quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Patria Grande, Chile: ENCUENTRO POR LA UNIDAD DE LOS PUEBLOS ESTE 11 DE MARZO

24 febrero 2014, El Ciudadano http://www.elciudadano.cl (Chile)


A los pueblos que hacen vida en este territorio llamado Chile,
A las mujeres y hombres que trabajan y se esfuerzan por un mundo mejor y fraterno.

NUESTRO CONTINENTE VIVE MOMENTOS DE ESTREMECIMIENTO Y
PROFUNDAS TRANSFORMACIONES.

Somos un conjunto de personas y organizaciones sociales, políticas, culturales, artísticas, etc. que nos hemos encontrado en diversos escenarios de lucha y confrontación a este modelo que succiona no solo nuestros esfuerzos y capacidades; sino que también – en un afán de lucro individualista -- violenta nuestros derechos y posibilidades de una vida digna y en armonía con la naturaleza.

Esta realidad podemos constatarla con el lucro en la educación, la privatización de las aguas, la contaminación del medio ambiente, la represión a los que se enfrentan a este modelo, la negación de derechos a los pueblos originarios, la permanente vulneración de los derechos de los trabajadores, y un sinfín de otros ejemplos que nos hacen buscar la forma de unirnos y fortalecernos para alcanzar nuestros objetivos históricos.

Por lo tanto, arropados por las ideas de Bolívar como también por el ejemplo de todas y todos los que han aportado a esta lucha, desde los grandes líderes y lideresas indígenas originarios, como Túpac Amaru, Túpac Katari, Bartolina Sisa, Lautaro, Calfucurá, así como los luchadores y  las luchadoras sociales y políticos de todos los tiempos, como son José Carlos Mariátegui, Luis Emilio Recabarren, Ernesto Guevara, Fidel Castro, Salvador Allende, Hugo Chávez y muchas otras y otros, es que queremos invitarlos a compartir un momento de diálogo y reflexión respecto a las tareas inmediatas de los pueblos por obtener y lograr sus derechos, y junto con esto defenderlos de los antiguos y nuevos enemigos que permanentemente nos amenazan; asimismo compartir las alegrías de los grandes triunfos de los pueblos nuestroamericanos y de los gobiernos populares y revolucionarios,

NOVE CHAVES SOBRE O FASCISMO

26 fevereiro 2014,Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

Por Luis Britto García, na Agência Venezuelana de Notícias

Hollywood representa o fascismo como uma quadrilha de mal encarados em uniformes, agitando bandeiras e gritando palavras de ordens. A realidade é mais perversa.

1. De acordo com Franz Leopold Neuman, em “Behemoth: Estrutura e prática do nacional-socialismo, 1933-1944”, o fascismo é a cumplicidade absoluta entre as grandes empresas e o Estado. Quando os interesses do grande capital tornar-se a política, o fascismo está próximo. Não é por acaso que surgiu em resposta à Revolução Comunista da União Soviética.

2. O fascismo nega a luta de classes, mas é o braço armado do capital nesse disputa. Aterroriza a baixa classe média e os segmentos marginalizados, com o medo da crise econômica, dos trabalhadores e da esquerda, alistando paramilitares para enfrentar com a força bruta os socialistas e os movimentos sociais.

Mussolini foi apoiado pela fábrica Ansaldo e pelo Serviço Secreto Inglês; Hitler foi financiado pelas indústrias de armas do Ruhr; Franco teve apoio de latifundiários e industriais; Pinochet teve ajuda dos EUA e da oligarquia chilena.

3. A crise econômica, filha do capitalismo, é a própria mãe do fascismo. Apesar de estar do lado vencedor na 1ª Guerra Mundial, a Itália foi destruída fora dele, de modo que a classe média ficou em ruínas e participou maciçamente da Marcha sobre Roma de Mussolini.

Nas eleições de maio de 1924, Hitler ganhou apenas 6,5% dos votos. Em dezembro daquele ano, apenas 3%. Mas em 1928, quando a grande crise capitalista explode, teve 2,6%. Ficou com 18,3%, em 1930. Em 1932, teve 37,2 %, chegando ao poder e anulando o restante dos partidos.

Mas o fascismo não remedia a crise, agrava. Durante o governo Mussolini,

Venezuela/EL CARACAZO Y EL DERRUMBE DEL GOLPE FASCISTA

27 febrero 2013, TeleSUR http://www.telesurtv.net (Venezuela)

Por Ángel Guerra Cabrera

Hace 25 años Caracas y otras ciudades venezolanas protagonizaron la primera gran insurrección popular contra el neoliberalismo. No sólo a escala de América Latina y el Caribe, sino planetaria. En un país petrolero, la pobreza alcanzaba a un 80 por ciento.
Espontánea, la protesta estalló en Guarenas, al este de la capital, cuando estudiantes y trabajadores rechazaron el alza estratosférica del transporte público. La chispa se extendió y comenzaron los asaltos a mercados donde el pueblo tomaba algo de lo que siempre le había sido negado. El caracazo tuvo el enorme mérito de que las masas venezolanas rompieran colectivamente con el sacrosanto mito burgués de la propiedad privada.
Pero el gobierno del presidente Carlos Andrés Pérez (CAP) impuso la ley marcial y autorizó a los cuerpos armados a disparar con munición de guerra contra los civiles. El ministerio público cifró el número de fallecidos en 600, aunque cálculos de investigadores establecen la cifra entre 3500 y 5000, además de miles de heridos. Un crimen de lesa humanidad.
Compárense la bárbara respuesta

Moçambique∕XII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP

20 fevereiro 2014, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa--CPLP
http://www.cplp.org

COMUNICADO FINAL

Os Ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores da República de Cabo Verde, da República de Moçambique, da República Portuguesa, da República Democrática de São Tomé e Príncipe, da República Democrática de Timor-Leste, o Secretário de Estado das Relações Exteriores da República de Angola e o Subsecretário-Geral Político para a África e Oriente Médio da República Federativa do Brasil reuniram-se em Sessão Extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), sob a Presidência de Moçambique, em Maputo, no dia 20 de Fevereiro 2014.

Estiveram também presentes, como convidados, o Ministro das Relações Exteriores e Cooperação da Guiné-Equatorial, na qualidade de Observador Associado; e o Representante da União Africana na Guiné-Bissau.

O Conselho de Ministros reunido, na sua XII Sessão Extraordinária, presidido por S. Excelência o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique:

1. Sobre a situação política da Guiné-Bissau, e após congratular-se com o início de funções do Representante Especial da CPLP na Guiné-Bissau, tomou nota do seu relatório, bem como do relato verbal do Representante da União Africana na Guiné-Bissau e do relatório do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que dão conta dos avanços registados no processo eleitoral e das dificuldades que persistem.

Notou que a situação política na Guiné-Bissau

A ALIANÇA DO PACÍFICO, UMA ALTERNATIVA?

26 fevereiro 2014, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br/  (Brasil)

A Aliança do Pacífico é a versão para o século XXI de outros projetos fracassados dos EUA para estender a todo o continente uma área de livre comércio.

por Emir Sader/Carta Maior

Há um grande lobby midiático internacional – em que o grupo espanhol Prisa, que publica El País, desempenha um papel motor – que, incomodado com o sucesso dos governos progressistas latino-americanos e para defender os interesses das grandes corporações internacionais na região, busca fazer dos seus sonhos realidade. A Aliança do Pacífico seria o setor dinâmico da América Latina e, como corolário, o Mexico e não o Brasil, seria o grande líder continental.

A Aliança do Pacifico é a versão para o século XXI de outros projetos fracassados dos EUA para estender a todo o continente uma área de livre comercio. A primeira versão foi o Nafta – Area de Livre Comércio da America do Norte -, assinado entre os EUA, o Canadá e o México, em 1994, cujos planos iniciais eram ir incorporando a países do continente, conforme seus governos correspondessem às normas do Consenso de Washington.

Depois do México, o Chile se apresentou como o próximo pretendente a ingressar no Nafta. Porém, no mesmo ano da assinatura do acordo, o Mexico viveu uma grande crise – a primeira crise especificamente neoliberal na América Latina -, ao mesmo tempo que o levante de Chiapas alçava seu grito conclamando à resistência contra o neoliberalismo.

CPLP, Angola/UMA COMUNIDADE MAIS FORTE

23 fevereiro 2014, A Palavra do Director Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

José Ribeiro

Na campanha descabelada contra a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, os críticos do costume chamaram “canibal” ao Presidente Teodoro Obiang Nguema.

Os argumentos dos bem-falantes políticos e intelectuais portugueses são de um racismo chocante. E até já começam a revelar uma tendência inquietante para o “apartheid”. Quando as forças democráticas daquele país se preparam para comemorar o seu 25 de Abril é, no mínimo, doloroso, ouvir e ver esses exercícios de racismo. Mas os povos sobrevivem sempre à intolerância ideológica, ao obscurantismo e à indignidade.

Na reunião de Maputo, os ministros dos Negócios Estrangeiros da comunidade dos países que têm o português como sua língua oficial, aprovaram por unanimidade a entrada de mais um Estado membro que nos tempos idos até foi colónia de Portugal.

Moçambique/Empresas reclamam protecção no gás

Empresários nacionais defendem a necessidade de adopção de medidas proteccionistas na área de hidrocarbonetos para que as empresas moçambicanas não sejam “esmagadas” por congéneres externos com mais experiência, capacidade financeira e “know-how”.
A preocupação do empresariado nacional foi manifestada durante a realização, semana passada, em Maputo, de um seminário de divulgação de oportunidades de negócios no sector de hidrocarbonetos, particularmente no âmbito do desenvolvimento do projecto de Gás Liquefeito de Palma.
Organizado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), o seminário

