27 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Messias Pontes *
Pelo andar da carruagem, a fatura da eleição presidencial deve ser liquidada no primeiro turno. A cada pesquisa divulgada, Dilma Rousseff (PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, PR, PRB, PSC, PTC, PTN ) se distancia mais ainda do candidato da oposição conservadora, José Serra (PSDB, DEMO, PPS, PTB). Na última sexta-feira, o Vox Populi apontou uma diferença de 16 pontos percentuais; no sábado foi a vez do Datafolha (DataSerra) indicar 17 pontos de vantagem; e ontem o instituto Sensus mostrou Dilma com 18 pontos à frente.
As pesquisas de todos os institutos apontam também a tendência de crescimento da candidata petista e de queda do candidato demo-tucano. A oposição conservadora de direita já está consciente que o quadro é irreversível e que só uma catástrofe – o que é quase impossível – poderá levar a eleição para o segundo turno. Tanto isto é verdade que a cúpula demo-tucana já trabalha com o objetivo de eleger uma razoável bancada no Congresso Nacional, notadamente no Senado.
No Ceará, a tendência é a eleição ser concluída em 3 de outubro com a reeleição do governador Cid Gomes (PSB ). Porém, para a vitória ser completa, é imperioso derrotar as forças do atraso. A coligação de Cid (PSB, PT, PMDB, PCdoB, PRB) deve eleger uma bancada de pelo menos 37 deputados estaduais e 17 federais. Mas precisa eleger os dois senadores – Eunício e Pimentel – para evitar que o governo Dilma seja boicotado como tem sido o do presidente Lula. Cid conta ainda com o apoio informal do PHS, PSL, PTN, PTB, PTdoB, PRTB, PMN e PP.
Até o momento, as pesquisas tem sido favoráveis ao tucano Tasso Jereissati. Contudo, esse quadro pode e deve mudar. Isto porque mais de 60% dos cearenses entrevistados declararam não ter definido candidato ao Senado. Um grande número de eleitores pensa que Tasso tem o apoio do governador Cid Gomes e do presidente Lula.
É no interior do Estado que Tasso garante essa maioria atual, e onde parcela considerável do eleitorado não está informada que Tasso representa o que há de mais atrasado na política brasileira, e que é inimigo do presidente Lula, tendo comandado a tropa de choque da oposição conservadora para impedir a prorrogação da CPMF, fazendo com isso que um Estado pobre como o Ceará perdesse R$ 1 bilhão por ano, recurso que seria destinado exclusivamente à saúde. Em nível nacional, a perda foi de R$ 40 bilhões anual ou R$ 160 bilhões em quatro anos.
O homem do Interior, em especial o trabalhador rural, ainda hoje sofre as graves conseqüências do desmonte do Estado nos governos Tasso, quando este destruiu a agricultura com a extinção de órgãos vitais para o setor que cuidavam do planejamento agrícola - Comissão Estadual de Planejamento Agrícola(CEPA), da pesquisa ( - Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epace) e do desenvolvimento agropecuário – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário (Codagro), além de sucatear completamente a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).
Tasso extinguiu também o Banco de Desenvolvimento do Ceará (Bandece), causando grande prejuízo aos pequenos, médios e grandes produtores rurais, e levou o Banco do Estado do Ceará (BEC) à bancarrota, tendo de federalizá-lo para não ser decretada a falência do banco que era orgulho dos cearenses. A federalização custou R$ 900 milhões que serão pagos por todos os cearenses em 30 anos. E quase quebra o Banco do Nordeste com o seu afilhado Byron Queiroz, que deu um rombo de mais de R$ 7 bilhões.
Em matéria de desmonte do Estado, Tasso é campeão. Ele privatizou a Companhia de Eletricidade do Ceará (Coelce) argumentando que destinaria R$ 600 milhões para o Fundo Previdenciário, mas até hoje não se tem notícia do paradeiro desse dinheiro. A Coelce era uma empresa enxuta e superavitária.
Também privatizou a Teleceará, cujo dono é o seu irmão Carlos Francisco Jereissati. A Imprensa Oficial (IOCE), à época o melhor parque gráfico público do Brasil, igualmente foi pras cucúias e hoje todo o material de expediente é impresso em gráficas particulares, com grande prejuízo para o Erário estadual.
Por tudo isso, e muito mais, é imperioso derrotar as forças do atraso. Podemos e devemos eleger os dois senadores do Lula: Eunício Oliveira e José Pimentel.
* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
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Brasil/Comício de Wagner e Dilma reúne 20 mil em Salvador (BA)
27 agosto 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Historicamente conhecida como a “Praça do Povo”, a Castro Alves trajou-se de vermelho na noite desta quinta-feira (26) para saudar o presidente Lula (PT), a sua candidata na sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT), e o governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT), durante o primeiro comício da campanha em Salvador. “Hoje é um dia especial, porque estou aqui para pedir votos para “ companheiros que eu acredito”, afirmou Lula, sob aplausos.
Mais de 20 mil pessoas,segundo cálculos da Casa Militar, empunhando bandeiras e sob os gritos de “Olê, Olê, Olê, Olá, Dilma,Lula!”, transformaram o evento em uma grande festa de apoio à continuidade do projeto político implantando por Lula desde 2003 e seguido por Wagner, na Bahia, com a vitória eleitoral em 2006.
“Aqui na Bahia, tivemos a parceria de um companheiro excepcional, que é meu amigo, amigo de Lula, mas acima de tudo, é amigo dos baianos e baianas. Foi Wagner que conseguiu mudar a história deste estado, criando uma nova sociedade, que, assim como na luta do 2 de Julho, não aceita imposição. É um governo comprometido com a geração de empregos, que ajudou a implantar o Bolsa Família, que luta pela Bahia e que comunga dos mesmos objetivos que nós”, destacou Dilma.
Em pesquisa Datafolha publicada hoje, a candidata ampliou ainda mais a vantagem sobre José Serra (PSDB): 49% ante 29% do tucano. Considerando-se apenas os votos válidos, Dilma venceria a disputa para presidente já no primeiro turno, com 55% da preferência do eleitorado, contra 33% de Serra e 10% de Marina Silva (PV). Ainda segundo o levantamento, 63%dos eleitores acreditam na eleição de Dilma Rousseff para presidente da República.
“Tenho convicção de que ela (Dilma) vai fazer mais e melhor que o nosso mandato. E, para eleger Dilma, temos que reeleger esse grande companheiro, que está fazendo bem pra Bahia e, tenho certeza, irá fazer muito mais, porque agora estamos mais bem preparados”, ratificou o presidente, referindo-se ao amigo, Jaques Wagner.
O governador lidera absoluto as pesquisas de sucessão estadual desde novembro; sempre apontado como vitorioso no primeiro turno. “Precisamos de mais quatro anos para aprofundar e acelerar as mudanças, para que a Bahia colha frutos ainda maiores das ações implantadas no primeiro mandato, que diminuíram as desigualdades sociais no estado e estão em sincronia com o projeto político do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff”, afirmou Wagner.
Mantendo-se cauteloso quanto às pesquisas, convocou a militância a seguir firme e atuante na campanha. “Nesses 37 dias até as eleições, vamos manter a bandeira em punho, calor no coração, raciocínio na cabeça e vamos, a cada dia, ganhar votos para Dilma, para mim, para Pinheiro e para Lídice. Precisamos eleger o time completo de Lula”, conclamou.
A eleição dos dois senadores da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente” também foi ressaltada por Dilma e Lula, que também lembrou da importância de eleger uma bancada forte na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa. “Essa turma que está aqui atrás no palco precisa ser eleita; os deputados estaduais e federais para ajudar tanto Wagner, aqui na Bahia, quanto Dilma, no Congresso Nacional. São candidatos que fazem um trabalho extraordinário, sempre levantando a nossa bandeira”, disse Lula. “Não vamos tirar voto dos deputados da nossa coligação. Tem muito voto pra gente tirar dos opositores de Lula e Dilma”, endossou Jaques Wagner.
Além dos diversos candidatos e candidatas a deputado dos partidos aliados, o comício reuniu o corpo de ministros do Governo Lula, a exemplo de José Gomes Temporão (Saúde), Orlando Silva (Esporte), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Fortes (Cidades) e Juca Ferreira (Cultura). Entre as lideranças presentes, também estavam o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli; e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo - ANP, Haroldo Lima.
“O mais importante nesta eleição é que o povo tem mostrado que deseja a continuidade do nosso projeto político; e não a mudança. Tanto no Brasil, quanto na Bahia, isso vem se consolidando com eleições, que podem se resolver no primeiro turno. Por isso, considero este o momento mais feliz da campanha”, comemorou Lima. (De Salvador, Camila Jasmin)
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