19 novembro 2014,
Jornal
Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
Moçambique e Angola são tidos como
os dois países mais promissores para 2015 a nível da África subsahariana,
considerada nova fronteira para os investidores globais, mas que tem vindo a
ser ensombrada por riscos políticos e económicos.
Esta avaliação é do Banco Nacional do
Qatar, cujo relatório foi divulgado recentemente.
“Saber a diferença entre diamantes em
bruto e simples é essencial. Apontamos seis países que tiveram um forte
desempenho nos últimos cinco anos e os mais promissores para a região em
2015:
Angola, Quénia, Moçambique, Nigéria, Tanzânia e Uganda”, refere o banco que,
citado pelo diário árabe The Peninsula, considera que estes são “diamantes
económicos reais”.
Lembrando o crescimento económico previsto
pelo Fundo Monetário Internacional, o banco diz que “o país com a expansão
económica mais acelerada é Moçambique”, que tem o seu crescimento “alicerçado
nos grandes investimentos em megaprojetos e com investimentos estruturantes e
substanciais no sector da energia”.
Os dados actualizados no princípio deste
mês pelo FMI indicam que o desempenho económico de Moçambique permanece robusto
e o crescimento do PIB está projectado para 7,5 por cento em 2014 e 2015,
reflectindo uma forte actividade em todos os sectores, particularmente a
indústria extractiva, construção, transportes e comunicações, comércio e
serviços financeiros.
No entanto, o FMI entende que embora as
receitas de vulto associadas aos recursos naturais, com destaque para o gás
natural, sejam esperadas nos próximos seis a dez anos, é necessário que
Moçambique implemente políticas adequadas para enfrentar os grandes e novos
desafios impostos pelo mercado.
Angola é descrita como “o segundo maior
produtor de petróleo a seguir à Nigéria e rica noutros recursos naturais como
os diamantes”, e é lhe apontado um excedente orçamental de 4,1% este ano e com
uma previsão de 5,9% no próximo ano.
“A produção de petróleo diminuiu
ligeiramente porque a prestação declinou nalguns campos já antigos, mas o
crescimento deve aumentar nos próximos tempos”, acrescenta a notícia citando o
relatório do banco.
Os aspectos positivos não escondem, no
entanto, “os variados riscos que os investidores têm de enfrentar”, entre os
quais “os problemas de segurança, os maus ambientes empresariais, a fraca
implementação de projectos e as dúvidas sobre a sustentabilidade dos défices
orçamentais e da dívida pública”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário