quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Brasil/ONU divulga nota em defesa de procuradora que denunciou o golpe

5 setembro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)


Ao deixar o cargo, a procuradora classificou o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff como "um golpe" e declarou que "tem muita gente dentro da instituição" que pensa como ela.

"Eu acho que, do ponto de vista político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras", afirmou. "Eu estou incomodada com essas coisas que estão acontecendo no Brasil. Acho que não foi da melhor forma possível", salientou.

Sobre Temer, Ela Wiecko disse à imprensa que não reconhece o seu governo. "Pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ter o Temer como presidente. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está. Eu não sei todas as coisas a respeito das delações, mas eu sei que tem delação contra ele. Então, não quero. Mas as coisas estão indo", frisou.

Ao apoiar a ex-vice-procuradora, a ONU Mulheres ressalta que Ela sempre “tomou a dianteira contra o racismo, em defesa das ações afirmativas, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da Lei Maria da Penha e nas demais causas dos direitos humanos das mulheres”. O trabalho da advogada foi interrompido por não concordar com os rumos da Procuradoria-Geral da República.

“A ONU Mulheres Brasil congratula a Ela Wiecko pela retidão ética e moral com que exerceu o
cargo de vice-procuradora-geral da República e da sua defesa implacável dos direitos das mulheres. Um exemplo para as mulheres brasileiras”, diz.

A nota ainda ressalta que a trajetória de Ela, enquanto vice-procuradora, foi “alicerçada no conjunto progressista de normativas internacionais e de conquistas importantes para o Brasil, a exemplo da criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e da formulação das Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres (Feminicídios), em parceria com a ONU Mulheres”.

No cargo desde 2013, Ela participou de ato contra o impeachment em Lisboa, o que provocou repercussão em revista de grande circulação. À época, a vice-procuradora afirmara que “pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ele na presidência. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que tenho delação contra ele, então não quero”, disse.


Leia a íntegra

A ONU Mulheres Brasil congratula a Dra. Ela Wiecko pela retidão ética e moral com que exerceu o cargo de Vice-Procuradora-Geral da República e da sua defesa implacável dos direitos das mulheres. Um exemplo para as mulheres brasileiras.

Seus posicionamentos jurídicos sempre estiveram fundamentados nos direitos humanos, tomando a dianteira contra o racismo, em defesa das ações afirmativas, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da Lei Maria da Penha e nas demais causas de direitos humanos das mulheres.

A trajetória honrada da Dra. Ela Wiecko está alicerçada no conjunto progressista de normativas internacionais e de conquistas importantes para o Brasil, a exemplo da criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e da formulação das Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres (Feminicídios), em parceria com a ONU Mulheres. Por fim, a ONU Mulheres deseja êxito no decurso de suas funções como subprocuradora-geral da República ao passo em que renova os votos da longa parceria.

ONU Mulheres Brasil


Com informações Rede Brasil Atual


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