segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cabo Verde tem potencial para criar pequenas e médias empresas de transformação e montagem - OCDE

Lisboa, Portugal, 9 junho 2008 - Cabo Verde tem potencial para criar pequenas e médias empresas de transformação, nomeadamente informáticas, de manufacturas e montagem, disse sexta-feira em Lisboa o porta-voz do Centro de Desenvolvimento da OCDE, Colm Foy.

"Penso que o futuro em Cabo Verde passa pela criação de pequenas e médias empresas de transformação, por exemplo em informática, computadores e outros produtos electrónicos, de manufacturas e de montagem. Há um clima perfeito para a criação de produtos delicados", disse Colm Foy, no dia em que apresentou em Lisboa o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre as Perspectivas Económicas para África 2008.

Satisfeito com os "bons números" sobre Cabo Verde, Colm Foy sublinhou, em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, que aquele país de língua portuguesa tem um "bom programa de investimento público, desenvolvimento do sector privado, crescimento do investimento exterior, um sistema político muito equilibrado e aposta na formação".

Apesar disso, Cabo Verde tem alguns problemas, como a pobreza e o desemprego que só em 2006 chegou aos 18 por cento.

Colm Foy lembrou que Cabo Verde deverá ter este ano um crescimento igual ao de 2007, de 6,6 por cento, antecipando um aumento para 7 por cento no próximo ano.

"Cabo Verde ocupa uma das melhores posições no Índice de Percepção da Corrupção em África, em que se encontra em terceiro lugar, estando ainda em 49º entre 180 países, no âmbito do Relatório de Transparência Internacional. Foi ainda considerado pela Freedom House como o país mais livre em termos de direitos políticos e liberdades civis em toda a África subsaariana e é um país muito aberto", frisou.

Segundo Colm Foy, o Governo de Cabo Verde deve buscar soluções para que "os cidadãos possam passar da dependência à independência", extravasando esta recomendação a todos os governos africanos.

O porta-voz recomenda por isso a aposta nas infra-estruturas, na diversificação da economia, na racionalização das importações e exportações, na conservação dos rendimentos das exportações do petróleo e na transparência da utilização das receitas das exportações.
(macauhub)

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