terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ecuador/Correa instalará este martes Secretaría Técnica de la Unasur en Haití

De acuerdo con Correa, con la cooperación prestada a Haití, ''la Unasur está dando ejemplo de cumplimiento, de seriedad en los compromisos y seguimiento de los mismos''. El jefe de Estado ecuatoriano, en calidad de presidente pro-tempore del organismo regional instalará la Secretaría Técnica que promoverá acciones de reconstrucción y estabilización democrática en conjunto con el Gobierno haitiano.

31 agosto 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

El presidente de Ecuador, Rafael Correa, instalará este martes en Haití la Secretaria Técnica de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), la cual coordinará acciones junto al Gobierno haitiano para la reconstrucción y estabilización democrática de esa nación caribeña, devastada en enero pasado por un terremoto de magnitud 7,3 en la escala de Richter.

Correa, a su llegada la noche del pasado lunes a Haití alrededor de las 22:30 horas locales (03:30 GMT) , señaló que es necesaria la seriedad en torno a la solidaridad con Haití, porque "no se trata sólo de querer hacer, hay que hacer las cosas bien".

En ese sentido, sostuvo que la Unasur, cuya presidencia pro-témpore está en manos de Ecuador, está dando ejemplo de cumplimiento, de seriedad en los compromisos y seguimiento de los mismos.

El jefe de Estado ecuatoriano arribó a la Compañía de Ingeniería Combinada Ecuador-Chile en el campamento de la Misión de Estabilización de la Organización de las Naciones Unidas (Minustah, por su sigla en inglés), donde fue recibido por el teniente coronel, Andrés Arangui (Chile) y el mayor Jorge Romero (Ecuador).

En el discurso que pronunció a su llegada, Correa adelantó a los uniformados que el propósito de su nueva visita a Haití es para dar seguimiento a los diferentes proyectos que la Unasur realiza en el país caribeño.

Asimismo sostuvo que entre los propósitos de la segunda visita a Haití durante 2010, luego de la primera que realizó en enero pasado a pocos días después del devastador terremoto, también figura la intención de nombrar a los miembros de la Secretaría Técnica de la Unasur, que estará presidido por el argentino Rodolfo Mattarolo y el chileno Marcel Young como secretario adjunto.

Esa Secretaría de la Unasur además estará conformada por funcionarios de Brasil, Argentina, Venezuela, Chile y Ecuador, según informó la Agencia Pública de Noticias del Ecuador y Suramérica (Andes).

El ente, además de los secretarios técnico y adjunto, estará conformado por especialistaa en agricultura, infraestructura, obras civiles, gestión de riesgos, planificación y gestión pública ,un técnico en el área de gobernabilidad, un asistente administrativo y financiero, así como un equipo de apoyo.

Antes de la instalación de la Secretaría Técnica de la Unasur, Correa prevé sostener una reunión privada con el presidente haitiano, René Preval, en la cual se espera ambos aborden temas referentes a la situación actual de la nación caribeña.

Fidel Castro: “CHEGUEI A ESTAR MORTO, MAS RESSUSCITEI”

30 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Em entrevista exclusiva ao jornal La Jornada (a primeira concedida a um veículo impresso desde que uma diverticulite obrigou seu afastamento da liderança do governo cubano), Fidel Castro fala sobre o que aconteceu, diz que esteve à beira da morte, mas ressuscitou.

Por Carmen Lira Saade para La Jornada

E fala de seus planos para o futuro: "Não quero estar ausente nestes dias. O mundo está na fase mais interessante e perigosa de sua existência e eu estou bastante comprometido com o que está acontecendo. Ainda tenho muitas coisas para fazer".

Ele esteve quatro anos debatendo-se entre a vida e a morte. Um entra e sai da sala de cirurgia, entubado, recebendo alimentos através de veias e cateteres e com perdas frequentes de consciência. Minha enfermidade não é nenhum segredo de Estado, teria dito pouco antes que ela se tornasse crise e o obrigasse a fazer o que tinha que fazer: delegar suas funções como presidente do Conselho de Estado e, consequentemente, como comandante em chefe das forças armadas de Cuba. Não posso seguir mais, admitiu então - segundo revela nesta sua primeira entrevista a uma publicação impressa estrangeira desde então. Fez a transmissão do cargo e entregou-se aos médicos.

A comoção sacudiu a nação inteira, aos amigos de outras partes, despertou esperanças revanchistas em seus detratores e colocou em estado de alerta o poderoso vizinho do Norte. Era o dia 31 de julho de 2006 quando foi divulgada, de modo oficial, a carta de renúncia do líder máximo da Revolução Cubana. O que seu inimigo mais feroz (bloqueios, guerras, atentados) não conseguiu em 50 anos foi alcançado por uma enfermidade sobre a qual ninguém sabia nada e se especulava tudo. Uma enfermidade que para o regime, quisesse ou não, iria se converter em um segredo de Estado.

Penso em Raúl, no Raúl Castro daqueles momentos. Não era apenas o pacote que lhe tinham confiado há muito tempo; era a delicada saúde de sua companheira Vilma Espin – que pouco depois faleceria vítima de câncer – e a muito provável desaparição de seu irmão mais velho e chefe único nos âmbitos militar, político e familiar”.

Hoje faz 40 dias que Fidel Castro reapareceu em público de maneira definitiva, ao menos sem perigo aparente de recaída. Em um clima tranquilo e dando a entender que a tempestade passou, o homem mais importante da Revolução Cubana ressurge orgulhoso e com vitalidade, ainda que não domine totalmente os movimentos de suas pernas.

Durante as quase cinco horas que durou a entrevista ao La Jornada – incluindo o almoço – Fidel aborda os mais diversos temas, ainda que mostre uma obsessão por alguns em particular. Permite perguntas sobre tudo – ainda que quem mais interrogue seja ele – e repassa pela primeira vez e com dolorosa franqueza alguns momentos da crise de saúde que sofreu nos últimos quatro anos. Cheguei a estar morto, revela com uma tranqüilidade assombrosa. Não menciona pelo nome a diverticulite da qual padeceu nem se refere às hemorragias que levaram os especialistas de sua equipe médica a intervir em muitas ocasiões, sempre com risco de perder a vida. Mas no que ele se estende é no relato do sofrimento vivido. E não mostra inibição alguma em qualificar a dolorosa etapa como um calvário.

Eu já não aspirava a viver, nem muito menos...Perguntei-me várias vezes se essa gente (seus médicos) iriam deixar-me viver nestas condições ou iriam permitir que eu morresse. E sobrevivi, mas em condições físicas muito ruins. Cheguei a pesar cinquenta e poucos quilos. Sessenta e seis quilos, precisa Dália, sua inseparável companheira que assiste a conversa. Só ela, dois de seus médicos e dois de seus colaboradores mais próximos estão presentes.

- Imagine: um tipo da minha estatura pesando 66 quilos. Hoje já estou entre 85 e 86 quilos e esta manhã consegui dar 600 passos sozinho, sem muleta nem ajuda.

Quero dizer-te que estás diante de uma espécie de ressuscitado, afirma com certo orgulho. Sabe que, além da magnífica equipe médica que o assistiu durante todos estes anos, que pôs à prova a qualidade da medicina cubana, contou muito a sua vontade e essa disciplina de aço que se impõe sempre que se empenha em algo.

Não cometo nunca mais a mínima violação – assegura. Tornei-me médico com a cooperação dos médicos. Com eles discuto, pergunto (pergunta muito), aprendo (e obedece)... Conhece muito bem as razões de seus acidentes e quedas, ainda que insista que não necessariamente umas levem às outras. A primeira fez foi porque não fez o aquecimento devido, antes de jogar basquete. Depois veio o de Santa Clara: Fidel descia da estátua do Che, onde havia presidido uma homenagem, e caiu de cabeça. Aí influiu também, afirma, que aqueles que deveriam cuidar dele também estão ficando velhos, perdem habilidades e não conseguiram cuidar direito. A seguir veio a queda de Holguín. Todos esses acidentes ocorreram antes que a outra enfermidade se tornasse crítica e o deixasse por longo tempo no hospital.

- Estendido naquela cama, só olhava ao meu redor, ignorante de todos esses aparatos. Não sabia quanto tempo ia durar esse tormento e a única esperança que alimentava é que o mundo parasse para que eu não perdesse nada. Mas ressuscitei, disse satisfeito.

- E quando ressuscitou, comandante, o que encontrou? – perguntei

- Um mundo de loucos... Um mundo que aparece todos os dias na televisão, nos jornais, e que não há quem entenda, mas que eu não queria perder por nada deste mundo – sorri, divertido.

Com uma energia surpreendente em um ser humano que acabou de levantar-se da tumba, como ele mesmo diz, e com a mesmíssima curiosidade intelectual de antes, Fidel Castro vai se atualizando. Aqueles que o conhecem bem dizem que não há um projeto, colossal ou milimétrico, no qual ele não se empenhe com uma paixão encarniçada, em especial se em situação de adversidade, como era o caso. Nunca, então, parece de melhor humor. Alguém que pretende conhecê-lo bem resumiu: “as coisas devem andar muito mal, porque você está radiante”.

A tarefa de acúmulo informativo cotidiano deste sobrevivente começa desde que ele acorda. Com uma velocidade de leitura, cujo método ninguém conhece, devora livros, lê entre 200 e 300 notas informativas por dia, está debruçado sobre as novas tecnologias da comunicação, e fascina com o Wikileaks, a garganta profunda da internet, famosa pela revelação da existência de 90 mil documentos militares sobre o Afeganistão, nos quais esse novo internauta já está trabalhando.

Você se dá conta, companheira, do que isso significa? – pergunta-me. A Internet colocou em nossas mãos a possibilidade de nos comunicarmos com o mundo. Não contávamos com nada disso antes – comenta, ao mesmo tempo em que se deleita vendo e selecionando informes e textos baixados da rede, que tem sobre a mesa do escritório: um pequeno móvel, demasiado pequeno para o tamanho (mesmo que diminuído pela enfermidade) de seu ocupante.

Acabaram-se os segredo, ou ao menos parece isso. Estamos diante de um jornalismo de investigação de alta tecnologia, como o chama o New York Times, e ao alcance de todo o mundo. Estamos diante da arma mais poderosa que já existiu, que é a comunicação – resume. O poder da comunicação tem estado, e está, nas mãos do império e de ambiciosos grupos privados que fazem uso e abuso dele. Por isso os meios de comunicação fabricaram o poder que hoje ostentam.

Escuto-o e penso em Chomsky: qualquer das fraudes que o Império tente executar deve contar antes com o apoio dos meios de comunicação, principalmente jornais e televisão, e hoje, naturalmente, com todos os instrumentos que a Internet oferece. São os meios que, antes de qualquer ação, criam o consenso. Preparam a cama, diríamos... Formatam o teatro de operações. No entanto, diz Fidel, ainda que pretendessem manter intacto esse poder, não conseguiram. E estão perdendo-o dia a dia. Enquanto outros, muitos, muitíssimos, emergem a cada momento...

Faz-se necessário, então, um reconhecimento aos esforços de alguns sites e meios, além do Wikileaks: pelo lado latinoamericano, a Telesur da Venezuela, a televisão cultural da Argentina, o Canal Encontro, e todos aqueles meios, públicos ou privados, que enfrentam poderosos consórcios particulares da região e transnacionais da informação, da cultura e do entretenimento.

Informes sobre a manipulação dos grupos empresariais locais ou regionais poderosos, seus complôs para introduzir ou eliminar governos ou personagens da política, ou sobre a tirania que o império exerce, através das transnacionais, estão agora ao alcance de todos os mortais.

Mas não em Cuba, que dispõe apenas de uma entrada de Internet para todo o país, comparável a que o Hotel Hilton ou o Sheraton têm. Essa é a razão por que conectar-se em Cuba é desesperador. A navegação é como se fosse em câmara lenta.

Por que isso ocorre? - pergunto.

- Pela rotunda negativa dos Estados Unidos em nos dar acesso à Internet na ilha, através de um dos cabos submarinos de fibra ótica que passam próximo às costas. Cuba se vê obrigada, em troca, a baixar o sinal de um satélite, o que encarece muito mais o serviço do que o governo cubano pode pagar, e impede que se disponha de uma banda maior, que permita dar acesso a muito mais usuários e na velocidade que é normal em todo o mundo, com a banda larga.

Por essas razões o governo cubano dá prioridade para conectar-se não a quem pode pagar pelo custo do serviço, mas para quem mais necessita, como médicos, acadêmicos, jornalistas, professores, quadros do governo e clubes de internet de uso social. Não se pode fazer mais.

Penso nos descomunais esforços do site cubano Cubadebate para alimentar seu conteúdo e levar ao exterior a informação sobre o país, nas condições existentes. Mas, segundo Fidel, Cuba em breve poderá solucionar esta situação.

Ele se refere à conclusão das obras de cabo submarino que se estende do porto de La Guaira, na Venezuela, até as proximidades de Santiago de Cuba. Com estas obras, levadas adiante pelo governo Hugo Chávez, a ilha poderá dispor de banda larga e de possibilidades de conceder uma grande ampliação do serviço.

- Muitas vezes se acusa Cuba e em particular a você de manter uma posição antiestadunidense rigorosa; chegaram até a acusá-lo de ter ódio dessa nação - digo-lhe.

— Não é nada disso – esclarece: Por que odiar os Estados Unidos, se é apenas um produto da história?

Mas, com efeito, há uns 40 dias, apenas, quando ainda não tinha terminado de ressucitar, ocupou-se – para variar -, em suas novas Reflexiones, de seu poderoso vizinho.

“É que comecei a ver muito claramente os problemas da tirania mundial crescente – e se apresentou à luz de toda a informação que tinha, a iminência de um ataque nuclear que desataria a conflagração mundial".

Mas não podia sair a falar, a fazer o que está fazendo agora, indica-me. Apenas podia escrever com certa fluidez, pois não só teve que aprender a caminhar, mas também, em seus 84 anos, teve de voltar a aprender a escrever.

“Saí do hospital, fui para casa, mas caminhei, excedi-me. Depois tive de fazer reabilitação dos pés, para então conseguir começar a escrever de novo. O salto qualitativo se deu quando pude dominar todos os elementos que me permitiam tornar possível tudo o que estou fazendo agora. Mas posso e devo melhorar... Posso chegar a caminhar bem. Hoje, já te disse, caminhei 600 passos só, sem bengala, sem nada; e devo conciliar isso com o que subo e desço, com as horas que durmo, com o trabalho".

- O que há por trás desse frenesi no trabalho? O que mais que, depois de uma reabilitação, pode conduzi-lo a uma recaída?

Fidel se concentra, fecha os olhos como para começar a dormir, mas não... volta à carga: "não quero estar ausente nestes dias. O mundo está numa fase mais interessante e perigosa de sua existência e eu estou bastante comprometido com o que venha a acontecer. Tenho coisas a fazer, ainda".

- Como o quê?

– Como a conformação de todo um movimento antiguerra nuclear – é a o que vem se dedicando desde a sua reaparição.

Criar uma força de persuasão internacional, para evitar que essa ameaça global se concretize representa um rumo, e Fidel nunca pôde resistir aos rumos.

“No princípio pensei que o ataque nuclear iria se dar sobre a Coréia do Norte, mas logo retifiquei, porque a China vetaria isso no Conselho de Segurança [da ONU]...

Mas o do Irã ninguém o fará, porque não há veto nem chinês nem russo. Depois veio a resolução (das Nações Unidas), e embora Brasil, Turquia e Líbano tenham votado, o Líbano não o fez e então se tomou a decisão.

Fidel convoca cientistas, economistas, comunicadores, etc, a que dêem sua opinião sobre qual pode ser o mecanismo mediante o qual se vai desatar o horror, e a forma que se pode evitá-lo. Até a exercícios de ficção científica os conduziu.

“Pensem, pensem!”, anima as discussões. “Raciocinem, imaginem”, exclama o entusiasta professor em que se converteu, nestes dias.

Nem todo mundo compreendeu sua inquietude. Não são poucos os que viram catastrofismo e até delírio em sua nova campanha. A tudo isso tinha de acrescentar o temor que assaltava a muitos, de que sua saúde sofra uma recaída.

Fidel não pára, e ninguém é capaz de sequer freá-lo. Ele necessita, o mais rápido possível, CONVENCER, para assim DETER a conflagração nuclear que –insiste– ameaça com o desaparecimento de uma boa parte da humanidade. Teremos que mobilizar o mundo para persuadir Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, para que ele evite a guerra nuclear. Ele é o único que pode, ou não, impedir o botão de ser apertado.

Com os dados que ele já detém como um expert e os documentos que avalizam o que diz, Fidel questiona e faz uma exposição arrepiante:

– Tu sabes o poder nuclear que alguns países do mundo têm, na atualidade, em comparação com a época de Hiroshima e Nagazaki?

Quatrocentas e setenta mil vezes o poder explosivo que qualquer dessas bombas que os Estados Unidos jogou sobre essas duas cidades japonesas tinha. Quatrocentas e setenta mil vezes mais! Sublinha, escandalizado.

Essa é a potência de cada uma das mais de 20 mil armas nucleares que – se calcula – há hoje em dia no mundo.

Com muito menos do que essa potência – com tão só 100 – já se pode produzir um inverno nuclear que obscureça o mundo em sua totalidade.

Esta barbaridade pode se produzir em uma questão de dias; para sermos mais precisos, no próximo 9 de setembro, que é quando vencem os 90 dias concedidos pelo Conselho de Segurança da ONU para que se comece a inspeção dos barcos do Irã.

– Acredita que os iranianos vão retroceder? O que imagina? Homens valentes, religiosos que vêem na morte quase um prêmio...Bem, os iranianos não vão ceder, isso é certo. Vão ceder aos ianques? E o que ocorrerá se nem um nem outro ceder? E isto pode ocorrer no próximo 9 de setembro.

Um minuto depois da explosão, mais da metade dos seres humanos terão morrido, a poeira e a fumaça dos continentes em chamas derrotarão a luz solar e as trevas absolutas voltarão a reinar no mundo, escreveu Gabriel García Máquez por ocasião do 41 aniversário de Hiroshima. Um inverno de chuvas alaranjadas e furacões gelados inverterão o tempo dos oceanos e voltarão o curso dos rios, cujas espécies terão morrido de sede em águas ardentes...A era do rock e dos corações transplantados estará de volta a sua infância glacial...

Tradução: Katarina Peixoto

Brasil/Blogs se tornam instrumentos de luta da juventude sul-americana

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) fez uma pesquisa sobre a juventude latino-americana. O trabalho foi feito em parceria com o Instituto Polis e mais seis organizações do continente. As pesquisas foram realizadas entre 2007, 2008 e 2009 com jovens do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Por Paulo Daniel*, na CartaCapital

28 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Os pesquisadores ouviram e acompanharam a rotina de jovens de grupos organizados, como movimentos femininos, trabalhadores sem terra, movimento hip hop. Ao mesmo tempo, foi aplicado um questionário para 14 mil jovens e adultos, para compreender se o que aparece como reivindicação da juventude organizada está afinado com a percepção da sociedade de uma maneira geral.

O estudo revelou que o jovem de hoje está mobilizado, embora essa mobilização seja diferente da geração de 1970, em que havia uma questão concreta da ditadura no mundo, que restringia a liberdade e os direitos fundamentais.

Sobre a comunicabilidade entre os jovens dos diferentes países, a ferramenta tecnológica da comunicação, a informática, facilitou esse entrosamento. Isso resultou na incorporação desses elementos de comunicação dentro das lutas e organizações juvenis. Esse tipo de ferramenta – como blogs e redes sociais – acabou incorporado como instrumento de luta social.

De acordo com a pesquisa do Ibase, as diferenças entre a juventude dos seis países pesquisados estão na própria história dessas nações. As diferenças se dão entre os países, não em termos de juventude; se dão em termos de sociedade. No caso do Brasil e do Chile, por exemplo, as diferenças que surgem entre os jovens são as mesmas que aparecem entre os adultos.

O estudo do Ibase e seus parceiros visa à geração de informações qualificadas que possam ajudar na elaboração de políticas públicas para os jovens da região. Outra meta é fornecer subsídios para os movimentos sociais pensarem suas práticas.

A rede que desenvolveu a pesquisa foi integrada também pela Fundación SES (Argentina), U-Pieb (Bolívia), Cidpa (Chile), Base-IS (Paraguai), Cotidiano Mujer e Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de la República (Uruguai). O estudo contou com apoio do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDCR), do Canadá.

* Paulo Daniel, economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de economia

Vietname saúda Angola pela intenção de instalar consulado em Hanói

Luanda, 30 agosto 2010 - O Governo da República Socialista do Vietname saudou o recente anúncio do Executivo angolano sobre a intenção de instalar, em breve, uma representação diplomática em Hanói, capital deste país asiático, em vias de desenvolvimento.

A informação foi avançada hoje, em Luanda, pelo embaixador do Vietname em Angola, Pham Tien Nhiem, em entrevista à Angop.

De acordo com o embaixador, a abertura, brevemente, de um consulado angolano em Hanói constitui um grande passo para impulsionar a "tão desejada cooperação recíproca entre os dois países".

Indicou que a medida representa também um primeiro passo para a posterior formalização de uma embaixada de Angola no Vietname, materializando assim os objectivos de uma longa batalha diplomática que o seu governo tem desenvolvido para o feito.

Para Pham Tien Nhiem, o anúncio desta intenção entusiasmou os investidores vietnamitas, que consideram um sinal muito importante para incentivar a rede de parceria entre sectores económicos dos dois países.

"As relações de amizade entre os povos angolano e vietnamita são de longo tempo e datam desde os tempos da Luta de Libertação Nacional nos dois países", sublinhou o diplomata.

Durante o II Fórum Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável Vietname-África, realizado em Hanói, de 17 a 19 de Agosto último, a Secretária de Estado para a Cooperação, Exalgina Gambôa, informou que Angola terá proximamente um consulado naquele país asiático, no quadro do reforço das relações bilaterais.

Na ocasião, Exalgina Gambôa, que chefiou uma delegação multisectorial angolana no Fórum, enalteceu o desempenho da economia do mercado do Vietname nos últimos 10 anos, que tem permitido a redução dos índices de pobreza através da elevação dos indicadores sociais e crescimento económico.

A República Socialista do Vietname reconheceu Angola um dia depois da sua independência, a 11 de Novembro de 1975, altura em que estabeleceram as suas relações diplomáticas, e abriu a sua embaixada em Luanda no ano seguinte, em 1976.

O país é limitado a norte pela China, a leste e a sul pelo mar da China meridional e a oeste pelo Golfo da Tailândia, pelo Cambodja e pelo Laos.

Comércio da China com países de língua portuguesa aumentou 65 por cento de Janeiro a Julho

Comércio da China com países de língua portuguesa aumentou 65 por cento de Janeiro a Julho

Macau, China, 31 agosto 2010 - O comércio entre a China e os oito países de língua oficial portuguesa ascendeu a 49 619 milhões de dólares entre Janeiro e Julho, mais 65 por cento do que no período homólogo de 2009, de acordo com os Serviços de Alfândega da China divulgados em Macau.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro comercial de língua portuguesa da China, tendo o comércio bilateral ascendido a 32 509 milhões de dólares (mais 54,60 por cento), com vendas brasileiras no valor de 19 592 milhões de dólares e exportações chinesas de 12 917 milhões de dólares.

Em segundo lugar surge Angola, com trocas comerciais no valor de 14 873 milhões de dólares (mais 98,10 por cento), com a China a importar mercadorias no valor de 13 805 milhões de dólares e a exportar 1 067 milhões de dólares.

A grande distância destes dois países surge Portugal, com um comércio bilateral no valor de 1 840 milhões de dólares, com importações portuguesas de 1 436 milhões de dólares e exportações de 403 milhões de dólares.

