26 julho 2009
Os presidentes do Brasil e do Paraguai anunciaram a conclusão de um "acordo histórico" para a exploração da barragem hidroeléctrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, na fronteira entre os dois países.
Os presidentes do Brasil e do Paraguai anunciaram a conclusão de um "acordo histórico" para a exploração da barragem hidroeléctrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, na fronteira entre os dois países.
Ao abrigo deste acordo, o Brasil vai pagar a partir de 2010 cerca de 360 milhões de dólares (253,1 milhões de euros) ao Paraguai pela venda de electricidade, contra os 120 milhões de dólares (84,36 milhões de euros) que paga actualmente.
"Demos um passo muito importante, este é um acordo histórico", declarou o presidente brasileiro, Lula da Silva, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo do Paraguai, Fernando Lugo.
Há anos que o Paraguai reclamava uma revisão do tratado sobre a barragem para receber mais dinheiro pela energia vendida ao Brasil. O contrato estipula que o Brasil tem prioridade na compra de energia que o Paraguai não utiliza.
Construída há 35 anos pelo Brasil e pelo Paraguai, com um custo de 12 mil milhões de dólares (8,43 mil milhões de euros, ao câmbio actual), Itaipu é a segunda maior barragem da mundo a seguir à barragem das Três Gargantas, na China, e tem uma capacidade instalada de 12.600 megawatts.
Lula da Silva comprometeu-se ainda a financiar vários projectos de infra-estruturas no país vizinho, através de créditos a longo prazo, incluindo uma linha de alta tensão entre a barragem e Assunção no valor de 450 milhões de dólares.
"Em 10 meses (de negociações), graças à vontade deste governo e do presidente Lula, avançámos com uma reivindicação que já tinha 30 anos", disse Fernando Lugo.
"São 360 milhões de dólares anuais que o meu governo se compromete a consagrar ao desenvolvimento produtivo e às necessidades sociais" do país, prometeu o presidente paraguaio.
Fernando Lugo fez das "injustiças de Itaipu" uma das bandeiras da sua campanha eleitoral em 2008. (Noticias Lusófonas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário