Viana do Castelo, 17 abril 2009 (Lusa) - Um consórcio constituído por oito entidades do norte de Portugal e da Galícia vai investir, nos próximos dois anos, 1,2 milhão de euros num projeto que visa a utilização de energias renováveis em edifícios públicos, foi anunciado nesta quinta-feira.
Liderado pelo Instituto Energético da Galícia (INEGA) e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), o consórcio integra ainda os municípios portugueses de Chaves e Vinhais e os galegos de Verín, Baltar, A Mezquita e Riós.
O projeto inclui ainda um curso de ensino à distância sobre gestão eficiente de energia, destinado a técnicos e funcionários municipais.
Duarte Alves, docente do IPVC, disse à Lusa que, em Chaves, o projeto se traduzirá na utilização de energia de um furo geotérmico, com água a 75 graus, para fornecer aquecimento à piscina municipal e águas quentes sanitárias.
Em Vinhais, será um sistema solar térmico que produzirá água quente sanitária e para a piscina.
O IPVC instalará uma central térmica com uma caldeira de biomassa, apoiada com coletores solares, que fornecerá água quente para o pavilhão esportivo municipal de Monserrate, em Viana do Castelo.
"Acima de tudo, este projeto pretende dar um bom exemplo, permitindo às prefeituras a implementação de sistemas que utilizem energias endógenas", citou Duarte Alves.
No lado galego, e como explicou Pablo Regueira, do INEGA, a aposta recairá no chamado "district heating", com a implantação em cada município de um sistema central que fornecerá energia para vários edifícios públicos, como prefeituras, centros sociais e centros de saúde.
Pablo Regueira disse ainda que o curso "e-learning" ocorrerá em 2010, direcionado para os 315 municípios da Galíciaa e também para uma parte do Norte de Portugal.
Denominado ESOL (Energia Sustentável Local), o projeto, que foi hoje apresentado em Viana do Castelo, é co-financiado pelo FEDER através do programa Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha - Portugal.
Dos 1,2 milhões de investimento, 924 mil euros cabem à Galícia, ficando o norte de Portugal com a fatia restante.
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