Em quarto lugar aparece Moçambique com trocas comerciais no valor de 352 milhões de dólares (com aquisições à China no montante de 281 milhões de dólares e vendas de 70 milhões de dólares), apresentando os restantes quatro países - Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe - valores marginais no seu comércio com a China. (macauhub)

Obras Públicas, Educação e Transportes no topo dos investimentos do Banco Exim da China em Angola

Luanda, Angola, 30 agosto 2010 - Os projectos de Obras Públicas, Educação e Transportes foram os mais beneficiados pelos acordos de concessão de crédito entre o Banco de Exportações-Importações (Eximbank) da China e Angola, que já ascendem a 4.547 milhões de dólares.

De acordo com dados oficiais recentemente divulgados na edição angolana da Revista Exame, num dossier especial dedicado à relação económica entre Angola e a China, foram canalizados nos últimos anos 905,5 milhões de dólares para projectos de obras públicas, cerca de 20 por cento do valor total.

Para projectos de Educação foram atribuídos 642,5 milhões de dólares ou 24,1 por cento do total e o sector dos Transportes recebeu 572,8 milhões de dólares ou 12,6 por cento.

Para este último sector, a prioridade foi a reconstituição da frota de camionagem, escreve a revista angolana.

“Esta reposição, além da melhoria da resposta à crescente procura pelo transporte de mercadorias, viabilizando o escoamento dos produtos dos grandes centros de produção para os grandes centros de consumo, permitiu aos camionistas que ficaram privados dos seus principais meios de produção a recompensa justa e o reinício de uma nova fase empresarial”, adianta.

Cerca de 440 milhões de dólares foram gastos na aquisição de 500 veículos para os transportes colectivos urbanos de Luanda, Benguela, Huambo, Uíge e Malange.

O restante foi aplicado na aquisição de equipamento de transporte ferroviário e de 1.500 viaturas.

Na lista dos sectores mais beneficiados está também a Agricultura (530,6 milhões de dólares), a Energia (514,1 milhões), Saúde (409,3 milhões) e Telecomunicações e Televisão (408,2 milhões).

Mais de 270 milhões de dólares foram para projectos integrados, 252,8 milhões para as Águas e 41,1 milhões de dólares para a Justiça.

A cooperação direccionou-se à “recuperação dos principais eixos rodoviários e pontes, melhoramento do fornecimento de energia e água para a recuperação da produtividade dos principais centros urbanos e das condições de vida das populações”, refere a Exame.

“O investimento no capital humano (educação e saúde) - vital para o desenvolvimento da nação, as infra-estruturas agrícolas para garantir no médio prazo a auto-suficiência alimentar e o investimento na área das telecomunicações preencheram o volume de investimentos que absorveu os vários pacotes de financiamento no âmbito da cooperação com a China”, adianta.

O apoio resulta dos acordos assinados entre o Eximbank e o Ministério das Finanças de Angola, inicialmente em Março de 2004, no valor de 2.000 milhões de dólares.

Foi posteriormente alargado em 500 milhões de dólares em Julho de 2007, através de uma linha de crédito para projectos complementares, e em 2 000 milhões de dólares em Setembro do mesmo ano.

A selecção dos projectos parte do lado angolano, que através de departamentos ministeriais identifica e leva à consideração do Ministério do Comércio da China a proposta.

Este, após a aprovação da proposta, propõe a Angola três empresas capazes de assegurar a concretização.

É posteriormente realizado um concurso público limitado às referidas empresas, cujo resultado necessita de aprovação do Conselho de Ministros e visto do Tribunal de Contas, segundo prevê o acordo/quadro de cooperação.

O contrato comercial deve ainda ser homologado pelo ministro sectorial e obter as necessárias garantias bancárias.

Finalmente, o Ministério das Finanças angolano e o Eximbank concluem as negociações para a assinatura do acordo individual de financiamento para o contrato comercial, que deve ser acompanhado das respectivas licenças de importação e exportação de capital. (macauhub)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Brasil/É IMPERIOSO DERROTAR AS FORÇAS DO ATRASO

27 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Messias Pontes *

Pelo andar da carruagem, a fatura da eleição presidencial deve ser liquidada no primeiro turno. A cada pesquisa divulgada, Dilma Rousseff (PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, PR, PRB, PSC, PTC, PTN ) se distancia mais ainda do candidato da oposição conservadora, José Serra (PSDB, DEMO, PPS, PTB). Na última sexta-feira, o Vox Populi apontou uma diferença de 16 pontos percentuais; no sábado foi a vez do Datafolha (DataSerra) indicar 17 pontos de vantagem; e ontem o instituto Sensus mostrou Dilma com 18 pontos à frente.

As pesquisas de todos os institutos apontam também a tendência de crescimento da candidata petista e de queda do candidato demo-tucano. A oposição conservadora de direita já está consciente que o quadro é irreversível e que só uma catástrofe – o que é quase impossível – poderá levar a eleição para o segundo turno. Tanto isto é verdade que a cúpula demo-tucana já trabalha com o objetivo de eleger uma razoável bancada no Congresso Nacional, notadamente no Senado.

No Ceará, a tendência é a eleição ser concluída em 3 de outubro com a reeleição do governador Cid Gomes (PSB ). Porém, para a vitória ser completa, é imperioso derrotar as forças do atraso. A coligação de Cid (PSB, PT, PMDB, PCdoB, PRB) deve eleger uma bancada de pelo menos 37 deputados estaduais e 17 federais. Mas precisa eleger os dois senadores – Eunício e Pimentel – para evitar que o governo Dilma seja boicotado como tem sido o do presidente Lula. Cid conta ainda com o apoio informal do PHS, PSL, PTN, PTB, PTdoB, PRTB, PMN e PP.

Até o momento, as pesquisas tem sido favoráveis ao tucano Tasso Jereissati. Contudo, esse quadro pode e deve mudar. Isto porque mais de 60% dos cearenses entrevistados declararam não ter definido candidato ao Senado. Um grande número de eleitores pensa que Tasso tem o apoio do governador Cid Gomes e do presidente Lula.

É no interior do Estado que Tasso garante essa maioria atual, e onde parcela considerável do eleitorado não está informada que Tasso representa o que há de mais atrasado na política brasileira, e que é inimigo do presidente Lula, tendo comandado a tropa de choque da oposição conservadora para impedir a prorrogação da CPMF, fazendo com isso que um Estado pobre como o Ceará perdesse R$ 1 bilhão por ano, recurso que seria destinado exclusivamente à saúde. Em nível nacional, a perda foi de R$ 40 bilhões anual ou R$ 160 bilhões em quatro anos.

O homem do Interior, em especial o trabalhador rural, ainda hoje sofre as graves conseqüências do desmonte do Estado nos governos Tasso, quando este destruiu a agricultura com a extinção de órgãos vitais para o setor que cuidavam do planejamento agrícola - Comissão Estadual de Planejamento Agrícola(CEPA), da pesquisa ( - Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epace) e do desenvolvimento agropecuário – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário (Codagro), além de sucatear completamente a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).

Tasso extinguiu também o Banco de Desenvolvimento do Ceará (Bandece), causando grande prejuízo aos pequenos, médios e grandes produtores rurais, e levou o Banco do Estado do Ceará (BEC) à bancarrota, tendo de federalizá-lo para não ser decretada a falência do banco que era orgulho dos cearenses. A federalização custou R$ 900 milhões que serão pagos por todos os cearenses em 30 anos. E quase quebra o Banco do Nordeste com o seu afilhado Byron Queiroz, que deu um rombo de mais de R$ 7 bilhões.

Em matéria de desmonte do Estado, Tasso é campeão. Ele privatizou a Companhia de Eletricidade do Ceará (Coelce) argumentando que destinaria R$ 600 milhões para o Fundo Previdenciário, mas até hoje não se tem notícia do paradeiro desse dinheiro. A Coelce era uma empresa enxuta e superavitária.

Também privatizou a Teleceará, cujo dono é o seu irmão Carlos Francisco Jereissati. A Imprensa Oficial (IOCE), à época o melhor parque gráfico público do Brasil, igualmente foi pras cucúias e hoje todo o material de expediente é impresso em gráficas particulares, com grande prejuízo para o Erário estadual.
Por tudo isso, e muito mais, é imperioso derrotar as forças do atraso. Podemos e devemos eleger os dois senadores do Lula: Eunício Oliveira e José Pimentel.
* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.



--------------------- LER TAMBEM



Brasil/Comício de Wagner e Dilma reúne 20 mil em Salvador (BA)

27 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Historicamente conhecida como a “Praça do Povo”, a Castro Alves trajou-se de vermelho na noite desta quinta-feira (26) para saudar o presidente Lula (PT), a sua candidata na sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT), e o governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT), durante o primeiro comício da campanha em Salvador. “Hoje é um dia especial, porque estou aqui para pedir votos para “ companheiros que eu acredito”, afirmou Lula, sob aplausos.

Mais de 20 mil pessoas,segundo cálculos da Casa Militar, empunhando bandeiras e sob os gritos de “Olê, Olê, Olê, Olá, Dilma,Lula!”, transformaram o evento em uma grande festa de apoio à continuidade do projeto político implantando por Lula desde 2003 e seguido por Wagner, na Bahia, com a vitória eleitoral em 2006.

“Aqui na Bahia, tivemos a parceria de um companheiro excepcional, que é meu amigo, amigo de Lula, mas acima de tudo, é amigo dos baianos e baianas. Foi Wagner que conseguiu mudar a história deste estado, criando uma nova sociedade, que, assim como na luta do 2 de Julho, não aceita imposição. É um governo comprometido com a geração de empregos, que ajudou a implantar o Bolsa Família, que luta pela Bahia e que comunga dos mesmos objetivos que nós”, destacou Dilma.

Em pesquisa Datafolha publicada hoje, a candidata ampliou ainda mais a vantagem sobre José Serra (PSDB): 49% ante 29% do tucano. Considerando-se apenas os votos válidos, Dilma venceria a disputa para presidente já no primeiro turno, com 55% da preferência do eleitorado, contra 33% de Serra e 10% de Marina Silva (PV). Ainda segundo o levantamento, 63%dos eleitores acreditam na eleição de Dilma Rousseff para presidente da República.

“Tenho convicção de que ela (Dilma) vai fazer mais e melhor que o nosso mandato. E, para eleger Dilma, temos que reeleger esse grande companheiro, que está fazendo bem pra Bahia e, tenho certeza, irá fazer muito mais, porque agora estamos mais bem preparados”, ratificou o presidente, referindo-se ao amigo, Jaques Wagner.

O governador lidera absoluto as pesquisas de sucessão estadual desde novembro; sempre apontado como vitorioso no primeiro turno. “Precisamos de mais quatro anos para aprofundar e acelerar as mudanças, para que a Bahia colha frutos ainda maiores das ações implantadas no primeiro mandato, que diminuíram as desigualdades sociais no estado e estão em sincronia com o projeto político do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff”, afirmou Wagner.

Mantendo-se cauteloso quanto às pesquisas, convocou a militância a seguir firme e atuante na campanha. “Nesses 37 dias até as eleições, vamos manter a bandeira em punho, calor no coração, raciocínio na cabeça e vamos, a cada dia, ganhar votos para Dilma, para mim, para Pinheiro e para Lídice. Precisamos eleger o time completo de Lula”, conclamou.

A eleição dos dois senadores da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente” também foi ressaltada por Dilma e Lula, que também lembrou da importância de eleger uma bancada forte na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa. “Essa turma que está aqui atrás no palco precisa ser eleita; os deputados estaduais e federais para ajudar tanto Wagner, aqui na Bahia, quanto Dilma, no Congresso Nacional. São candidatos que fazem um trabalho extraordinário, sempre levantando a nossa bandeira”, disse Lula. “Não vamos tirar voto dos deputados da nossa coligação. Tem muito voto pra gente tirar dos opositores de Lula e Dilma”, endossou Jaques Wagner.

Além dos diversos candidatos e candidatas a deputado dos partidos aliados, o comício reuniu o corpo de ministros do Governo Lula, a exemplo de José Gomes Temporão (Saúde), Orlando Silva (Esporte), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Fortes (Cidades) e Juca Ferreira (Cultura). Entre as lideranças presentes, também estavam o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli; e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo - ANP, Haroldo Lima.

