Maputo, 2 abril 2009 (Lusa) - Moçambique espera que o G20 “não traia” as promessas de apoio a África e reative os setores que mais impacto têm sobre o desenvolvimento do continente, disse nesta quinta-feira à Lusa o ministro moçambicano das Finanças.
A propósito da cúpula do grupo dos oito países mais industrializados do mundo, ampliado aos países emergentes, que ocorre hoje em Londres, Manuel Chang apelou para que a crise econômica e financeira que afeta os países mais ricos não marginalize as necessidades de apoio a África.
“A necessidade que os países do G20 têm de encontrar caminhos para a crise, provocada precisamente pelos mais ricos, não pode ser satisfeita à custa dos mais pobres. As promessas de apoio a África não podem ser traídas”, frisou Manuel Chang.
Para o ministro das Finanças, os compromissos que sairão da reunião do G20 devem ter em conta o imperativo da reativação dos setores que mais desenvolvimento geram na África, principalmente os setores que absorvem as matérias-primas.
“A grande preocupação é a reanimação dos mercados de capitais, tendo sido estes o epicentro da atual crise. Essa abordagem interessa a Moçambique e a África. Mas também interessa que os setores que absorvem as matérias-primas africanas sejam reativados”, defendeu Manuel Chang.
Para o ministro, a cúpula de Londres deve encorajar os investidores a manter a aposta na África, porque a solução para os problemas do continente e para a própria crise financeira internacional passa por injetar mais capitais.
“O investimento trouxe muitas vantagens para África e para os países investidores. Nestes momentos de crise, o papel dos investimentos no desenvolvimento não deve ser esquecido”, destacou.
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