segunda-feira, 6 de abril de 2009

Peru/Aproxima-se fim do julgamento de Fujimori

Agencia de Información Fray Tito para América Latina (ADITAL)

3 abril 2009/ADITAL http://www.adital.com.br

A organização peruana Coordenadora contra a Impunidade vai realizar uma grande mobilização em apoio à prisão do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, na próxima quarta-feira (8), com concentração na Praça de Armas, às 9h. A última sessão do julgamento contra Fujimori começou na manhã desta sexta-feira (3), na sede da Direção de Operações Especiais da Polícia, em Lima. O ex-mandatário tem sua última intervenção hoje. A sentença final deve ser proferida em cinco dias úteis.
Fujimori está sendo julgado por violações aos direitos humanos cometidas no período em que foi presidente do Peru, de 1990 a 2000. Os massacres ocorridos em Barrios Altos, em 1991, e em La Cantuta, em 1992, resultaram em 25 mortes. Além disso, o ex-presidente é acusado de ser mandante dos seqüestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer em 1992. Para esses crimes, os promotores pedem 30 anos de prisão.
O julgamento teve início em 10 de dezembro de 2007, três meses depois da sua extradição do Chile. Na primeira audiência, Fujimori afirmou ser inocente. A sessão chegou a ser suspensa pela crise de hipertensão sofrida pelo réu no mesmo dia. No dia seguinte, uma sentença de seis anos de prisão foi emitida contra Fujimori pela invasão da casa da esposa de seu ex-assessor Vladimiro Montesinos.
Na sexta-feira 27 de março, o julgamento foi retomado, porém o tribunal voltou a suspender a audiência por problemas de saúde do advogado do acusado, César Nakazaki. Na quarta-feira (1º), Fujimori depôs novamente em sua defesa, reiterando que nenhuma das evidências conhecidas até o momento foi suficiente para incriminá-lo. Durante todo o processo de julgamento, já foram realizadas 159 audiências.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Lima revelou que 70,7% dos entrevistados pensam que Fujimori é responsável pelos crimes cometidos durante sua gestão pelo grupo Colina. Além disso, a pesquisa constatou que 66,7% acreditam que o processo é imparcial.

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