“O mais importante nesta eleição é que o povo tem mostrado que deseja a continuidade do nosso projeto político; e não a mudança. Tanto no Brasil, quanto na Bahia, isso vem se consolidando com eleições, que podem se resolver no primeiro turno. Por isso, considero este o momento mais feliz da campanha”, comemorou Lima. (De Salvador, Camila Jasmin)

Cuba/Fidel Castro: COLOMBIA ES UN PAÍS CONVERTIDO EN BASE DE ESTADOS UNIDOS

Durante la convesación, el escritor ruso Daniel Estulin, quien se encuentra de visita en La Habana, preguntó al líder cubano sobre qué posibilidades observaba sobre la instalación de más bases en otros países, a lo que Fidel contestó ''en cuanto a bases directas, tienen la de Guantánamo, la de las Malvinas (…) Y en los demás no las tienen en apariencias, pero en la realidad sí''.

27 agosto 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

El líder de la Revolución cubana, Fidel Castro, afirmó que "Colombia es un país convertido en una base" de Estados Unidos luego de la instalación de tropas de ese país y cuya política de seguridad dista de la de Venezuela y Cuba, naciones que son atacadas porque son naciones independendientes.

"A Chávez le hacen la guerra porque, contra viento y marea, Venezuela sigue siendo de los pocos países del mundo donde no hay bases militares norteamericanas. Y a Cuba la odian por la misma razón: su independencia", declaró Fidel en una entrevista al escritor ruso Daniel Estulin.

El autor de la trilogía sobre el Club Bilderberg, interrogó al comandante sobre una variedad de temas, entre los que primó el asentamiento militar que EE.UU. pretende conquistar en la mayoría de los países de la región.

"Hacen prácticas y ejercicios" expresó y agregó que se trata "de un cinismo total", reseñó la prensa cubana.

Sobre el proceso de paz que se está gestando entre Colombia y Venezuela para lograr el restablecimiento de las relaciones bilaterales, el ex presidente de Cuba destacó que el presidente Hugo Chávez, "es optimista y trabaja en el proceso de paz con Colombia, sin descansar. "Duerme un poco de día y trabaja toda la noche".

Mantiene la seguridad de que el esfuerzo conjunto logre la paz en la región, contrario a los intereses de países como EE.UU. "Mi opinión es que el Imperio va a caer. Si hay guerra, cae todo el mundo. La lucha nuestra es porque no haya guerra".

En ese sentido, sostuvo que la cadena de atentados que invadieron varios puntos de Irak esta semana y mataron decenas de personas, despierta suspicacia por coincidir con el día en que salieron tropas norteamericanas de Bagdad.

Por otro lado, el autor ruso agradeció a Fidel por haber incluido en sus más recientes Reflexiones fragmentos de sus textos para mostrar el objetivo de algunos grupos como los Bilderbergs de acabar con Rusia como potencia militar y a China como potencia económica.

Al Club de Bilderberg sólo se accede por invitación, la Enciclopedia Británica lo ha definido como "una atmósfera de estricto secretismo", entretanto los miembros del círculo se defienden de las acusaciones sobre "oscurantismo" manifestando que no son "un club secreto, sino privado", describía el comandante en sus líneas de mediados de este mes tituladas "El gobierno mundial".

Sobre el tema del ataque y la destrucción de países con armas atómicas, Estulin aseguró que pocos países tienen acceso a construir arsenales de ese tipo debido a que carecen de la tecnología adecuada. Sólo pueden hacerlo Estados Unidos, Rusia, Francia e Israel".

Las bombas que tiraban los aviones de (Fulgencio) Batista, recuerda Fidel, eran a veces de 500 kilogramos, y abrían un gran hueco, pero no destruían muchas casas. "Caían, se enterraban y explotaban", añade Fidel. "En el caso de las bombas atómicas, el hongo y el fuego son dos señales inconfundibles que las acompañan. Yo no recuerdo en la Sierra Maestra que esto haya ocurrido."

El Ejército de Batista utilizaba bastante bien aquellas armas, porque Estados Unidos lo había entrenado, aseguró. "Usaban B-26, y también un tipo de avión caza con 8 ametralladoras y tenían algunos Jet, tres en total, dos de ellos los utilizamos después para defendernos durante el ataque mercenario de Playa Girón (1961). Estos Jet los manejaron pilotos que estaban presos por negarse a cumplir órdenes de Batista y habían sido juzgados y sancionados por eso."

Durante el desarrollo de la entrevista sobre el último tema expuesto por Daniel Estulin relacionado con la lucha por el planeta Tierra, el autor ruso considera que dentro de unos 50 ó 100 años la humanidad se encontrará en otros mundos como Marte o incluso la Luna.

A ese respecto, el comandante que lideró la Revolución en Cuba opinó que el progreso humano es un hecho, pero expresó que se quedaría en la Tierra. "En Marte, en la Luna y en el resto de los planetas del Sistema Solar, no hay atmósfera. Tu teoría es absolutamente correcta en el sentido de que la humanidad debe preservarse para vivir miles de años, gracias al progreso."

Fidel Castro consideró que se debe luchar para preservar tal progreso de la especie, pero acotó que desde el inicio de la formación del petróleo "hace más o menos 400 millones de años, el hombre estará gastando en menos de 200 años el petróleo acumulado (Â…) La atmósfera no resiste ese consumo".

Finalmente, el líder revolucionario dijo que los peligros que acechan a la humanidad "son muy grandes", por lo que insistió en hacer un esfuerzo conjunto para trascender la existencia. "Ganaremos la guerra no librándola". (Cubadete)

Brasil/REGRA PARA ESTRANGEIROS NA TERRA É FIM DE ENTULHO NEOLIBERAL

26 agosto 2010/Vermelho EDITORIAL http://www.vermelho.org.br/

A Advocacia-Geral da União, de comum acordo com a Presidência da República, acaba de eliminar mais um item do entulho neoliberal ao restabelecer os limites para a compra de terras por estrangeiros em território nacional e criar regras para controlar essas aquisições.

O parecer da AGU publicado no Diário Oficial da União (dia 23) culminou discussões no governo que ocorrem desde 2007; ele restabelece a vigência da lei 5.709 / 1971 que havia sido praticamente revogada por um parecer da própria AGU que, em 1994, suspendeu a aplicação daquela lei.

A partir de agora, a compra de terras por estrangeiros fica limitada a 50 módulos rurais (entre 250 e cinco mil hectares, dependendo da região); sua área somada não poderá ser maior do que um quarto da área do município; volta a obrigação dos cartórios manterem cadastro específico para aquisições dessa natureza; volta também a exigência de autorização prévia do Conselho de Defesa Nacional para compras desse gênero em áreas consideradas de segurança nacional.

Além de facilitar a desnacionalização do setor agrícola brasileiro, o parecer neoliberal de 1994 teve também o efeito nocivo de impedir o conhecimento da extensão da desnacionalização da posse da terra no Brasil na medida em que deixou de exigir o registro dessa atividade pelos cartórios.

Nesse período de completa ausência de controle, o problema foi agravado por fatores como a invasão de áreas de proteção ambiental, a especulação que elevou o preço da terra, o aumento da grilagem e a ameaça à segurança nacional representada pela aquisição descontrolada de terras por estrangeiros em faixas de fronteira.

Outra consequência da interpretação neoliberal feita pela AGU em 1994, é a inexistência de dados oficiais sobre o tamanho da área ocupada por estrangeiros, e as estimativas a respeito são precárias. Mesmo assim elas descrevem uma ameaça crescente contra a soberania nacional, particularmente contra a segurança alimentar dos brasileiros pois são terras cujo uso subordina-se a interesses econômicos e geopolíticos do grande capital e de outras nações.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estima que a área das propriedades estrangeiras supera quatro milhões de hectares, crescendo de forma acelerada e descontrolada ao ritmo de 12 quilômetros quadrados (igual à área do Principado de Mônaco) por dia.

São 34.218 propriedades rurais sob controle estrangeiro, localizadas principalmente no Centro-Oeste (que é a área mais dinâmica do agronegócio), onde estão 38% do total das propriedades. Os negócios neste setor mobilizaram, entre 2002 e 2008 foram aplicados 2,5 bilhões de dólares.

O controle das propriedades rurais é um item importante da segurança nacional e sua importância é ressaltada nesta época em que a demanda por alimentos e matérias primas cresce e a disponibilidade de terras nos países mais ricos declina, em que previsão de escassez da água aumenta a cobiça internacional por áreas agrícolas, em que a demanda por proteção ambiental e desenvolvimento sustentável se acentua.

A portaria da AGU corresponde a estes impasses e recria a norma jurídica que permite ao Estado brasileiro exercer o controle sobre esta atividade. É um passo importante em defesa dos interesses do Brasil, de sua economia e dos brasileiros.

Paraguai/Entidades de Direitos Humanos falam sobre o impacto dos transgênicos

(ADITAL) Agência de Informação Frei Tito para a América Latina
26 agosto 2010 ADITAL htpp://www.adital.com.br


Tatiana Félix *

Adital - Uma intensa mobilização de entidades ambientalistas aconteceu ontem (25), no Paraguai, com o objetivo de apresentar para a sociedade os impactos negativos do monocultivo de grãos transgênicos como a soja e o milho. Segundo as entidades, este tipo de cultivo afeta, diretamente, os direitos humanos das comunidades campesinas e indígenas, e, também o de toda a população. Na ocasião também foi lançada a campanha nacional "Paraguai livre de milho transgênico".

A análise foi apresentada pela Associação de ONGs do Paraguai (POJOAJU), a Coordenadora de Direitos Humanos do Paraguai (CODEHUPY) e a Rede Rural de Organizações Privadas de Desenvolvimento (REDE RURAL). Eles afirmaram que "todos os produtos com manipulação genética estão destinados a aumentar os biocombustíveis, afetando a ecologia, a economia, o ambiente, mas, não estão destinados a superar a falta de alimentos da população mundial".

Os manifestantes exigiram ainda o cumprimento das obrigações assumidas pelo governo do país, que implicam na adoção de um modelo produtivo e de desenvolvimento que garanta a inclusão e os direitos de todos os grupos sociais do país.

No último dia 17, as instituições divulgaram um comunicado retratando a situação atual e os efeitos do cultivo do milho transgênico no Paraguai. Segundo observam, este cultivo pode trazer riscos para não só para o meio ambiente e agricultura, mas, também para a saúde humana.

O apelo das ONGs é pela destruição do milho geneticamente modificado tolerante ao glifosato, sob alegação de que o cultivo desta semente não é permitida no território nacional. "Os milhos transgênicos não foram elaborados por técnicos de melhoramento genético, senão por uma tecnologia cara, imprecisa e especializada, chamada Biotecnologia, que agrega genes de outras plantas ou animais ao milho", afirmam.

De acordo com um estudo divulgado recentemente, a exposição à níveis mínimos de glifosato causa alterações severas no desenvolvimento de embriões de anfíbios. Desta forma, se confirma o prejuízo que esta substância causa tanto para a flora, fauna e seres humanos.

Além disso, é destacado que a aplicação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) provoca danos ao equilíbrio ecológico e a biodiversidade, como, por exemplo, redução nas espécies de flora e fauna, maior contaminação da água e do solo, entre outros.

O alerta para a saúde do ser humano é que o consumo de OGMs, presentes na alimentação e nos animais que consumimos, tem efeitos à médio e à longo prazo. Preocupa também o fato dos produtos transgênicos não serem identificados para o consumidor. Além do mais, os alimentos transgênicos causam resistência ao uso de antibióticos, quando necessário seu uso, dificultando o combate às enfermidades.

* Jornalista da Adital

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Empresários de Xangai anunciam investimentos superiores a 13 mil milhões de dólares em Moçambique

Maputo, Moçambique, 27 agosto 2010 - Empresas da China vão investir mais de 13 mil milhões de dólares em projectos industriais e imobiliários em Moçambique nos próximos cinco anos, ao abrigo de dois memorandos assinados quinta-feira em Maputo.