FALEMOS A SÉRIO SOBRE A DESIGUALDADE

21 fevereiro 2014,Resistir.info http://www.resistir.info (Portugal)
http://www.resistir.info/eua/zoltan_11fev14_p.html

por Zoltan Zigedy*

"A tenacidade dos yankees… é resultado do seu atraso teórico e do seu desprezo anglo-saxão por qualquer teoria. E à conta disso são penalizados por uma fé supersticiosa em todos os absurdos filosóficos e económicos, por um sectarismo religioso, e por experiências económicas idiotas, com as quais, apesar de tudo, certas cliques burguesas lucram". Frederich Engels, carta a Sorge , Londres, 6 de Janeiro, 1892. Tradução para inglês de Leonard E. Mins (1938)

Cento e vinte e dois anos depois, os yankees mantêm-se à margem das teorias ao mesmo tempo que se agarram a todos os esquemas peregrinos que prometem restringir o apetite de um sistema capitalista insaciável. Funcionando sem interrupção, o capitalismo gera cada vez maior riqueza para os seus amos enquanto devora todos os outros à sua volta. Da reforma reguladora a estilos de vida alternativos, de políticas fiscais a esforços cooperativos, os auto-proclamados opositores deste monstro económico voraz têm anunciado êxitos recém-cozinhados no seu caminho destruidor. Enquanto… "as pessoas [nos EUA] têm que tomar consciência dos seus interesses sociais, fazendo asneiras atrás de asneiras…", conforme Engels exprimiu numa outra carta para o seu amigo americano Frederich Sorge, os capitalistas satisfeitos continuam a lucrar alegremente.

A brutal acusação de Engel da alergia norte-americana à teoria e a afinidade por um activismo sem norte foi aligeirada por um optimismo baseado mais na esperança do que na realidade: "O movimento vai passar por muitas e desagradáveis fases, desagradáveis especialmente para os que vivem no país e têm que passar por elas. Mas estou firmemente convencido de que as coisas agora vão avançar aí… apesar do facto de que os americanos por enquanto irão aprender quase exclusivamente com a prática e não tanto com a teoria".

Essa convicção pode parecer desajustada hoje visto que muitos do que afirmam a sua oposição ao capitalismo continuam a desprezar a teoria e a investir em esquemas utópicos e a isolar questões escaldantes de uma crítica geral do capitalismo e das suas políticas sociais.

Nada ilustra melhor o diagnóstico de Engels do que a actual discussão pública sobre a desigualdade e a pobreza. É uma tentação

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

25 VERDADES SOBRE LAS MANIFESTACIONES EN VENEZUELA

23 febrero 2014, http://operamundi.uol.com.br (Brasil)

Salim Lamrani*

Como en 2002, la oposición radical multiplica las acciones con el objetivo de romper el orden constitucional

(FOTO: El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, habla durante una rueda de prensa en el Salon Simón Bolívar del Palacio de Miraflores) 

Como en 2002, la oposición radical, incapaz de tomar el poder por vía de las urnas, multiplica las acciones con el objetivo de romper el orden constitucional.

1. Nicolás Maduro, Presidente legítimo de Venezuela desde abril de 2013, hace frente a una poderosa oposición, apoyada por Estados Unidos, que aspira retomar el poder que perdió en 1998.

2. Como perdió las elecciones presidenciales de abril de 2013 por una diferencia del 1,59%, la oposición rechazó primero los resultados electorales, avalados no obstante por las más importantes instituciones internacionales, desde la Unión Europea hasta la Organización de Estados Americanos, pasando por el Centro Carter, y expresó su rabia en actos violentos que costaron la vida a once militantes chavistas.

3. No obstante, el débil margen que separó al candidato de la oposición Henrique Capriles al vencedor Nicolás Maduro, galvanizó a la derecha, motivada por la perspectiva de la reconquista del poder. Entonces hizo de las elecciones municipales de diciembre de 2013 un objetivo estratégico.

4. Contra todo pronóstico, las elecciones municipales se transformaron en plebiscito a favor del poder chavista que ganó el 76% de los municipios (256) contra el 23% (76) para la coalición MUD que agrupó a toda la oposición.

SOBRE EL PARAMILITARISMO Y LA CONTRARREVOLUCIÓN ARMADA

24 febrero 2014, Rebelión http://www.rebelion.org (México)


A raíz de la violencia contrarrevolucionaria que ha vivido Venezuela en las últimas semanas y del notorio accionar de paramilitares colombianos en el Estado de Táchira, queremos compartir con ustedes este documento que desarrolló nuestra organización hace algunos años para analizar al paramilitarismo y a la contrarrevolución armada y que hoy adquiere más vigencia que nunca. (Resistencia Antimperialista)

Introducción:
El paramilitarismo y la contrarrevolución son dos formas de acción que utilizan el imperialismo y sus cipayos para combatir, en momentos históricos diferentes, a las fuerzas revolucionarias.

