A campanha eleitoral para o sufrágio presidencial, legislativo e provincial de 28 de Outubro entrou ontem no seu segundo dia, com a Frelimo a demonstrar, em diferentes pontos do país, maiores iniciativas, tanto do ponto de vista organizacional como logístico. Com efeito, na maior parte dos círculos eleitorais do país as caravanas do partido no poder coloriam as ruas, bairros e vilas, com cartazes e bandeiras, bem como com desfiles de carros alegóricos acompanhados de motorizadas e bicicletas.
15 setembro 2009/Notícias
Entretanto, os partidos da oposição, com destaque para a Renamo, MDM e PDD, iam surgindo aqui e acolá, em grupos mais ou menos numerosos a cantar e a dançar, numa iniciativa de contacto interpessoal com os eleitores.
No que respeita à corrida presidencial, Armando Guebuza, candidato da Frelimo, foi ontem o único candidato à Ponta Vermelha que se fez à rua, tendo orientado comícios populares nas vilas sedes dos distritos de Pebane e Gilé, na província da Zambézia, durante os quais prometeu mais emprego para os jovens.
Armando Guebuza, que falava a milhares de cidadãos, comprometeu-se também a continuar a implementar, caso seja eleito, o seu programa de governação iniciado em 2004 que prevê, entre outros, a construção de escolas, centros de saúde, hospitais, para além da extensão da rede de abastecimento de água.
O candidato da Frelimo à sua própria sucessão na chefia do Estado referiu ainda que nos próximos cinco anos vai trabalhar no sentido de se estender as redes eléctricas e de telefonia móvel no país, visto que actualmente muitos moçambicanos ainda não beneficiam destes serviços.
Daviz Simango, do MDM, e Afonso Dhlakama, da Renamo, não trabalharam na rua. O primeiro era esperado na cidade de Montepuez, para onde tinha agendado um comício popular, mas até ao fecho desta edição não tinha sido realizado. Entretanto, o programa deste candidato a que o “Notícias” teve acesso indica que Daviz Simango escala hoje a cidade de Lichinga, onde orientará um comício popular.
De fontes da Renamo soubemos que o líder desta formação política deixa hoje a capital do país com destino à província de Nampula. Prevê-se que Afonso Dhlakama dê início à sua campanha com vista às eleições de 28 de Outubro na cidade de Angoche, onde está programado um comício popular.
Entretanto, mais de 19 partidos políticos extra-parlamentares que viram os seus processos de candidatura “chumbados” pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) com vista às eleições legislativas e provinciais do próximo mês reuniram-se ontem em Maputo para definir novas estratégias de actuação.
Estes partidos, encabeçados pela coligação Unidos por Moçambique (UM), decidiram durante o encontro aguardar pelo veredicto final a ser proferido amanhã pelo Conselho Constitucional, face às reclamações que submeteram àquele órgão, em razão da decisão da CNE de os excluir total ou parcialmente do sufrágio previsto para este ano.
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