O anúncio dos interesses empresariais chineses em Moçambique, para os próximos cinco anos, foi feito por Sao Angru, chefe de uma missão empresarial chinesa que concluiu quinta-feira uma visita de prospecção de oportunidades de investimento em Moçambique.

Após a assinatura dos acordos, o chefe da missão empresarial chinesa afirmou que está prevista a construção de um parque industrial numa área de 20 quilómetros quadrados, no sul de Moçambique, uma cidadela na margem sul da baía de Maputo, também no sul de Moçambique, e um hotel na capital do país.

“Dentro de cinco anos, vamos investir 13 mil milhões de dólares para a concretização de diversos projectos industriais em Moçambique, com capital chinês. A China precisa de expandir os seus investimentos e Moçambique precisa de desenvolvimento industrial, são duas necessidades que oferecem uma área de reciprocidade”, sublinhou Sao Angru.

O investimento chinês será aplicado ainda na montagem de indústrias do sector automóvel, têxtil, mineração, energias, centros tecnológicos e de pesquisa, acrescentou.

Segundo Sao Angru, para a viabilização dos projectos será criado um fundo de investimento, a ser viabilizado com financiamento do governo da China, à medida que as propostas de investimento das empresas interessadas forem aprovadas.

Um dos memorandos, assinado entre a delegação chinesa e o Conselho Municipal de Maputo, visa a construção de uma cidade denominada “China Town”, no distrito municipal de Catembe, embora a sua edificação esteja dependente da construção da ponte que irá ligar Maputo e Catembe. (macauhub)

Angola-Canadá/Secretário de Estado destaca desempenho da economia angolana

Ottawa, 26 agosto 2010 - O secretário de Estado da Indústria, Kiala Gabriel, disse terça-feira em Montreal, Canadá, que Angola é um dos países em África com mais estabilidade política, económica e social, bem como possui um pacote legislativo de incentivos fiscais e benefícios mais atractivos para captação do investimento privado.

Kiala Gabriel, que falava na conferência sobre "Oportunidades de Negócios em Angola", promovido pela Canadian Council on África (CCA, na sigla em inglês), adiantou que a economia está aberta à decisão dos investidores privados e, que, ao Estado cabe elaborar políticas e estratégias para o seu desenvolvimento socioeconómico e negociar os incentivos fiscais e benefícios, caso aceitem investir no país.

O secretário de Estado da Indústria exortou os empresários canadianos presentes na conferência a investirem em Angola, associando-se a empresas angolanas no âmbito das novas parcerias público-privadas, face ao bom clima de investimentos que o país vive desde a conquista da paz há oito (8) anos.

O governante, na sua intervenção, defendeu a necessidade da criação de infra-estruturas industriais em Angola, nomeadamente pólos de desenvolvimento industrial, condomínios industriais e solos industriais, conducentes à redução das importações e à promoção das exportações.

Kiala Gabriel sublinhou que um dos objectivos do seu sector nesta visita ao Canadá é identificar projectos de empresas canadianas no ramo industrial, interessadas em fornecer equipamentos agro-industriais para Angola, visando a construção de fábricas de descasque, torrefacção e embalagem de café, nas províncias de Luanda, Kwanza Norte, Kwanza Sul e Uíge.

Dos empreendimentos industriais anunciados, e que estão definidos pelo seu sector como prioritário para o período de 2009-2012, com vista o fomento da produção interna, constam a indústria alimentar, através da construção de fábricas de chocolate, bolachas e biscoitos, nas províncias de Luanda, Kwanza Sul e Huambo.

A construção de fábrica de conserva de peixe, no Namibe, a indústria de moagem com a construção de terminais de graneleiros com silos de trigo (para conservação do trigo em grão), nas províncias do Kwanza Sul e Bengo, a construção de fábricas de rações para animais, no Kwanza Sul, Benguela, Bengo, Malanje, Huambo e Uíge, entre outros, também fazem parte dos empreendimentos.

Kiala Gabriel prestou a informação de que Angola, no âmbito do sub-programa de criação de infra-estruturas materiais constantes do programa do seu sector, assinou recentemente acordos com a empresa canadiana denominada Canadian Commercial Corporation (CCC, na sigla em inglês), para financiamento do projecto de construção de pólos de desenvolvimento industrial nos municípios do Dondo e Soyo, províncias do Kwanza Norte e Zaire, respectivamente.

Nos pólos de desenvolvimento industrial nos municípios do Dondo e Soyo serão construídos um condomínio, para cada um, com a finalidade de albergar empresas industriais consubstanciadas na construção de naves com infra-estruturas de água e energia eléctrica, arruamentos, passeios, redes de esgotos e sistemas de telecomunicações, bem como combate a incêndios.

A Export Development Canadá (EDC) também assinou em 2008, em Luanda, um memorando de entendimento com o Banco de Poupança e Crédito (BPC) para gestão de uma linha de crédito disponibilizada pelos canadianos no valor de mil milhões de dólares, com o objectivo de facilitar a participação das suas empresas em futuros projectos de infra-estruturas em Angola.

Ainda dia 24, a delegação angolana, no âmbito da identificação de parceiros para criação de pólos de desenvolvimento industrial no país, visitou um importante centro regional denominado Saint-Hyacinthe Technopole, que é a segunda em importância do Quebec, Canadá. A cada ano, esta região recebe cerca de 200 novas empresas ou projectos de investimentos, dos quais 50 porcento estão relacionados à indústria agro-alimentar.

Participaram, igualmente, na conferência, mais de meia centena de empresários canadianos convidados, a encarregada de negócios a.i. Sofia da Silva, diplomatas da Embaixada de Angola no Canadá, empresários angolanos ligados ao ramo industrial, nomeadamente a Cerangola, representada pelo seu Presidente Adérito Areias, e GIAZOP, pelo seu director-geral, Tambwé Mukaz, bem como funcionários seniores da Secretaria de Estado da Indústria.

Durante a sua estadia de cinco dias no Canadá, a delegação angolana participou no dia 25, em Ottawa, numa outra conferência promovida pelas empresas canadianas EDC, CCC e CCA, sobre "Cooperação Industrial entre Angola-Canadá".(Angola Press)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Colombia/CARTA ABIERTA DE LAS FARC-EP A UNASUR

Montañas de Colombia, Agosto de 2010


Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia -- Ejército del Pueblo FARC-EP
Secretariado Estado Mayor
http://www.farcejercitodelpueblo.org/site/secretariado-estado-mayor-central/carta-abierta-farc-ep-unasur


LA PAZ DE COLOMBIA ES LA PAZ DE NUESTRA AMERICA

Aunque el gobierno de Colombia mantiene cerrada la puerta del diálogo con la insurgencia acicateado por el espejismo de una victoria militar y la injerencia de Washington, queremos reiterar a la Unión de Naciones del Sur, UNASUR, nuestra irreductible voluntad de buscar una salida política al conflicto.

Es un hecho que éste desbordó, desde hace años, el marco de las fronteras patrias como consecuencia de las estrategias “preventivas” impuestas a Bogotá por el gobierno de los Estados Unidos. Si Colombia hoy está ocupada militarmente por una potencia extranjera, lo es en desarrollo de un interés geoestratégico, de predominio continental y no en razón de una guerra local contrainsurgente. Nadie discute que la Casa Blanca asume con preocupación la presencia política, cada vez mayor en este hemisferio, de gobiernos que optan por el decoro patrio y la soberanía.

En nuestro país, el Plan Colombia, la estrategia neoliberal, la violencia institucional y para institucional, han agravado a niveles insospechados el conflicto, haciendo muy difícil superar esta etapa de confrontación fratricida sin la ayuda de países hermanos.

El drama humanitario de Colombia clama la movilización y solidaridad continental. La obsesión oligárquica por someter militarmente a la guerrilla desde hace 46 años, y la ejecución de los planes guerreristas y represivos de Washington han costado innumerables masacres, fosas comunes como la de la Macarena que esconde más de 2000 cadáveres: la más grande de América Latina, crímenes de lesa humanidad llamados eufemísticamente “falsos positivos”, un desplazamiento forzoso de cinco millones de campesinos, desapariciones de ciudadanos por causas políticas, detenciones arbitrarias, 30 millones de pobres en un país de 44 millones de habitantes…

Algunos aluden frecuentemente a la obsolescencia de la lucha armada revolucionaria, pero nada dicen de las condiciones y garantías para la lucha política en Colombia. Otros ubican la amenaza en la insurgencia y no en la estrategia neocolonial del gobierno de los Estados Unidos, pareciendo ignorar que con guerrilla o sin ella el imperio dará curso a su agenda de predominio. Y los hay también proclives a presionar a una sola de las partes contendientes, casi siempre a la insurgencia
La paz con justicia social y no la guerra por la guerra, ha sido el objetivo estratégico de las FARC desde su surgimiento en 1964 en Marquetalia. Si las conversaciones de paz de Casa Verde, Caracas, Tlaxcala y el Caguán, no llegaron a feliz término, fue porque las oligarquías no quisieron considerar ningún cambio en las injustas estructuras políticas, económicas y sociales que motivan el alzamiento. Hoy enfrentamos, enarbolando incuestionables banderas políticas, la más grande maquinaria bélica que haya enfrentado guerrilla alguna, pero siempre luchando la posibilidad de una solución política.

Señores presidentes: cuando lo estimen oportuno estamos dispuestos a exponer en una asamblea de UNASUR nuestra visión sobre el conflicto colombiano.

La paz de Colombia es la paz del continente.

Reciban nuestro saludo

De ustedes atentamente,

Compatriotas

Secretariado del Estado Mayor Central de las FARC-EP

Montañas de Colombia, Agosto de 2010,

Año bicentenario del grito de independencia.



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Colômbia/CARTA ABERTA DAS FARC À UNASUR

26 agosto 2010/ODiário.info http://www.odiario.info

Secretariado do Estado-Maior Central das FARC

Enquanto o governo do narcotraficante de turno na presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos fecha as portas ao diálogo, as FARC tentam abrir todas as portas ao diálogo. Em Carta Aberta enviada à União das Nações do Sul, UNASUR, as FARC-EP mostram-se dispostas a ir a uma Assembleia daquela organização expor a sua vontade de encontrar uma solução política negociada para uma paz com justiça social na Colômbia, logo que os presidentes dos países membros daquela organização o entenderem.

Ainda que o governo da Colômbia mantenha fechada a porta do diálogo com a insurreição, acicatado pela miragem de uma vitória militar e pela ingerência de Washington, queremos reiterar à União das Nações do Sul, UNASUR, a nossa irredutível vontade de procurar uma saída política para o conflito.

É um facto que, desde há anos, o conflito transbordou os limites das fronteiras colombianas devido às estratégias «preventivas» impostas a Bogotá pelo governo dos EUA. Hoje, se a Colômbia está militarmente ocupada por uma potência estrangeira, isso deve-se ao desenvolvimento de um interesse geoestratégico, de predomínio continental e não por causa de uma guerra local contra-insurreccional. Ninguém discute que a Casa Branca vê com preocupação a presença política crescente neste hemisfério de governos que optam pelo decoro e a soberania.

No nosso país, o Plano Colômbia, a estratégia neoliberal, a violência institucional e para-institucional agravaram até níveis insuspeitados o conflito, tornando muito difícil superar esta etapa de confrontação fratricida sem a ajuda de países irmãos.

O drama humanitário da Colômbia clama pela mobilização e solidariedade continental. A obsessão oligárquica de submeter militarmente a guerrilha, velha de 46 anos, e a execução dos planos belicistas e repressivos de Washington custaram inumeráveis massacres, fossas comuns como a de Macarena que esconde mais de 2.000 cadáveres, a maior da América Latina, crimes de lesa humanidade eufemísticamente chamados de «falsos positivos», um deslocamento à força de cinco milhões de camponeses, desaparecimentos de cidadãos por razões políticas, detenções arbitrárias, 30 milhões de pobres num país de 44 milhões de habitantes…

Alguns aludem, frequentemente, à obsolência da luta armada revolucionária, mas nada dizem das condições e garantias para a luta política na Colômbia. Outros situam a ameaça na insurreição e não na estratégia neocolonial do governo dos Estados Unidos, parecendo ignorar que, com guerrilha ou sem ela, o império dará curso à sua agenda de predomínio. E há também os que têm a tendência para pressionar só uma das partes, quase sempre os insurrectos.

