domingo, 1 de junho de 2008

Angola/Presidente da República aborda situação em Timor-Leste

Luanda, 30 maio 2008 (Angop) – O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, analisou hoje (sexta-feira), em Luanda, com o secretário-geral da Fretilin, Mari Alcatiri, a situação prevalecente em Timor Leste.

Em declarações a jornalistas, no final da audiência, Alcatiri disse que o encontro permitiu ouvir do presidente José Eduardo dos Santos algumas sugestões que permitam pôr termo à actual crise em Timor Leste.

“A situação tem melhorado”, asseverou Mari Alcatiri, porém fez saber que a crise ainda persiste e como Angola tem uma larga experiência, “viemos aqui mais uma vez para beber dela”.

Precisou que o Chefe de Estado angolano acha que a “postura da Fretilin tem sido positiva e deve continuar para a obtenção da paz e da estabilidade”.

O responsável da Fretilin, formação política que governou Timor Leste durante muitos anos, disse que naquele país asiático existe uma “ausência de violência” que, entretanto, ainda não é o essencial.

Para Mari Alcatiri, a causa fundamental da crise ainda não foi debelada, (…) que é a contradição no seio da liderança nacional, manifestando a sua preocupação face à contínua degradação das condições sociais no seu país.

Timor Leste, situado no sudoeste asiático, tem Dili como capital. Está independente desde Novembro de 1975, mas somente reconhecido em Maio de 2002.
Possui 924.000 habitantes numa área de 15.410 quilómetros quadrados.

NOTA de Mercosul & CPLP: A Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) proclamou a independência do país no dia 28 novembro de 1975. Os Estados Unidos apoiaram previamente o ditador Suharto, da Indonésia, na sua decisão de invadir, ocupar e anexar Timor-Leste. A agressão foi consumada em 7 de dezembro do mesmo ano. A FRETILIN organizou e liderou a luta pela restauração da independência, que foi proclamada no dia 20 de maio de 2002, data da fundação desta organização patriótica. Timor-Leste permaneceu um país ocupado até a violenta retirada dos invasores em 1999, seguindo-se um período de administração pela ONU. A independência nunca foi abolida e era reconhecida internacionalmente. A Austrália, contudo, traiu o povo timorense e vendeu o seu apoio à ditadura indonésia em troca do direito de exploração das grandes reservas de gás e petróleo que Timor-Leste possui.

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