Maputo, Moçambique, 6 abril 2009 - As províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte de Moçambique, e Zambézia, no centro, foram declaradas livres de minas no âmbito do programa de desminagem em curso desde o fim da guerra civil, em 1992, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Durante uma cerimónia inserida nas celebrações do Dia Internacional de Sensibilização e de Assistência aos Programas de Acção contra Minas, Eduardo Koloma disse que até 2014 todo o país deverá estar livre de minas no quadro de um programa estratégico que está a ser implementado desde o ano passado.
A nível nacional, adiantou Koloma, foram já limpas 223 áreas anteriormente minadas, correspondentes a 2,2 milhões de metros quadrados. Este número indica a superação em 40 por cento da meta estabelecida, em virtude de terem sido localizadas e destruídas cerca de 1400 minas terrestres e 844 engenhos não explodidos.
Para Manica, que possui uma das fronteiras mais minadas – cerca de 600 quilómetros de comprimento com o Zimbabwe – estão disponíveis pouco mais de 590 milhões de meticais a serem utilizados até 2010. A limpeza será realizada pela Halo Trust, uma operadora que vai substituir a Handicap International, de acordo com Helen Grein, representante daquela organização em Moçambique.
O governador de Manica, Maurício Vieira, disse que as minas constituem um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento, uma vez que a sua existência impede a prática de agricultura e a efectivação de outros projectos de geração de riqueza.
Dados avançados por aquele governante indicam que até 2007 existiam na província 146 zonas suspeitas de estarem minadas, com uma área de aproximadamente 5,1 milhões de metros quadrados.
De 2004 e 2007, a Handicap International limpou 435 mil metros quadrados em 232 áreas susceptíveis de conterem explosivos e destruiu 873 engenhos e milhares de munições. (macauhub)
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