A paz com justiça social e não a guerra pela guerra foi o objectivo estratégico das FARC desde o seu aparecimento em 1964 em Maquetalia. Se as conversações de paz na Casa Verde, Caracas, Tlaxcala e el Caguán não chegaram a bom termo foi porque as oligarquias não quiseram considerar nenhuma mudança nas injustas estruturas políticas, económicas e sociais que motivaram o levantamento. Hoje enfrentamos, desfraldando inquestionáveis bandeiras políticas, a maior maquinaria bélica que qualquer guerrilha já enfrentou, mas lutamos sempre por uma solução política.

Senhores presidentes: quando o julgarem oportuno estamos dispostos a expor numa Assembleia da UNASUR a nossa visão sobre o conflito colombiano.

A paz da Colômbia é a paz do continente.

Recebam as nossas saudações

Atenciosamente,

Compatriotas

Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP

Montanhas da Colômbia, Agosto de 2010

Ano do bicentenário do grito de independência.

Brasil/A “ONDA DILMA” PRECISA ENVOLVER ELEIÇÃO PARA O CONGRESSO

23 agosto 2010/Vermelho EDITORIAL http://www.vermelho.org.br

O anúncio, no sábado (21), da dianteira de 17 pontos percentuais alcançada por Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais sobre o candidato da direita à Presidência da República, José Serra (segundo o Datafolha, ela tem 47% das preferências, contra 30% do tucano) aprofundou o desânimo e a apatia na campanha da oposição. E, simultaneamente acendeu a luz verde para outra disputa, que ganha destaque: a luta para derrotar a direita e os conservadores também na Câmara dos Deputados e no Senado.

A perspectiva de crescimento, nas duas casas legislativas, das bancadas dos partidos que apoiam o governo do presidente Lula já se delineava há algum tempo. Um levantamento recente feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) confirma essa perspectiva de forma mais concreta e revela que haverá uma renovação de metade dos deputados federais, como vem ocorrendo nas últimas eleições, e de mais da metade no Senado.

Mostra também que o grande perdedor nesta eleição será o Democratas, que sairá das urnas reduzido a um tamanho muito próximo à importância que mantém na conjuntura atual. Há quem diga que, na melhor das hipóteses, o DEM vai eleger no máximo 45 deputados, perdendo a condição de partido grande.

O DEM é o herdeiro direto da ditadura militar que conseguiu manter, ao longo destes 25 anos depois do fim daquele regime de arbítrio, uma influência política bastante grande. Ele é um dos ramos em que o PDS (Partido Democrático Social, ex-Arena, o partido da ditadura de 1964) se dividiu na eleição de Tancredo Neves em 1985, formando o PFL (Partido da Frente Liberal) que, depois, adotou o nome de Democratas. Foi graças ao rompimento com os generais que conseguiu essa sobrevida extensa para as forças da direita representadas por nomes como o falecido Antonio Carlos Magalhães, Jorge Bornhausen, Marco Maciel, entre outros. É o último representante direto da ditadura que conseguiu sobreviver entre os grandes partidos até a eleição deste ano e, agora, está na iminência de naufragar. A opinião unânime dos analistas diz que será o principal perdedor na eleição deste ano.

O Congresso que toma posse em 2011 poderá ter alterações que indicarão uma nova correlação de forças no país. Hoje, as três maiores bancadas da Câmara dos Deputados são do PMDB, do PT e do PSDB. Tudo indica que continuarão sendo, mas a ordem de importância vai mudar. O PT poderá ficar no primeiro lugar, seguido pelo PMDB, com o PSDB em terceiro lugar.

No Senado, o PMDB tem hoje a principal bancada, seguido pelo PSDB, DEM e com o PT em quarto lugar. Em 2011 essa situação pode mudar, com o PMDB mantendo a liderança, seguido pelo PT e deixando os tucanos em terceiro lugar e os demos em quarto.

Uma indicação do avanço previsto é a estimativa de crescimento das bancadas do Partido Comunista do Brasil que poderá, este ano, eleger mais de 15 deputados federais e três senadores.

A "onda Dilma", que vai se espalhando pelo país já desde a primeira semana do início da campanha eleitoral na televisão, precisa envolver também o Congresso Nacional, principalmente o Senado, que tem sido a principal trincheira da oposição contra as mudanças efetuadas desde a posse do presidente Lula, em 2003.

O Congresso é a instituição onde estão os conservadores mais estridentes, os mais loquazes porta-vozes da direita, que usam a tribuna e seus mandatos para produzirem factóides políticos retrógrados que, depois, são amplamente repercutidos pela imprensa do grande capital.

São ferozes defensores do retrocesso neoliberal e de medidas contra o povo, a democracia e a nação. Usam seus mandatos para defender interesses particulares dos grupos que representam, desdenhando toda iniciativa cujo objetivo seja o desenvolvimento nacional, a quebra dos privilégios, a ampliação dos direitos sociais e da participação popular. São sobrevivências de um passado que o Brasil luta para superar, contra o qual tem conseguido avanços significativos desde a eleição do presidente Lula, em 2002.

Para o Brasil continuar no mesmo rumo atual e aprofundar as mudanças com novos ganhos que beneficiem os trabalhadores, a cidadania e a economia nacional, o poder desses grupos precisa ser derrotado. Isso depende fundamentalmente da luta dos brasileiros e da manifestação de sua vontade de mudança ao escolher seus candidatos para deputados e senadores em 3 de outubro. Para avançar, os brasileiros precisam eleger Dilma e, junto com ela, parlamentares em todos os níveis comprometidos com o programa de mudanças que ela representa.

Cuba/FIDEL RECHAZA CRÍMENES DE ISRAEL CONTRA PALESTINOS EN GAZA Y CISJORDANIA

'' ... Aborrezco los crímenes del gobierno fascista de Netanyahu, que asesina niños, mujeres y hombres, jóvenes y ancianos en la franja de Gaza y en Cisjordania'', sostiene el líder cubano en su Reflexión titulada La opinión de un experto.

26 agosto 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

El asesinato de niños, mujeres y hombres palestinos en la franja de Gaza y Cisjordania por parte del Gobierno de Israel fue rechazado por el líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, en su más reciente Reflexión, titulada La opinión de un experto.

En el artículo, Fidel aborda el tema referente al pensamiento israelí, al considerar que es Jeffrey Goldberg el más conocedor de esa materia.

Además, el líder cubano indicó que comparte con Goldberg "un profundo odio al nazifascismo y el genocidio cometido con niños, mujeres y hombres, jóvenes o ancianos judíos contra los que Hitler, la Gestapo y los nazis, saciaron su odio contra ese pueblo".

Sin embargo, sostiene Fidel que también aborrece "los crímenes del gobierno fascista de (primer ministro israelí) Netanyahu, que asesina niños, mujeres y hombres, jóvenes y ancianos en la franja de Gaza y en Cisjordania".

A continuación, teleSUR presenta el texto íntegro de la Reflexión de Fidel:

LA OPINIÓN DE UN EXPERTO

Si me preguntaran quién es el más conocedor del pensamiento israelita, respondería sin vacilar que es Jeffrey Goldberg. Incansable periodista, capaz de reunirse decenas de veces para indagar sobre el pensamiento de un líder o un intelectual israelita.

No es neutral, desde luego, es pro israelita sin vacilación alguna. Cuando alguno de ellos no está de acuerdo con la política de ese país tampoco lo es en término medio.

Para mi objetivo, lo que interesa es conocer el pensamiento que guía a los principales líderes políticos y militares de ese Estado.

Me siento con autoridad para opinar, porque nunca fui anti judío y comparto con él, un profundo odio al nazifascismo y el genocidio cometido con niños, mujeres y hombres, jóvenes o ancianos judíos contra los que Hitler, la Gestapo y los nazis, saciaron su odio contra ese pueblo.

Por la misma causa, aborrezco los crímenes del gobierno fascista de Netanyahu, que asesina niños, mujeres y hombres, jóvenes y ancianos en la franja de Gaza y en Cisjordania.

En su ilustrado artículo "El punto tras el que no hay vuelta atrás", que se publicará en la revista The Atlantic, en septiembre de 2010, ya conocido a través de Internet, Jeffrey Goldberg inicia su trabajo de más de 40 páginas del cual extraigo las ideas esenciales para conocimiento de los lectores.

"Es posible que en algún momento durante los próximos doce meses la imposición de sanciones económicas devastadoras contra la República Islámica de Irán convenza a sus líderes para que abandonen los esfuerzos por obtener armas nucleares. [...] Es posible asimismo que las 'operaciones de frustración' llevadas a cabo por los organismos de inteligencia de Israel, los Estados Unidos, Gran Bretaña y otras potencias occidentales [...] lleguen a desacelerar en alguna medida considerable el avance de Irán. También puede que el Presidente Obama, quien ha declarado en bastantes ocasiones que considera la perspectiva de un Irán nuclear como algo 'inaceptable', ordene un golpe militar contra las principales instalaciones de armamentos y enriquecimiento de uranio del país."

"Al analizar la plausibilidad y las posibles consecuencias de un golpe israelí contra Irán, no me dedico a un ejercicio mental ni a un juego de guerra de un hombre. Israel ya ha atacado y destruido con éxito en dos ocasiones el programa nuclear de un enemigo. En 1981, los aviones de guerra israelíes bombardearon el reactor iraquí en Osirak y detuvieron (para siempre, según resultó) las ambiciones nucleares de Sadam Hussein; y en 2007 los aviones israelíes destruyeron un reactor de fabricación norcoreana en Siria. Por lo tanto, un ataque contra Irán sería sin precedentes sólo en cuanto al alcance y la complejidad."

"Por más de siete años he estado estudiando la posibilidad de que al final se produzca ese golpe [...] En los meses transcurridos desde entonces (marzo de 2009), he entrevistado a alrededor de 40 decisores israelíes actuales y anteriores sobre un golpe militar, así como a muchos funcionarios estadounidenses y árabes. En la mayoría de estas entrevistas he formulado una pregunta sencilla: ¿Cuáles son las posibilidades porcentuales de que Israel ataque el programa nuclear iraní en el futuro cercano? No todos respondieron esta pregunta, pero hubo un consenso de que hay posibilidades por encima del 50% de que Israel lanzará un ataque en julio próximo. [...] puse a prueba el consenso hablando con muchas fuentes tanto dentro como fuera del gobierno y pertenecientes a distintos partidos políticos. Tras mencionar la sensibilidad extraordinaria del tema, muchos hablaron sólo a regañadientes y con la condición de que no se revelaran sus nombres [...] El razonamiento dado por los decisores israelíes no fue complicado: Irán, cuando más, necesita entre uno y tres años para lograr una capacidad nuclear real. [...] Y el elemento más esencial de la doctrina de seguridad nacional israelí, un principio que data del decenio de 1960 [...] es que no se debe permitir a ningún adversario regional alcanzar la paridad nuclear con el estado judío renacido y aún asediado."

"En nuestra conversación antes de su toma de posesión, Netanyahu no abordó el tema en términos de la paridad nuclear [...] Por el contrario, definió el programa iraní como una amenaza no sólo para Israel sino para toda la civilización occidental."

"'Â…Cuando el creyente de ojos desorbitados se hace de las riendas del poder y las armas de muerte masiva, entonces el mundo debe empezar a preocuparse y eso es lo que está sucediendo en Irán'."

"En nuestra conversación, Netanyahu se negó a analizar su cronograma para la acción, ni siquiera si pensaba en la acción militar preventiva contra el programa nuclear iraní. [...] La convicción de Netanyahu es que Irán no es sólo el problema de Israel sino que es el problema del mundo y el mundo, encabezado por los Estados Unidos, tiene el deber de enfrentarlo. Pero Netanyahu no tiene mucha fe en las sanciones, no en las sanciones relativamente débiles contra Irán aprobadas recientemente por el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas ni en las más fuertes impuestas por los Estados Unidos y sus aliados europeos."

