terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Moçambique/Plano é para ser cumprido - afirma Armando Guebuza na tomada de posse dos membros do Governo para 2010-2014

Os membros do Governo devem saber valorizar a experiência dos quadros, aos diversos níveis, que vão encontrar nos ministérios que passam a dirigir. Para o Chefe do Estado, que falava no acto de investidura dos 28 ministros e 23 vice-ministros que ontem teve lugar em Maputo, cada um dos membros do novo Executivo deve despertar o princípio de que o plano não é para ser negociado, mas para ser cumprido e que os constrangimentos de percurso não são para serem fontes de lamentações, mas para serem resolvidos.

19 janeiro 2010/Notícias

Num discurso que assenta em dois vectores principais – o primeiro de enaltecer e agradecer os membros do Governo anterior, com destaque para a Primeira-Ministra cessante, Luísa Diogo, e o segundo que traça as linhas orientadoras do trabalho do novo Executivo – Guebuza foi incisivo ao afirmar que para o sucesso do trabalho a desenvolver os membros do Conselho de Ministros devem ser metódicos, planificando cada etapa das acções a desenvolver, definindo as metas e monitorando o desempenho de todos e de cada um.

“Estes são passos importantes na promoção de uma cultura de responsabilização individual e institucional. A concepção do plano, a definição das suas metas e a monitoria do seu cumprimento permitem-nos maior clareza sobre o rumo que estamos a tomar e socializar oportunidades e desafios. Não partam da presunção de que são a chave que abre todas as portas”, sublinhou.

De acordo com Armando Guebuza, a avaliação regular do cumprimento do plano também permite ter-se uma visão comum sobre a contribuição de cada instituição na implementação da agenda nacional de luta contra a pobreza.

O Chefe do Estado referiu que o seu Executivo irá continuar a apostar na governação aberta e inclusiva, metodologia esta que, segundo disse, constitui um importante complemento ao trabalho interno e que tem o condão de envolver, em todas as fases do processo de planificação, monitoria e avaliação, aqueles que depositaram a sua confiança no Executivo.

Segundo o Presidente, os desafios para o quinquénio estão identificados – o combate à pobreza – colocando-se no seu topo o combate aos obstáculos ao desenvolvimento, com particular realce para o burocratismo, o espírito de deixa-andar, a corrupção e o crime. “Cada um de vós deverá identificar a forma como no seu ministério, se manifestam, hierarquizá-los e avançar para o seu combate, sem delongas”, afiançou o Presidente Guebuza.

PALAVRAS DE APREÇO AO GOVERNO CESSANTE
Na sua intervenção, de cerca de 10 minutos, o Chefe do Estado dirigiu uma palavra de apreço ao Governo cessante, que tinha à cabeça Luísa Diogo. Disse, a-propósito, que o trabalho realizado teve um grande impacto na melhoria das condições de vida do povo.

“Estas realizações foram possíveis porque, mesmo contra os desafios derivados das calamidades e das crises que sobre nós se abateram, os nossos compatriotas que integraram esse Executivo souberam brandir a nossa auto-estima, a unidade nacional, a paz e o amor por este povo muito especial para enfrentá-las com sucesso”, disse.

O Presidente ajuntou que a antiga Primeira-Ministra teve um papel “inestimável na dinamização desta equipa para a adopção das soluções que se impunham. Por isso, deixa um legado que não deve orgulhar apenas a si e aos compatriotas que integravam o Executivo que acaba de cessar funções. São realizações que também orgulham toda a nação moçambicana”, disse.

Revestida de pompa e circunstância, a cerimónia de investidura dos novos membros do Conselho de Ministros foi acompanhada pelos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente a Presidente do Parlamento, Verónica Macamo; os Presidentes do Conselho Constitucional, Luís Mondlane; do Tribunal Supremo, Osias Pondja; do Procurador-Geral da República, Augusto Paulino, entre outros.

Destaque vai também para a presença de alguns líderes políticos, antigos membros do Governo cessante e os cônjugues dos empossados. (Mussá Mohomed)

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