quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Brasil/Graça Machel: NOSSO DEVER É HONRAR O LEGADO DE ZUMBI E DE MANDELA

25 novembro 2014, Vermelho htt p://www.vermelho.org.br (Brasil)
A 12ª edição do Troféu Raça Negra aconteceu nesta segunda-feira (24), na Sala São Paulo, região central da capital paulista. O evento que premia as personalidades que foram destaque em 2014 e homenageou o líder e símbolo da luta contra a segregação racial Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, felecido em 2013. Sua esposa e também ativista da luta por direitos das mulheres e crianças, Graça Machel, recebeu a homenagem.


Aplaudida de pé, Graça emocionou a plateia ao falar do líder sul-africano. “Quero trazer a voz dele esta noite”, afirmou ela, destacando a trajetória de luta de Mandela que dedicou a sua vida em defesa de uma sociedade democrática e igualitária. Ela citou uma frase de Mandela que sintetiza o compromisso do lídel suk-afircano: “Lutei contra a dominação branca e a dominação negra. Espero viver e ver realizado meu ideal. Se necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”.

Ela ressaltou que
o compromisso agora é honrar a luta de Zumbi e Mandela. “Que os negros deste país, por direito próprio e não por favor, possam ocupar a centralidade das instituições. É o nosso dever honrar o legado de Zumbi e de Mandela. Prometemos que essa sociedade veja a discriminação como história, da mesma forma que a escravidão já é história”, enfatizou.

Graça afirmou anda que o avanço da democracia depende da ampliação e representação da população negra junto aos poderes do Estado. “É preciso que se questionem sobre o que quer dizer uma representação democrática que reflita a composição de sua própria sociedade. A resposta não deve ser dada por mim, mas pelos brasileiros”, pontuou ela em entrevista coletiva.

Transformação exije mecanismos
Graça se com Mandela em 1998. Assim como seu marido, Machel tem uma trajetória de vida ligada a luta de resistência pela independência de Moçambique, seu país natal, nos anos 70 e foi primeira-dama do país por seu casamento com o presidente Samora Machel, morto em 1986. 

“A transformação não existe se não houver mecanismos, precisamos de regras com metas claras para reduzir a discriminação de qualquer tipo”, destacou ela, citando o sistema de cotas no serviço público e nas universidades do Brasil. Ela ressaltou que os brasileiros “não devem permitir que a sociedade em geral finja que não vê o que está acontecendo” com a população negra.

A Faculdade Zumbi dos Palmares fez uma placa em homenagem a Graça Machel, que agora se junta a ícones como o pastor americano Jesse Jackson, também condecorado pela instituição de ensino. “Ela é uma irmã universal que é inspiração para todos nós e para os alunos”, ressaltou o reitor José Vicente, que organizou o evento junto com a Afrobras.

Da redação do Portal Vermelho
Com informações de agências


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Brasil/Câmara aprova Prêmio Nelson Mandela para escolas e professores
7 fevereiro 2014, Vermelho htt p://www.vermelho.org.br (Brasil)

A Câmara aprovou nesta quinta-feira (6) o projeto da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que institui o Prêmio Nelson Mandela de Ensino da História da África e das Relações Étnico-Raciais. De acordo com o texto, o prêmio vai agraciar anualmente três pessoas físicas ou jurídicas, escolhidas entre as indicadas, cujos trabalhos ou ações mereceram especial destaque no Ensino da História da África e das Relações Étnico-raciais e na defesa e promoção da igualdade racial.

Para a deputada Iara Bernardi, o prêmio é o reconhecimento da contribuição dos povos africanos e seus descendentes. “Premiar educadores que se destacam no ensino da História da África e das Relações Étnico-raciais é uma forma de colaboração com o debate sobre a urgência de que a escola pública consolide suas boas práticas e que essas sejam disseminadas para todos os brasileiros,” enfatizou.

O Prêmio será conferido na forma de Diploma de Menção Honrosa e outorga de medalha com a efígie de Nelson Mandela, em sessão da Câmara convocada especialmente para esse fim, a realizar-se em julho. O mês foi escolhido porque no dia 18 de julho se comemora o Dia Internacional de Nelson Mandela, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), numa referência à data de nascimento do líder sul-africano.

Ainda conforme o texto, a indicação das pessoas que poderão ser agraciadas pelo prêmio será feita por integrante da Câmara, por instituições de ensino e entidades não-governamentais, e deverá ser encaminhada à Mesa Diretora, acompanhada do respectivo curriculum vitae e justificativa, até o dia 22 de dezembro do ano anterior.

Já a escolha das pessoas agraciadas será realizada pela Comissão do Prêmio Nelson Mandela de Ensino da História da África e das Relações Étnico-raciais, designada pela Mesa da Câmara. Essa comissão analisará os conteúdos, as estratégias de trabalho dos educadores, os projetos de ensino, o uso e produção de materiais didáticos ou audiovisuais, os processos de avaliação e os resultados traduzidos em desempenho e sucesso dos alunos nas aprendizagens.

A Mesa da Câmara dos Deputados expedirá as instruções necessárias para a concessão do prêmio no prazo de 60 dias, a partir da publicação do projeto. A matéria foi promulgada na sessão de quinta-feira (7). (Fonte: Agência Câmara)

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