"Pero, según mis conversaciones con los decisores israelíes, este período de paciencia, durante el que Netanyahu espera para ver si los métodos no militares de Occidente pueden detener a Irán, terminará este diciembre."

"El gobierno de Netanyahu ya intensifica sus esfuerzos analíticos no sólo con respecto a Irán, sino en lo tocante a un tema que a muchos israelíes les resulta difícil comprender: el Presidente Obama. Los israelíes se esmeran en responder lo que constituye la pregunta más acuciante para ellos: ¿Existen cualesquiera circunstancias en las que el Presidente Obama desplegaría la fuerza para impedir que Irán adquiriera una capacidad nuclear? Todo depende de la respuesta."

"Irán exige la atención urgente de toda la comunidad internacional, y la de los Estados Unidos en particular, debido su habilidad sin igual para proyectar la fuerza militar. Esta es también la posición de muchos líderes árabes moderados. Hace unas semanas, en declaraciones inusualmente directas el embajador de los Emiratos Árabes Unidos ante los Estados Unidos Yousef al-Otaiba me dijo [...] que su país apoyaría un golpe militar contra las instalaciones nucleares de Irán [...] dijo. 'Los países pequeños, ricos y vulnerables de la región no quieren ser los que provoquen al gran bravucón si nadie va a venir a apoyarlos'."

"Varios líderes árabes han dicho que la posición de los Estados Unidos en el Medio Oriente depende de su disposición de enfrentar a Irán. Explican, pensando en sus intereses, que un ataque aéreo contra un puñado de instalaciones iraníes no sería tan complicado ni problemático como, digamos, invadir Irak. 'Esto no es un debate sobre la invasión a Irán', me dijo un ministro de relaciones exteriores árabe. 'Esperamos la realización de golpes específicos contra varias instalaciones peligrosas. Los Estados Unidos podrían hacer esto con mucha facilidad'."

"Barack Obama ha dicho en incontables ocasiones que un Irán nuclear le resultaría 'inaceptable'. [...] Un Irán nuclear sería una situación que cambiaría el juego, no sólo en el Medio Oriente sino en todo el mundo. Pienso que cualquier cosa que quedara de nuestro marco de no proliferación nuclear comenzaría a desintegrarse. Habría países en el Medio Oriente que verían la posible necesidad de obtener armas nucleares también'."

"Pero los israelíes tienen dudas de que un hombre que se situó como la antítesis de George W. Bush, el autor de las invasiones tanto de Afganistán como Irak, lanzaría un ataque preventivo contra una nación musulmana."

"'Todos escuchamos su discurso en El Cairo', me dijo un alto funcionario israelí refiriéndose al discurso de junio de 2009 donde Obama trató de redefinir las relaciones con los musulmanes recalcando el espíritu de cooperación y el respeto de los Estados Unidos hacia el Islam. 'No creemos que sea el tipo de persona que lanzaría un golpe osado contra Irán. Tememos que seguiría una política de contención hacia un Irán nuclear en vez de atacarlo'."

"El funcionario israelí me dijo que 'lo de Bush ocurrió hace dos años, pero el programa iraní era el mismo y la intención era la misma. Así que, personalmente, no espero que Obama sea más Bush que Bush'."

"Si los israelíes llegan a la conclusión definitiva de que Obama bajo ninguna circunstancia lanzará un golpe contra Irán entonces comenzará la cuenta regresiva hacia un ataque unilateral israelí."

"Los funcionarios de inteligencia israelíes consideran que un golpe contra Irán podría provocar una represalia total por parte del partidario de Irán en el Líbano, Hezbollah, el cual según la mayoría de las estimaciones de inteligencia posee ahora hasta 45 000 cohetes (no menos de tres veces los que tenía en el verano de 2006, durante la última serie de enfrentamientos entre el grupo e Israel.)."

"Â…Netanyahu no es el único que comprende este reto; varios primeros ministros anteriores a él abordaron la amenaza de Irán en términos existenciales similares. [...] Michael Oren, el embajador de Israel ante los Estados Unidos me dijo que 'él tiene un sentido profundo de su papel en la historia judía'."

A continuación Jeffrey Goldberg emplea varias páginas relatando la historia del padre de Netanyahu, Ben-Sión a quien considera el historiador más destacado del mundo sobre la inquisición española y otros destacados méritos, que recién cumplió 100 años de edad.

"Benjamín Netanyahu no es conocido en la mayoría de los círculos por su flexibilidad en cuanto a los asuntos relacionados con los palestinos, si bien últimamente ha estado tratando de satisfacer algunas de las exigencias de Barack Obama de que haga avanzar el proceso de paz."

Concluida esta parte de su artículo, Goldberg prosigue al análisis de la compleja situación. En ocasiones es bastante duro analizando un comentario del ex presidente iraní Hashemi-Rafsanjani el año 2001, en el que ciertamente éste habla de una bomba que destruiría a Israel; una amenaza que fue criticada incluso por fuerzas de izquierda que son enemigos de Netanyahu.

"Los desafíos que representa un Irán con capacidad nuclear son más sutiles que la propia posibilidad de un ataque directo, me comentó Netanyahu. [...] 'los actores agresivos dentro de Irán podrían disparar cohetes y participar en otras actividades terroristas a la vez que tendrían cobertura para el uso del material nuclear. [...] En lugar de ser un suceso local, independientemente de lo doloroso que pueda ser, esto se convertiría también en un acontecimiento de carácter mundial. En segundo lugar, este acontecimiento envalentonaría a los activistas islámicos en todos los confines, en muchos continentes, que creerían que esto es una señal providencial, que este fanatismo conduce al camino supremo del triunfo'."

"'Se provocaría un gran cambio radical en la balanza de poder en nuestra zona', añadió."

"Otros dirigentes israelíes consideran que el sólo hecho de la amenaza de un ataque nuclear por parte de Irán, combinado con las amenazas crónicas que viven las ciudades israelíes hechas por las fuerzas coheteriles de Hamas y el Hezbollah, socavará gradualmente la capacidad del país de proteger a sus ciudadanos más creativos y productivos. [...] 'La verdadera prueba que tenemos es lograr que Israel sea ese lugar tan atractivo, ese lugar de vanguardia en las esferas de la sociedad humana, la educación, la cultura, la ciencia, la calidad de vida, al cual incluso los jóvenes judíos que viven en los Estados Unidos quieran venir'."

"Según varias encuestas, el patriotismo es un sentimiento que se lleva muy en alto en Israel, y me parece poco probable que el temor a Irán obligue a los judíos de Israel a buscar refugio en otro sitio. No obstante, uno de los principales promotores de un ataque israelí contra las instalaciones nucleares iraníes, Ephraim Sneh, otrora general y ex viceministro de defensa, está convencido de que si Irán cruzara el umbral nuclear, la propia idea de Israel se vería en peligro. 'Estas personas son ciudadanos buenos y valientes, pero la dinámica de la vida es tal que si alguien tiene una beca para estudiar en una universidad de los Estados Unidos durante dos años y la universidad le ofrece permanecer un tercer año, los padres le dirán: 'no hay problemas, quédate',' me comentó Sneh cuando me reuní con él no hace tanto tiempo en su oficina fuera de Tel Aviv. 'Si alguien termina un doctorado y le ofrecen una plaza en los Estados Unidos, esa persona pudiera quedarse. Eso no quiere decir que la gente saldrá corriendo para el aeropuerto [...] Lo importante es que tendremos un robo acelerado de cerebros, y un Israel que no se fundamente en el emprendimiento, que no se base en la excelencia, no será el Israel de hoy'."

"UN LUNES POR LA NOCHE a principios del verano, me senté en la oficina del decididamente detractor de los goyim, Rahm Emanuel, jefe de despacho de la Casa Blanca, y escuché a varios funcionarios del Consejo de Seguridad Nacional reunidos en su mesa de conferencias explicar -en muchísimas palabras- por qué el estado judío debe confiar en el presidente no judío de los Estados Unidos para que estos eviten que Irán cruce el umbral nuclear."

"Una de las personas sentadas a la mesa, Ben Rhodes, asesor adjunto de seguridad nacional quien participó como autor principal del reciente material 'Estrategia de seguridad nacional para los Estados Unidos' así como en la preparación del discurso conciliatorio del Presidente en el Cairo, indicó que el programa nuclear de Irán constituía una amenaza clara para la seguridad estadounidense y que el gobierno de Obama responde a las amenazas a la seguridad nacional de la misma forma en que han respondido otras administraciones. 'Estamos coordinando una estrategia multifacética para elevar la presión contra Irán, pero eso no significa que hayamos retirado alguna de las cartas de la mesa de discusión', afirmó Rhodes. 'Este presidente ha demostrado una y otra vez que cuando él considera que es necesario utilizar la fuerza para proteger los intereses estadounidenses de seguridad nacional, él lo ha hecho. No vamos a utilizar frases hipotéticas sobre cuándo utilizaríamos la fuerza militar o si vamos a usarla, pero sí hemos dejado bien claro que no hemos eliminado la opción del uso de la fuerza para ninguna situación en la que se afecte nuestra seguridad nacional'."

"…Emanuel, cuyo estado de ánimo por defecto es exasperado. [...] (Un ex funcionario de la administración Bush me dijo que su presidente enfrentó el problema contrario, atascado en dos guerras y creyendo que Irán no estaba tan cerca de cruzar el umbral nuclear, se opuso al empleo de la fuerza contra el programa de Irán y dejo bien claro su punto de vista, 'pero nadie le creyó')."

"En un momento, expresé la idea de que debido a razones sumamente obvias, pocas personas creían que Barack Obama abriría un tercer frente en el gran Oriente Medio. Uno de los funcionarios respondió acaloradamente: '¿Qué hemos hecho que te permita llegar a la conclusión de que pensamos que un Irán con capacidad nuclear sería una situación tolerable para nosotros?'"

"Los funcionarios de la administración de Obama, en particular los del Pentágono, han señalado en varias ocasiones que no están conformes con la posibilidad de preferir un ataque militar. En abril, la subsecretaria de defensa para temas de política, Michele Flournoy, dijo a los periodistas que el uso de la fuerza militar contra Irán estaba 'fuera de la mesa de negociaciones en un futuro cercano'. Ella se retractó después, pero el Almirante Michael Mullen, jefe del Estado Mayor General conjunto, ha criticado también la idea de atacar a Irán. [...] "En una región que es tan inestable en estos momentos, ya no necesitamos más inestabilidad'."

"Â…bajo ninguna circunstancia el presidente ha descartado la idea de evitar la proliferación mediante el uso de la fuerza. [...] Gary Samore, funcionario del Consejo de Seguridad Nacional que supervisa el programa de la administración contra la proliferación, me dijo que los israelíes están de acuerdo con las evaluaciones estadounidenses de que el programa iraní de enriquecimiento de uranio está plagado de problemas."

"'Â…podemos determinar, teniendo en cuenta los informes del OIEA, que a los iraníes no les va bien,' expresó Samore. En particular, las máquinas centrifugas que están operando se basan en el uso de una tecnología inferior. Están enfrentando dificultades técnicas, en parte por la labor que hemos desplegado para negarles el acceso a los componentes extranjeros. Cuando ellos hacen las piezas, fabrican piezas que no son sometidas a ningún tipo de control de la calidad.'"

"Dennis Ross, ex negociador de paz en el Oriente Medio, quien se desempeña en la actualidad como funcionario de alto rango dentro del Consejo de Seguridad Nacional, afirmó durante la reunión que él cree que los israelíes entiendan ahora que las medidas instigadas por los Estados Unidos han desacelerado el avance de Irán y que la administración está trabajando para convencer a los israelíes ¬─y a otras partes en la región─ de que la estrategia de sanciones 'tiene posibilidades de funcionar'."

'"El presidente ha dicho que él no ha retirado ninguna carta de la mesa de discusión, pero veamos por qué nosotros pensamos que esta estrategia podría funcionar'. [...] El pasado mes de junio ─como no habían respondido a nuestro llamado bilateral─ el presidente dijo que tomaríamos medidas en septiembre."

