Moçambique está dentro dos critérios definidos para integrar o Banco Central Único na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a ser criado nos próximos anos. São pressupostos para a concretização de tal objectivo a necessidade de todos os países terem que observar uma taxa média anual de inflação de um dígito e um nível mais reduzido de défice público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
4 de Janeiro de 2010/Notícias
O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, considerou há dias que os países da SADC observam uma tendência geral de estabilidade com a inflação de um dígito, baixa taxa de juro e inversão do comportamento das diferentes moedas face ao dólar dos Estados Unidos da América, para o sentido de apreciação, com destaque para o rand, que valorizou-se em 27 porcento até Novembro último.
Reconheceu, no entanto, que a região continua a ser influenciada por acontecimentos que pouco favorecem a optimização do elevado potencial de produção e de riqueza que possui. Mesmo assim espera-se que as acções em curso, algumas das quais de iniciativa dos estadistas africanos, propiciem condições para uma rápida estabilidade governativa no Zimbabwe e Madagáscar, factor importante para um desenvolvimento económico rápido e harmonioso na região.
Para o Governador do Banco Central moçambicano, os objectivos estratégicos da região requerem investimentos avultados e estes só chegarão na proporção almejada, quanto mais unidos, hábeis e arrojados forem os governos e os agentes económicos que operam nos nossos países.
Apontou que para além da criação de um Banco Central Único, os bancos da região da SADC também caminham no sentido da construção das leis orgânicas dos Bancos Centrais da SADC. “Para este âmbito, Moçambique tem estado a contribuir e a nível dos governadores dos bancos centrais da SADC já houve a aprovação desse modelo de lei orgânica para os bancos centrais da região”, indicou.
Ernesto Gove acrescentou que o referido modelo de lei já foi submetido ao grupo dos Ministros das Finanças para apreciação, o que também permitirá que eles emitam o seu pronunciamento antes de ser entregue a nível dos Chefes de Estado.
Referindo-se às suas vantagens, Gove disse que esse modelo vai facilitar a harmonização das leis orgânicas dos bancos centrais da zona. Actualmente, baseadas no que é ainda o projecto modelo, as autoridades moçambicanas estão a trabalhar no sentido de adequar a lei orgânica em vigor ao modelo da SADC.
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