segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Angola/Tomás Salomão: batalha de Cuito Cuanavale em Angola mudou a história na África Austral

20 agosto 2010/Rádio Moçambique

A batalha do Cuito Cuanavale, em que as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) derrotaram as forças do regime do apartheid, em 1988, é uma pertença do cidadão da África Austral e marcou o início da fase de desenvolvimento da região, afirmou ontem, em Luanda, o secretário executivo da SADC, Tomás Augusto Salomão.

Tomás Salomão, mestre em economia pela Universidade Eduardo Mondlame, que dissertava na palestra subordinada ao tema “Integração regional”, em alusão ao 10º aniversário da Universidade Lusíada de Angola, disse que esta batalha deu resposta à questão dos Chefes de Estado da região que hoje constitui a SADC, entre eles José Eduardo dos Santos, Samora Machel, sobre a redução da dependência destes países em relação à Africa do Sul racista e da então Rodésia do Sul.

Tomás Salomão referiu que a história registou as várias batalhas que decorreram no mundo, nomeadamente na América, África, Europa, Ásia e da guerra entre norte e sul, e “nós, os cidadãos da região da SADC, escrevemos a história do Cuito Cuanavale”.

“Temos a obrigação, passados 22 anos desta batalha, de escrever a história deste acontecimento e contar às gerações vindouras o que foi feito para a destruição da máquina de guerra sul-africana”, disse.

O ex-ministro das Finanças de Moçambique referiu que esta batalha deu espaço para que a Namíbia ficasse independente, em 1990, e é no mesmo ano em que Nelson Mandela sai da cadeia para, quatro anos depois, portanto em 1994, a África do Sul transformar-se num Estado multiracial e democrático.

Tomás Salomão disse não ter qualquer tipo de dúvidas que, olhando para uma perspectiva histórica e temporal nos últimos trinta anos, nota-se que a organização cresceu e desenvolveu-se, teve os seus desafios e continua a tê-los, mas continua a olhar para frente.

Afirmou que quando se diz que a organização cresceu do ponto de vista da perspectiva económica, humana e social, olhamos para a região e vemos a causa nobre porque estes valentes filhos de Angola, Moçambique, Botswana, Zimbabwe e de outros países da região se bateram.

Acrescentou que esta causa que se chama liberdade, paz e progresso não deve ser traída para que concentremos o essencial da nossa atenção no desenvolvimento dos nossos recursos, da nossa energia, do nosso intelecto, no essencial o desenvolvimento económico, social e o progresso. (Jornal de Angola/Rádio Moçambique)

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