"Ross [...] las sanciones que enfrenta Irán en la actualidad pudieran modificar la forma de pensar del régimen. 'Las sanciones van a trascender. Están teniendo lugar en un momento en que los iraníes están teniendo una mala administración: los iraníes tendrán que recortar los subsidios [para los alimentos y el combustible]; ya están enfrentando la enajenación del pueblo; tienen división dentro de la élite y entre la élite y el resto del país…'"

"Una pregunta que al parecer ningún funcionario de la administración desea contestar es la siguiente: ¿qué harán los Estados Unidos si fracasan las sanciones? Varios funcionarios árabes se quejaron conmigo porque la administración de Obama no les ha comunicado cuáles son sus intenciones, ni siquiera de manera general."

"'A los electores de Obama les gusta saber que la administración haya demostrado que no desea iniciar una pelea con Irán, pero ese no es asunto de política interna', expresó dicho canciller. 'Irán se mantendrá en ese camino temerario a menos que la administración comience a hablar de forma no razonable. La mejor forma de evitar un ataque contra Irán es haciendo creer a Irán que los Estados Unidos están a punto de atacarlos. Tenemos que conocer cuáles son las intenciones del presidente en este asunto. Somos sus aliados'. De acuerdo con dos fuentes dentro de la administración, este asunto provocó tensiones entre el Presidente Obama y el recientemente depuesto director de inteligencia nacional, Almirante Dennis Blair. Según estas fuentes, Blair, quien se decía hizo mucho hincapié en la amenaza que representa Irán, le dijo al presidente que los aliados árabes de los Estados Unidos necesitaban más palabras tranquilizadoras. Se dice que a Obama no le gustó el consejo."

"En Israel, por supuesto, a los funcionarios les cuesta mucho trabajo entender al Presidente Obama, a pesar de las palabras tranquilizadoras que han recibido de Emanuel, de Ross, y de otros."

"Hace poco tiempo, el jefe de la inteligencia militar israelí, Mayor General Amos Yadlin, hizo una visita secreta a Chicago para reunirse con Lester Crown, el multimillonario cuya familia es dueña de una parte importante de General Dynamics, un contratista militar. Crown [...] 'Comparto con los israelíes el sentimiento de que con toda seguridad nosotros contamos con la capacidad militar y que tenemos que tener la voluntad de utilizarla. El ascenso de Irán no es algo que le convenga para nada a los Estados Unidos'."

"'Apoyo al presidente', dijo Crown, 'pero me gustaría que [los funcionarios de la administración] fueran un poco más extrovertidos a la hora de hablar. Me sentiría más cómodo si supiera que ellos tienen la disposición de usar la fuerza militar, como último recurso. No se puede amenazar a alguien haciéndole creer un engaño. Tiene que haber disposición para hacerlo'."

"Varios funcionarios incluso me preguntaron si yo consideraba que Obama era antisemita. Les respondí esta pregunta utilizando una cita de Abner Mikva, otrora Congresista, juez federal y mentor de Obama, quien afirmó en 2008: 'Pienso que cuando todo esto termine, la gente dirá que Barack Obama fue el primer presidente judío'. Les expliqué que Obama estaba muy empapado con la obra de escritores, académicos legales y pensadores judíos y que una gran cantidad de sus amigos, partidarios y asesores era judíos. Sin embargo, el filosemitismo no es necesariamente lo mismo que estar de acuerdo con el Partido Likud de Netanyahu; por cierto, no es lo mismo tampoco entre los judíos que viven en los Estados Unidos que -al igual que el presidente por el que votaron en cantidades abrumadoras- apoyan, por lo general, la solución de la existencia de dos estados y tienen sus reservas en cuanto a los asentamientos judíos en la Ribera Occidental."

"Rahm Emanuel indicó que la administración estaba intentando enhebrar una aguja: brindando un apoyo 'inquebrantable' a Israel; protegiéndolo de las consecuencias de una bomba nuclear iraní; pero presionándolo para que busque una fórmula conciliatoria con los palestinos. [...] los últimos seis primeros ministros de Israel, incluido Netanyahu que ─en su primer período electoral a finales del decenio de 1990, para disgusto de su padre─ buscó una fórmula conciliatoria con los palestinos, para defender su caso. 'Rabin, Peres, Netanyahu, Barak, Sharon, Olmert ─cada uno de ellos buscó algún tipo de solución negociada que fuera conveniente para Israel desde el punto de vista estratégico', apuntó. Ha habido muchas otras amenazas mientras los sucesivos gobiernos de Israel han intentado seguir un proceso de paz."

"Â…Israel debe analizar cuidadosamente si un golpe militar valdría la pena por el gran problema que ello desataría. 'No estoy seguro por el momento en que están, cualquiera que sea el momento, independientemente de lo que hagan, ellos no pararían' el programa nuclear, añadió. 'Ellos solo lo pospondrían'."

"Fue entonces cuando me di cuenta que, en algunos temas, los israelíes y los estadounidenses no estaban hablando el mismo idioma."

"EN MIS CONVERSACIONES con ex generales de la fuerza aérea y estrategas israelíes, prevaleció un tono moderado. Muchas de las personas que entrevisté estuvieron dispuestas, en condición de anonimato, a decir por qué sería difícil para Israel atacar las instalaciones nucleares iraníes. Algunos generales israelíes, al igual que sus colegas estadounidenses, cuestionaban la propia idea de emprender un ataque. 'Emplearíamos mejor nuestro tiempo si nos dedicamos a hacer cabildeo con Barack Obama para que él lo haga, en lugar de intentar hacerlo nosotros',afirmó un general. 'Somos muy buenos en este tipo de operaciones, pero es un paso muy grande para nosotros. Sin embargo, los estadounidenses pueden hacer esto con un mínimo de dificultades. Es demasiado para nosotros'."

"Estos aviones tendrían que regresar a su país con rapidez, en parte porque la inteligencia israelí considera que Irán le ordenaría de inmediato al Hezbollah que lance los cohetes contra ciudades israelíes, y se necesitarían los recursos de la fuerza aérea israelí para perseguir los grupos de cohetes del Hezbollah."

"…en caso de un ataque unilateral israelí contra Irán, su misión sería combatir contra las fuerzas coheteriles del Hezbollah. [...] mantener en reserva ahora al Hezbollah hasta que Irán pueda cruzar el umbral nuclear."

"…Hezbollah 'perdió a muchos de sus hombres. [...] Esa es una de las razones por las que hemos tenido cuatro años de tranquilidad. Lo que ha cambiado durante los últimos cuatro años es que el Hezbollah ha aumentado su capacidad coheteril, pero nosotros hemos elevado también nuestra capacidad'. En relación con un posible ataque israelí contra Irán, Eisenkot terminó diciendo: 'Nuestra disposición combativa significa que Israel tiene libertad de acción'."

"Los Estados Unidos se verían también como cómplices de un ataque israelí, aún cuando estos no hubieran sido advertidos con antelación. La hipótesis -─que no siempre es correcta─ de que Israel sólo actúa con la aprobación de los Estados Unidos es un punto de vista habitual en el Oriente Medio, que los israelíes dicen que están teniendo en cuenta ahora. Conversé con varios funcionarios israelíes que están debatiendo esta interrogante, entre otras: ¿Qué pasa si los servicios de inteligencia estadounidense se enteran de las intenciones israelíes unas horas antes del inicio programado de un ataque? 'Es una pesadilla para nosotros', me informó uno de estos funcionarios. Qué pasa si el Presidente Obama llama a Bibi y le dice: 'sabemos lo que están haciendo. Paren eso inmediatamente' ¿Acaso paramos? Pudiera ser que tengamos que parar. Se ha tomado la decisión de no mentirles a los estadounidenses sobre nuestros planes. No queremos informarles de antemano. Es por el propio bien de ellos y por nuestro bien. Entonces, ¿qué hacemos? Estas son las preguntas difíciles."

"'Muchos israelíes piensan que los iraníes están construyendo un Auschwitz. Tenemos que hacerles saber que hemos destruido ese Auschwitz, o tenemos que hacerles saber que lo intentamos, pero fracasamos'."

"Por supuesto, hay dirigentes israelíes que piensan que un ataque contra Irán es demasiado arriesgado. [...] 'No queremos que los políticos nos coloquen en una posición difícil debido a la palabra Shoah', dijo un general."

"Después de haber observado, más de una decena de veces diferentes en más de una decena de oficinas diferentes, la fotografía de los aviones de la fuerza aérea israelí sobrevolando Auschwitz, fue que pude entender la contradicción que ello encerraba. Si los físicos judíos que crearon el arsenal nuclear israelí hubieran podido hacer un viaje en tiempo y espacio y enviar un escuadrón de cazabombarderos en 1942…"

"Benjamín Netanyahu considera, por razones de seguridad nacional, que si las sanciones fracasan, él se verá obligado a tomar medidas. Sin embargo, un ataque israelí contra las instalaciones nucleares iraníes ─sea exitoso o no─ puede hacer que Irán redoble sus esfuerzos ─esta vez contando con la solidaridad internacional─ para desarrollar un arsenal nuclear. Ello pudiera provocar también el caos para los Estados Unidos en el Oriente Medio. [...] Peres considera el programa nuclear iraní como algo potencialmente catastrófico. [...] Cuando le pregunté si él creía en la opción militar, me dijo: '¿Por qué yo debo declarar algo como eso?'."

"Sobre la base de meses de entrevistas, he llegado a creer que la administración sabe que casi seguro que Israel pronto emprenderá acciones contra Irán si nada o nadie más detiene su programa nuclear [...] A principios de este año, yo estaba de acuerdo con muchos israelíes, árabes ─e iraníes─ que creían que no había posibilidades de que Obama recurriera al uso de la fuerza para detener a Irán: aún no creo que haya muchas posibilidades de que él recurra a las acciones militares en el futuro inmediato; por una sola razón: el Pentágono se ha mostrado particularmente poco entusiasta en torno a esa idea. No obstante, es evidente que Obama está atrapado en medio de este problema. [...] Denis McDonough, jefe del estado mayor del Consejo de Seguridad Nacional, me dijo: 'lo que ves en Irán es el encuentro de una serie de prioridades importantes del presidente, quien ve una seria amenaza para el sistema de no proliferación a nivel mundial, una amenaza que puede conducir a otras actividades nucleares en una región tan volátil, y una amenaza para un amigo cercano de los Estados Unidos: Israel. Pienso que pueden verse varias corrientes que se están uniendo, lo cual responde a la interrogante de por qué esto es tan importante para nosotros'."

"Cuando le pregunté a Peres lo que él pensaba sobre el esfuerzo de Netanyahu por presentar este caso ante la administración de Obama, Peres me respondió [...] que su país sabe cuál es su lugar, y que eso dependía del presidente estadounidense y que sólo el presidente de los Estados Unidos podía decidir finalmente cómo salvaguardar mejor el futuro de Occidente. Toda esta historia tiene más relación con su mentor: David Ben-Gurion.

"'Poco después que John F. Kennedy fue electo presidente, Ben-Gurion se reunió con él en el hotel Waldorf-Astoria' en Nueva York, me contó Peres. 'Después de la reunión, Kennedy acompañó a Ben-Gurion al elevador y le dijo: 'Señor Primer Ministro, quiero decirle que resulté electo presidente gracias a su gente, por eso, ¿qué puedo hacer por usted a cambio?' Ben-Gurion se insultó por la pregunta y le dijo: 'lo que puede hacer es ser un gran presidente de los Estados Unidos. Usted debe entender que tener un gran presidente de los Estados Unidos es un gran suceso"."
"Peres continuó explicando lo que él veía como interés verdadero de Israel. 'No queremos ganarle al presidente', me dijo. 'Queremos que el presidente gane'."

"Jeffrey Goldberg"
"Jeffrey Mark Goldberg es un periodista norteamericano-israelí. Es uno de los autores y periodistas del staff de la revista The Atlantic. Trabajó previamente para la revista The New Yorker. Goldberg escribe principalmente sobre temas internacionales, con preferencia sobre el Medio Oriente y África. Algunos lo denominan como el más influyente periodista-blogguer en asuntos relacionados con Israel."

Fidel Castro Ruz

Agosto 25 de 2010

6 y 18 p.m.