sul pode ser “ideal” para Angola na
disponibilização de linhas de crédito com garantia estatal para ajudar a
desbloquear investimentos”, no âmbito da diversificação de parcerias, depois de
o país ter recorrido a financiamento na China, Portugal, Brasil, Alemanha e
Estados Unidos. (Macauhub/AO/CN)
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安哥拉放弃IMF融资 “放眼东方”
2016年7月25日, Macauhub
http://www.macauhub.com.mo (China, 中国)
有分析称,安哥拉在经济和财务均面临困局下,决定放弃寻求国际货币基金组织(IMF)的财政支持,改为望向中国,冀取得新的经援来源,并强化与其他亚洲国际的关系。
根据发送往Macauhub的《非洲情报观察》通讯报道,安哥拉6月底宣布上述决定,意味着放弃在未来三年内IMF提供高达45亿美元的援助,改为透过与中国签订供油协议,换取中国提供“确定”的“新鲜资金”。
安哥拉得到美国高盛和德意志银行的协助,向国际金融市场举债的战略转移,“进展良好”,也是上述决定的考虑因素之一。
根据安哥拉财政部最近发布的数据,安国2015年11月-2016年6月期间共借入114.6亿美元债项,包括向中国开发银行举债50亿美元、向其他中国银行(包括中国工商银行、中国进出口银行等)共举债20亿美元。
目前安国总负责达479亿美元,其中255亿美元属外债(不包括诸如安哥拉国家石油公司等国营企业的外债),以及正与外国机构洽商中、快将达成协议的约33亿美元债务。
《经济学人》智库(EIU)在其最新有关安哥拉的报告中称,政府“将善用中国提供的额外贷款,以支持国内各项渴求资金的建设,特别是公路、电厂等”。
国家的其他资金来源包括西方金融机构和非洲开发银行提供的补贴贷款;此外,基于目前的市况,2015年底首次发行15亿美元10年期债券后,安国还有可能继续利用欧元债券市场,进行融资。
据EIU称,预期对资金的需要,将对“债负与GDP之间的比率形成压力”,最终比率将较预期高。
除中国外,分析界注意到安哥拉也望向韩国。南韩一名部长Sungchoon Park最近对罗安达进行了五天访问。
安哥拉是南韩的一个重要市场,是继中国和葡萄牙之后,安国进口的第三大出口国;安哥拉则是韩国投资非洲的第二大目的国。南韩的科技实力,可支持目前安哥拉经济多元化进程,有助安国减低对石油出口的依赖。
据安哥拉媒体报道,Sungchoon Park到访罗安达的同时,安哥拉国营石油公司(“安国油”)新任主席Isabel dos Santos则到访首尔,与“南韩贸易保险公司”(南韩的出口信用机构)的代表会面。
Dos Santos也会见了当地银行,商讨两艘安国油即将接收的钻油船的融资方案。
据EIU报道,南韩或许是继先后利用中国、葡萄牙、巴西、德国和美国资金之后,安哥拉寻求基于国家担保的融资以进一步开拓资金来源的“理想对象”。(macauhub/AO/CN)
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