Mulheres de vários países africanos que trabalham na área de investigação em agricultura estão desde ontem reunidas em Maputo, num encontro que visa dotá-las de ferramentas de forma a fazer com que o resultado do seu trabalho tenha impacto e relevância sociais.
19 janeiro 2010/Notícias
Financiado pela Fundação Bill e Melinda Gate, o treino faz parte de um vasto programa implementado pelo Grupo Internacional e Consultivo de Investigação em Agricultura (CGI) e, em Maputo, irá decorrer até a próxima semana.
O objectivo do encontro é a promoção da carreira de mulheres africanas que trabalham na área de agricultura porque, tal como mostra a experiência, maior parte da força laboral nesta área é constituída por mulheres.
Dácia Correia, docente da Faculdade de Veterinária, da Universidade Eduardo Mondlane, explicou, a-propósito, que apesar da tendência da mulher se formar até ao nível superior, muitas vezes não consegue mostrar a sua relevância como investigadora na agricultura.
O programa tem vários pacotes baseados em três áreas fundamentais: orientação onde o mentor, homem ou mulher, dá subsídios sobre como crescer profissionalmente na investigação agrária; liderança e gestão para além da escrita científica e comunicação.
O treino em curso cinge-se na componente escrita científica e comunicação.
“Muitas de nós já somos cientistas, mas muitas vezes não conseguimos mostrar aquilo que fazemos no laboratório e ou no campo. Aqui na formação a ideia é transmitir ensinamentos capazes de permitir a divulgação de trabalhos científicos, tanto em revistas internacionais, para os fazedores de políticas e, ainda, divulgar esses resultados para a comunidade de forma a serem usados pelos agricultores, com recurso a uma linguagem de fácil acesso para os diferentes segmentos. Isso vai aumentar a relevância social do investigador”, referiu Dácia Correia.
Alem de Moçambique, participam no encontro representantes dos Camarões, Malawi, Gana, Tanzania Zâmbia, Nigéria, Quénia e Uganda.
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