6 janeiro 2015, Jornal de Angola EDITORIAL http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
O fim dos conflitos em África é um
dos grandes objectivos da União Africana, que não cessa de protagonizar
iniciativas visando a total estabilidade do continente. A promoção da paz
e da segurança em África é uma das principais missões da organização, que tem
de se adaptar às novas realidades do continente e actuar em conformidade
com os desafios decorrentes da instabilidade que ainda persiste em diferentes
regiões.
A gestão
e resolução de conflitos armados é uma prioridade da União Africana, que está
condenada a lutar pela estabilidade dos povos africanos, para poder
promover o desenvolvimento do continente. Derrotado o colonialismo em África e
instaurados em muitos Estados africanos regimes democráticos, espera-se que o
continente avance para a efectiva estabilidade, que é o garante do
funcionamento normal das instituições e de realizações nos domínios
económico e social.
Os africanos querem construir um continente de progresso e
Os conflitos armados inviabilizam a prosperidade do continente. É por isso imperioso que os políticos africanos se envolvam na busca de uma paz duradoura. Os povos de África exigem dos seus dirigentes sabedoria para contornar os mais complexos problemas que ainda temos.
E muitos já apontam para Angola. O Presidente José Eduardo dos Santos conseguiu a estabilidade política, o desenvolvimento social e económico, através de uma política bem sucedida que teve como base o diálogo e a concertação.
Os pais fundadores dos nossos Estados fizeram heroicamente a sua parte ao conduzirem lutas de libertação que venceram o colonialismo, permitindo a conquista das independências. São vários os líderes africanos que souberam, com coragem e inteligência, libertar os povos do continente da opressão e escravidão.
Cabe aos actuais dirigentes africanos dar provas de capacidade para, também com inteligência, dirigir os povos do continente para sucessos na frente da economia, devendo para tanto afastar com urgência os factores de instabilidade que deixam cada vez mais longe a África do progresso.
A situação em algumas regiões de África justifica que se avance para a neutralização daquilo a que muitos chamam “estratégia do caos”, levada a cabo por forças que querem tirar partido da instabilidade em África . Há na verdade forças em África que pretendem eternizar a instabilidade para, por exemplo, continuarem a pilhar riquezas do continente dentro de Estados soberanos e independentes , em violação às suas leis e aos direitos humanos.
Não se pode permitir que milhares de pessoas estejam a sofrer por causa de interesses de grupos violentos que cometem crimes hediondos contra civis e que ignoram soluções políticas e pacíficas para a resolução dos conflitos, apostando na destruição das instituições , o que impede os Estados de executar as suas principais funções para assegurar que as comunidades vivam e trabalhem em segurança. Alcançámos com muito sacrifício as nossas independências e é imperioso defender com determinação o que custou a ganhar.
A desestabilização de alguns Estados do continente deve ser travada , por via da aplicação de diferentes modalidades de sanções àqueles que optam pela guerra. Se as experiências do passado em termos de aplicação de sanções a grupos que recorrem a violência para desestabilizar Estados se revelaram eficazes, importa que se continue a aplicar medidas que vão no sentido de desencorajar acções criminosas, particularmente aquelas que põem mesmo em causa a existência de Estados.
É necessário dar resposta enérgica e imediata à estratégia do caos, para a defesa da vida e das instituições dos Estados afectados pela guerra imposta pelos inimigos da paz e da ordem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário