A empresa de exploração de carvão Coal Of Africa (CoAL) e os caminhos-de-ferro sul-africanos pretendem aumentar o volume de carvão exportado através do Porto de Maputo, dos actuais dois milhões de toneladas/ano para 10 milhões em 2013.
25 setembro 2009/Notícias
Os responsáveis pela CoAL e Transnet Freight Rail, a divisão de mercadorias dos caminhos de ferro sul-africanos anunciaram recentemente em Sandton, Joanesburgo, que estão dispostos a avançar com um ambicioso plano para elevar a capacidade do corredor e da terminal de carvão da Matola, de forma a escoar a produção de novas minas de carvão abertas no norte e noroeste da África do Sul.
Fuzile Magwa, director-geral da Transnet, salientou que “o aumento dos volumes de carvão exportado através do Porto de Maputo é uma área crítica de crescimento e ideal para a criação de parcerias público-privadas”.
Durante uma conferência realizada na Africa do Sul “Coaltrans SA” o director financeiro da Coal of Africa (CoAL), Blair Sergeant, recordou que a sua empresa já tem investidos no Corredor de Maputo 35 milhões de dólares norte-americanos e que a produção da sua nova mina de Mooiplats, recentemente aberta no nordeste daquele país, terá de ser escoada através de Moçambique.
Uma área de indefinição para os agentes económicos que apostam no Corredor de Maputo em detrimento do Porto de Richards Bay, na província do Kwazulu-Natal, com o maior terminal de processamento de carvão de toda a África mas muito mais longe das províncias nortenhas do que Maputo, é a fonte de financiamento de novos vagões para operarem entre a África do Sul e a Matola.
Um acordo em discussão já antes desta conferência prevê que a CoAL venha a financiar o montante necessário para a construção pela Transnet de uma nova frota de vagões especiais para transportar os adicionais oito milhões de toneladas/ano de carvão para a Matola a partir das províncias sul-africanas de Limpopo e Mpumalanga, onde novas minas foram abertas.
É esta parceria entre empresas do sector público e privado que os responsáveis querem desenvolver, mas ela implicará que a Coal for Africa detenha direitos exclusivos nos futuros planos de expansão do terminal da Matola, detido maioritariamente por outra empresa sul-africana, a Grindrod.
A Coal for Africa revelou que assinou já com a Grindrod um acordo que lhe permitirá acesso à futura capacidade total do terminal em troco de investimentos feitos na infra-estrutura.
“Pretendemos garantir que o Corredor de Maputo funcione e seja capaz de resolver todos os seus problemas operacionais, desde o transporte até ao carregamento dos navios. Estes não são planos no domínio dos sonhos. Eles foram bem pensados e estudados”, disse Sergeant.
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