Luanda, Angola, 13 abril 2009 - O presidente da Associação dos Empresários Brasileiros em Angola (Aebran), Alberto Ésper, disse ao semanário "O País" que em 2008 as trocas comerciais entre o Brasil e Angola foram superiores a quatro mil milhões de dólares.
Alberto Ésper disse ainda ao jornal angolano que os financiamento directos do Brasil para projectos angolanos foram da ordem de 2 mil milhões de dólares.
"Tudo o que o Brasil importa de Angola está relacionado com o petróleo. Por isso é que eu digo que as trocas comerciais vão crescer à medida que Angola comece a produzir industrialmente e no campo agrícola" disse Alberto Ésper.
Em 2008 a balança comercial bilateral foi favorável a Angola em 200 milhões de dólares em consequência da alta do preço do petróleo.
O presidente da Aebran lembrou que existe uma linha de crédito aberta Brasil-Angola de 1,75 mil milhões de dólares, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) a qual à medida que é utilizada vai sendo recomposta.
O jornal angolano assinala ainda que mais da metade dos recursos do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), administrados pelo Banco do Brasil, foi destinado, em 2008, à economia angolana.
O presidente da AEBRAN lembrou ainda que no domínio da cooperação ao nível dos biocombustiveis "que foi criada em 2007 uma sociedade em que participam a Odebrecht e as angolanas Sonangol e Damer para cultivarem cana-de-açúcar e posteriormente produzirem álcool, uma medida muito importante porque pode elevar Angola à categoria de exportador" .
"A construção é segmento onde existe uma participação brasileira mais marcante e mais visível, das empresas brasileiras em Angola. A Odebrecht é uma das empresas que está há mais tempo em Angola, mas hoje também existem outras de grande porte, como é o caso da Camargo Corrêa, António Guterrez, Queirós Galvão. Temos que notar que hoje o brasileiro está nas mais diversas áreas da economia angolana, como a agricultura, o comércio geral, a saúde, educação (inclusive no projecto de alfabetização e aceleração escolar), na área de formação e tecnologia em geral", disse.
Em 2008 residiam oficialmente em Angola sete mil brasileiros mas o presidente da Aebran estima que o verdadeiro número é da ordem de 25 mil, devendo existir em Angola pelo menos 200 empresas com participação de capitais brasileiros. (macauhub)
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