Ambas formas de organizar sus fuerzas tienen una base de carácter político-militar, y por lo tanto operan con criterios clandestinos para preservar tanto su estrategia como a sus componentes y medios, para ello el secreto es esencial. Intentaremos, pues, establecer las diferencias entre estos dos conceptos de uso común, pero que tienen alcances claramente diferenciados.
Podríamos afirmar que el paramilitarismo es la forma extrema que adquiere la acción de un Estado burgués en contra del Movimiento Popular, cuando éste amenaza con rebasarlo. Para ello, estructura fuerzas organizadas de carácter paraestatal que concentran su misión combativa en contener a las fuerzas populares mediante el terror, aniquilando sus cuadros de vanguardia, buscando aislar a las fuerzas insurgentes de sus bases de apoyo.

El paramilitarismo se constituye generalmente con integrantes de las fuerzas armadas y civiles de ultraderecha, contratando eventualmente a delincuentes sociales para acciones puntuales, principalmente el sicariato urbano. Usa, por tanto, todos los recursos del Estado, es decir: financiamiento, inteligencia, logística, medios de comunicación, soporte jurídico, etc.

Sus operaciones tienen un alto componente sicológico. Recordemos que se busca inhibir, contener, y desestructurar la movilización popular, procurando su repliegue o reflujo. Para ello, la tortura, el descuartizamiento, las desapariciones forzadas y todas aquellas tácticas inscritas en la llamada “Guerra Sicológica” (recordemos la Escuela de las Américas), tan usada por las fuerzas del imperio, desde la llamada Doctrina de Seguridad Nacional hasta el Plan Colombia, cobran especial relevancia.

Las experiencias más desarrolladas en este terreno las encontramos en la Triple A (Alianza Argentina Anticomunista) en la década de los 70, en los Escuadrones de la Muerte

Paraguay/¿POR QUÉ EL COMANDO SUR MARCA PRESENCIA EN EL DEPARTAMENTO DE SAN PEDRO?

25 febrero 2014, Servicio Paz y Justicia Paraguay -- SERPAJ PY http://www.serpajpy.org.py (Paraguay)

 En Santa Rosa del Aguaray, departamento de San Pedro, el Comando Sur ha inaugurado, el sábado 22 de febrero del 2014, un Centro de Operaciones para Emergencias. El anuncio fue realizado dos días antes por el director de planificación del Comando Sur, George Ballance, después de una reunión mantenida con el Ministro de Defensa Nacional de Paraguay, Bernardino Soto Estigarribia. Al acto de inauguración asistieron el Embajador Estadounidense James Thessin, dos Diputados del partido colorado y autoridades locales de los departamentos de San Pedro y Concepción.

Por Abel Irala-Serpaj Py

El departamento de San Pedro es una zona en la que desde hace décadas se lleva una importante disputa por el territorio. Por un lado organizaciones campesinas, pequeños productores y sin tierras que han alcanzado un importante grado de desarrollo en la lucha social y política, a esto se contrapone el modelo de agricultura mecanizada que intenta seguir desplazando a los/as campesinos/as de sus tierras, y que ha ubicado a Paraguay en el cuarto exportador mundial de soja. Esta expansión apresurada de las empresas trasnacionales que están dedicadas a la explotación de la tierra y biodiversidad, que

Noam Chomsky: "CÓMO ARRUINAR UNA ECONOMÍA EN TRES SENCILLOS PASOS"

22 febrero 2014, RT Actualidad

Durante un simposio de economía en Boston, grabado en video y publicado en YouTube, Noam Chomsky explicó "cómo arruinar una economía y una sociedad" en tres sencillos pasos, poniendo como ejemplo el modelo de EE.UU. conducido por "líderes suicidas".

"Supongamos que por alguna razón perversa estamos interesados en arruinar una economía y una sociedad […] y para hacerlo más interesante, seleccionemos la sociedad más rica y poderosa de la historia, una con ventajas incomparables, una que tengamos a mano, concretamente, la nuestra propia", comenzó Chomsky su intervención.

El actual clima económico que vive EE.UU., se debe, en su opinión, a factores como los recortes en la financiación federal en investigación y desarrollo y la creciente brecha entre el 1% más rico del país y todos los demás ciudadanos. 

Angola/Novo leilão de blocos petrolíferos em Angola cria oportunidade para empresas angolanas e estrangeiras de menor dimensão

24 fevereiro 2014, Macauhubhttp://www.macauhub.com.mo (China)
O próximo leilão de blocos petrolíferos em Angola, recentemente anunciado pela petrolífera estatal Sonangol, é uma oportunidade sobretudo para empresas de menor dimensão entrarem ou reforçarem posição no país, afirma a Economist Intelligence Unit.
Em recente relatório sobre a economia angolana, a EIU sublinha que, enquanto o anterior leilão de blocos foi para o pré-sal, que exige investimentos de vulto, e a maioria do petróleo angolano é extraído no mar, o novo leilão tem como facto “significativo” que a concurso estarão

CPI de Moçambique aprovou 4,2 mil milhões de dólares em investimentos em 2013

26 fevereiro 2014, Macauhubhttp://www.macauhub.com.mo (China)
O Centro de Promoção de Investimentos (CPI) de Moçambique aprovou, em 2013, 515 projectos de investimento no valor de 4,2 mil milhões de dólares, anunciou recentemente o director da instituição, Lourenço Sambo.
Grande parte dos investimentos, cerca de 2,2 mil milhões de dólares, foi realizada com recurso a empréstimos ou suprimentos, disse ainda aquele responsável, adiantando que as províncias de Maputo, Inhambane e Gaza foram, respectivamente, as que maior interesse

EXISTEM PODEROSOS INTERESSES NO MUNDO A QUEM CONVÉM QUE POUCO OU NADA SE SAIBA SOBRE A VERDADE DOS CONFLITOS QUE SURGEM NA ÁFRICA NEGRA

25 fevereiro 2014, Odiário.info http://www.odiario.info (Portugal)

Enquanto o sangue dos povos africanos é derramado em torrente, as companhias petrolíferas e mineiras das potências imperialistas preparam-se para se apropriar das suas riquezas.

Da República Centro-Africana (622.089 m2, habitada por 5 milhões de pessoas), apenas se sabe que enfrenta um conflito «étnico e religioso» e que «2,6 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária imediata, e um de cada cinco centro-africanos se encontram internamente deslocados. Números que poderão aumentar à medida que o conflito coloca milhões de pessoas em situação de risco». (1) Mas, nada se diz das implicações das transnacionais francesas e do próprio estado francês por detrás do conflito que aquele país vive.

Poucos meios internacionais se preocuparam em destacar informações precisas que nos permitam interpretar o que realmente acontece hoje na República Centro-Africana. Existem interesses poderosos no mundo a quem convém que pouco ou nada se divulgue sobre a verdade dos conflitos que se suscitam na África negra. Para esses interesses e suas transnacionais mediáticas é necessário que a opinião pública mundial generalize e banalize a realidade que se apresenta em vários países daquele continente, fundamentalmente as fomes e os conflitos por disputa territorial entre as diversas comunidades étnicas, de forma que permita condicionar a opinião para justificar a intervenção militar da Europa e dos Estados Unidos sob pretextos «humanitários». Enquanto o sangue dos povos africanos é derramado em torrente, as companhias petrolíferas e mineiras das potências

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

VENEZUELA: DEMOCRÁTICA Y BOLIVARIANA

23 febrero 2014, ALAI, América Latina en Movimiento http://www.alainet.org


Venezuela se encuentra amenazada por intentos golpistas de la derecha latinoamericana y el gobierno de los EEUU, no es algo nuevo y sobre esto ya no quedan dudas. Todos los países latinoamericanos a través de la CELAC, la UNASUR, el Mercosur y el ALBA han emitido pronunciamientos conjuntos reconociendo el intento de desestabilización de la democracia venezolana, expresando su solidaridad y la necesidad de diálogo.

La solidaridad con el pueblo venezolano y su gobierno es un gran desafío para toda Nuestra América. Resulta preocupante y dolorosa la intensidad de la violencia desatada, provocando muertes, heridos y daños materiales.

El ex Presidente Hugo Chávez ganó sus últimas elecciones por más de 10%. Como lamentablemente no pudo asumir a tiempo se llevaron a cabo nuevas elecciones con observadores internacionales y no quedaron dudas de la legitimidad del nuevo presidente. Ganó Maduro y una vez más ganó el proyecto bolivariano iniciado por Chávez, porque las mayorías venezolanas entienden que su país ha mejorado y es más igualitario.

En efecto, gracias a este proceso, Venezuela por primera vez en su historia pudo ser dueña de sus propios recursos petroleros y ponerlos al servicio del pueblo, del continente, e incluso de EEUU cuando fue devastado por el huracán Katrina. Durante la última década, el gobierno aumentó el gasto social en más de un 60,6% y hoy es el país de la región con el nivel más bajo de desigualdad, después de haberla reducido en un 54%, y a la pobreza en un 44%. En Educación se ubica en el segundo en América Latina y el quinto en el mundo con las mayores proporciones de estudiantes universitarios. Ha construido más de 13.721 clínicas en barrios en los que antes el Estado no iba y

ESCALADA FASCISTA NA UCRÂNIA

23 fevereiro 2014, ODiário.info http://www.odiario.info (Portugal)

Os Editores

A situação na Ucrânia configura a crise politica e social mais grave ocorrida no Continente Europeu desde a guerra de agressão contra a Iugoslávia.

Uma aparente dualidade de poderes oculta um real vazio de poder.

A Rada (Câmara de deputados) pretende controlar a situação. Oleksandr Turtchinov , do Partido Pátria, de Júlia Timoshenko, assumiu interinamente a presidência do país. Esse órgão legislativo destituiu o presidente Yanukovitch, restabeleceu a Constituição de 2004 e marcou eleições presidenciais para 25 de Maio.

A Ucrânia está à beira da bancarrota e muita água correrá pelo Dnieper até essa data.

Na prática os grupos extremistas da Praça Maidan que recusaram o Acordo firmado por Yanukovitch, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de países da União Europeia e pela oposição da Rada, forçaram o presidente (cujo comportamento foi indecoroso) a fugir para Kharkov, e emergem como poder real na

Angola/OS LIMITES DA TOLERÂNCIA

24 fevereiro 2014, Jornal de Angola EDITORIAL http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Os Aliados derrotaram o nazismo e o fascismo na II Guerra Mundial mas não se limitaram a obrigar os derrotados a assinar a capitulação.

Os horrores cometidos pelo regime de Hitler e Mussolini foram tantos, a Humanidade foi de tal forma dilacerada, que os políticos da época tomaram medidas legais para que nunca mais nenhum líder político ousasse exterminar seres humanos em nome da supremacia de uma raça e a pureza de uma ideologia. As Leis Fundamentais passaram a incluir um artigo onde é taxativamente proibido propagandear e defender a ideologia nazi e fascista.

O Tribunal de Nuremberga julgou os dirigentes do III Reich e os que tiveram mais responsabilidades no governo da Alemanha nazi foram condenados a prisão perpétua. Ainda hoje, guardas dos campos de extermínio e funcionários do regime são presos e condenados. Não pode haver contemplações para com aqueles que ocuparam países soberanos, exterminaram milhões de seres humanos, provocaram o êxodo de outros tantos, para dominarem o mundo extinguindo a democracia e irradiando a liberdade.

Angola viveu esses anos particularmente dolorosos sob o regime fascista de Lisboa, que fez do nosso país um imenso campo de concentração e não hesitou em recorrer ao extermínio daqueles que se opuseram à ocupação estrangeira. Mas o regime salazarista também flagelou os portugueses, enviou-os para o Tarrafal ou assassinou os democratas. Por isso, a Constituição da República Portuguesa saída do 25 de Abril proíbe a propagação da ideologia fascista. A democracia tem que se defender dos seus inimigos jurados, que tudo fazem para destruí-la.

Jonas Savimbi destruiu Angola. Exterminou milhares de angolanos. Provocou o êxodo de milhões, escorraçados pelos seus esquadrões de extermínio. Destruiu escolas, hospitais, igrejas, edifícios públicos, pontes, portos, aeroportos, barragens, caminhos-de-ferro. Nem os fundos do “Plano Marshal” conseguiriam cobrir tantos estragos. Hitler fez tudo isso é nome de uma Alemanha imperial. Savimbi queria apenas a cadeira do poder. Hitler defendia o nacional-socialismo. Savimbi só queria dividir Angola. O seu programa máximo era criar uma “república negra” a Sul do Kwanza.

Hitler partiu para o extermínio e destruição de países e povos

CPLP, Moçambique/Investimento público deve animar economia

23 fevereiro 2014, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz (Moçambique)
O secretário Executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, entende que os países filiados a esta agremiação devem promover o investimento público como um dos “motores” de estímulo à transformação da economia através da construção de infra-estruturas, escolarização maciça da população e criação de mercados competitivos para melhorarem o acesso e a sua integração regional, oferecer mais oportunidades e atrair mais e melhor investimento privado.
Discursando durante a III Reunião dos Ministros das Finanças da CPLP, que decorreu na sexta-feira, em Maputo, Murargy sublinhou que este conjunto de países, incluindo Timor-Leste, deve saber aproveitar o presente momento que lhes está a ser

Moçambique/“Governo dará resposta a ameaças à nossa soberania” -- Guebuza

23 fevereiro 2014, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz (Moçambique) 
O Presidente da República, Armando Guebuza, inaugurou na passada quinta-feira em Maputo o Instituto Superior de Estudos de Defesa. Disse, na ocasião, que a inauguração do Instituto representa a reafirmação inequívoca da vontade do Governo de, gradualmente, dar resposta aos desafios que as novas ameaças à soberania impõem ao nosso Estado.
O estadista moçambicano referiu que com inauguração das novas instalações de especialização das FADM, o Governo mostra sinal inequívoco de que reconhece a necessidade que as Forças Armadas têm de possuir meios que lhes permitam superar dificuldades resultantesda descontinuidade geográfica do nosso território que se espalha pelas águas do Índico.
Guebuza, que é patrono da instituição, falava numa cerimónia que contou com a presença de antigos ministros da defesa, chefes de estado-maior das FADM, antigos combatentes e oficiais superiores do Exército e reiterou a necessidade assegurar a unidade nacional.
 “O Governo tem plena consciência de que o empenho das nossas Forças Armadas será sempre limitado e insuficiente em face destas ameaças difusas. Todavia, a complexidade e grandeza dessas ameaças não aconselham a indiferença nem a resignação”, disse Guebuza.
Recordou que foi graças a Forças Armadas bem treinadas, patrioticamente consciencializadas, dotadas de conhecimentos e equipamento à altura dos imperativos da época, e orgulhosas de serem herdeiras do
legado do 25 de Setembro, que

GEOPOLÍTICA DO CONFLITO UCRANIANO: DE VOLTA AO BÁSICO

22 fevereiro 2014 02:50, Pravda http://port.pravda.ru  (Rússia)

Se se olham os incontáveis vídeos que veem, não só de Kiev, mas também de outras cidades da Ucrânia, pode-se ter a impressão de que o que está acontecendo ali é caos total, que ninguém controla. É impressão muito errada, e acho que é mais que hora de examinar os atores desse conflito e o que cada um realmente quer. Só assim será possível construir alguma compreensão clara sobre o que se passa lá, sobre quem puxa os cordões por trás da cortina e sobre o que pode acontecer adiante. Assim sendo, examinemos os vários atores, um a um.

O povo ucraniano insatisfeito
Absolutamente não cabe dúvida alguma de que um grande segmento da população ucraniana está profundamente infeliz com o regime que está no poder, com o próprio Yanukovich e com o que está acontecendo na Ucrânia, há muitos anos. Como já escrevi inúmeras vezes antes, a Ucrânia está, essencialmente, em mãos de vários oligarcas, exatamente como a Rússia nos anos 1990s, só que piores. A vasta maioria dos políticos ucranianos estão à venda a quem dê mais, e isso vale para os membros do Parlamento, o Gabinete do presidente, os governadores regionais, todo o governo e, é claro, também para o próprio Yanukovich. Coletivamente, esses oligarcas também são proprietários dos jornais e televisões, dos juízes, da política, dos bancos e de tudo. Resultado direto disso, a economia ucraniana está descendo pelo esgoto há anos e, atualmente, está, pode-se dizer, em ruínas.

Não deve ser surpresa para ninguém que muitos ucranianos estejam

O QUE HOUVE NA UCRÂNIA?

23 fevereiro 2014, Carta maior http://www.patrialatina.com.br (Brasil)

Na Ucrânia houve de tudo, menos uma revolução popular. Três grandes jogadores estão assentados neste terreno: a Rússia, a União Europeia e os EUA.

NA UCRÂNIA HOUVE DE TUDO, MENOS UMA REVOLUÇÃO POPULAR.

Flávio Aguiar

Tudo começou com uma série de manifestação empilhadas umas sobre as outras: uma juventude ansiosa por se identificar com a União Europeia, uma classe média cansada pelas sucessivas vagas de corrupção dos sucessivos governos, uma insatisfação com o autoritarismo e o fechamento do governo de Viktor Yanukovitch, o desejo de maior ascendência de grupos do oeste do país em detrimento de grupos do leste do país.

A repressão que o governo desencadeou abriu caminho para uma intensificação do descontentamento, açulado pelos partidos de oposição representados no Parlamento e pelo  encorajamento internacional – da União Europeia a políticos norte-americanos, republicanos e democratas.  De todos os mais animado foi o senador republicano John McCain, em dezembro, gritando na praça da Independência (Maidan), foco e espaço das concentrações: “O mundo livre está com vocês! A América está com vocês!” Melhor lembrança da Guerra Fria e do dito “A América para os [norte-]americanos” seriam impossível. Como nos velhos “bons” tempos, o alvo continua sendo a Rússia.

No pano de fundo destas confrontações estão as desigualdades do país. O leste e o sul – junto à Rússia e ao Mar Negro são mais desenvolvidos e industrializados do que o oeste, mais pobre. O leste, de um modo geral, tem seu foco econômico voltado para a vizinha Rússia, de que depende o abastecimento de gás do país, vital para a indústria e para o aquecimento durante o rigoroso inverno. Se a Rússia endurecer a questão do fornecimento de gás, cortando-o ou simplesmente cobrando o preço de mercado, a Ucrânia literalmente congela – em todos os sentidos. Entretanto para o oeste, mais  próximo da União Europeia, a aproximação com esta significaria em tese uma maior autonomia em relação ao governo central e às demais regiões do país, além de mais oportunidades de colher investimentos. Pelo menos em tese.

Há também a questão do histórico repúdio aos russos, maior no oeste, um repúdio cujas últimas e trágicas edições foram uma relação ambígua – para dizer o mínimo – de movimentos nacionalistas ucranianos com o regime nazista da Alemanha, e um conflito sangrento e frequentemente descrito como “inútil” com o regime soviético. No leste há também um fator étnico: o número de habitantes russos é muito grande, o que mexe com os brios dos movimentos nacionalistas. E é bom lembrar que na Europa, ao contrário da América Latina, nacionalismo é sempre coisa de direita.
Se este é o pano de fundo , deve-se levar em conta o que acontece nos bastidores e também no palco da política ucraniana. Nos bastidores pairam as sombras dos grupos econômicos – assim como na Rússia liderados pelos chamados “oligarcas” – que se formaram depois do desmanche da ex-União Soviética, dos processos de privatização de tudo, feitos a toque de caixa, e da independência. Estes grupos de oligarquias é que dão as cartas – o poder do dinheiro – para os que estão no palco, os políticos e seus partidos.

Entretanto na Ucrânia não houve, pelo menos até o momento, um Vladimir Putin que, na Rússia, digamos, “botou a casa em ordem”, oferecendo aos oligarcas a manutenção de suas fortunas recém feitas (sobretudo durante o governo de Boris Yeltsin) desde que não se metessem em política. Enfiando os principais desobedientes na cadeia ou mandando-os para o exílio – confortável, na verdade – Putin e seu neoczarismo disfarçado de república impuseram uma espécie de “pax romana” em seu território. Na Ucrânia não houve este Putin, mas uma guerra de grupos ora antangônicos, ora aliados, pelas benesses dos oligarcas e pelos espaços de poder, o que conduziu todos a uma política onde alianças ocasionais são apenas passos para uma ideal tomada total do poder, no melhor estilo do “para mim e os meus tudo, para os demais os rigores da lei”. Este foi o conflito que se estabeleceu entre o atualmente já ex-presidente  Viktor Yanukovitch e sua maior rival, Yulia Tymoschenko, que já fora primeira-ministra por duas vezes, líder do partido chamado de União de Toda a Ucrânia – Pátria Mãe, diríamos em português, embora em ucraniano seja “Pátria Pai”.

Yanukovitch, chegando à presidência em 2010, ensaiou e pôs em prática uma reforma consitucional para aumentar a concentração de poderes em torno da presidência, alijando os demais partidos – inclusive o do Tymoschenko – até mesmo das suas franjas. E através de denúncias de corrupção e de um julgamento carregado de suspeitas botou Yulia na cadeia. Aqui pode-se ter uma ideia das complicações da política ucraniana. Yanukovitch é visto em geral como próximo da Rússia e Tymoschenko como aliada da União Europeia. Pois o primeiro processo aberto contra ela acusava a ex-primeira ministra de abuso de poder e super-faturamento no contrato de fornecimento de gás para Gazprom, a principal empresa russa do setor e uma das maiores do mundo que, como a Petrobrás, reúne capitais privados mas tem seu controle acionário e de fundos nas mãos do Estado.

Entrementes, o pró-Rússia Yanukovitch se aproximava da União Europeia e aprestava-se a assinar um acordo de livre-comercio com ela. Nesta altura, Moscou acendeu a luz vermelha. Para se entender isto precisamos sair do teatro da política ucraniana e olhar o terreno em volta onde ele está localizado. Três grandes jogadores estão assentados neste terreno, como os bispos de um jogo de xadrez, mais um cavalo que joga com dois deles, contra o terceiro. Os jogadores são a Rússia, a União Europeia e os Estados Unidos, e o cavalo é a OTAN, a aliança militar que teve como principal inimiga a antiga União Soviética e que agora, além de policiar o norte da África  e áreas próximas, continua, nem que seja por força do hábito, a cercar seu adversário  histórico, atraindo para si os ex-satélites deste.

Os interesses dos Estados Unidos e da UE não são coincidentes na região, pois na atual conjuntura interna de Washington não interessa atiçar o confronto – a não ser na retórica – com a Rússia, devido às necessidades de acertos na Síria, no Irã, etc. Já a UE tem interesse em desembarcar seus avatares dentro do teatro ucraniano, ampliando sua área de influência econômica, seu mercado e suas ‘reformas de austeridade’. Outro fator que complica este movimento é o temor histórico dos EUA de que, mesmo com rivalidades marcantes, a proximidade entre Alemanha e Rússia termine por forjar  uma aliança estável  e poderosa que desenvolva um outro núcleo regional de poder. Na base de um movimento destes estaria novamente o gás russo, de que a Alemanha já depende e vai depender mais quando – e se – cumprir a promessa de desativar suas usinas nucleares.

De um modo ou de outro, o fato é que a Rússia colocou um sinal de “Pare!” nos movimentos de Yanukovitch: prometeu 15 bilhões de euros em empréstimos quase a fundo perdido – coisa que a UE, às voltas com suas próprias quebradeiras, não tem condições de oferecer à quebrada Ucrânia – baixou ainda mais o preço do gás e pôs à disposição um acordo de livre-comércio consigo mesma, mais outros países da região, ex-repúblicas, como a Ucrânia, da antiga URSS. Yanukovitch, que já estava com a caneta na mão e embarcando para Bruxelas, tampou aquela e desceu do avião. Junto aos projetos de novos capitalistas e da classe média do oeste ucraniano (onde o desemprego também é grande entre os jovens), que já sentiam o doce odor dos euros ao alcance da mão, este recuo foi a gota d’água.

Voltando ao cenário político, a gôta d’água acabou se transformando num mar de sangue. É verdade que as manifestações foram reprimidas duramente pela polícia. Mas rapidamente sua linha de frente e também seu espaço foram ocupados por movimentos de extrema-direita, nacionalistas xenófobos, antirrussos, anti-direitos humanos, anti-imigrantes, antissemitas, anti-etc., tradicionais na Ucrânia. São grupos de combate, armados, que fizeram frente a uma polícia que progressivamente foi se tornando caótica e desorganizada. Estes grupos são ligados, mas não necessariamente subordinados, ao Partido Svoboda, de extrema-direita, que tem representação no Parlamento. Na última semana os confrontos chegaram ao paroxismo.

Na frente de negociação assentaram-se à mesa três ministros de Relações da União Europeia (Alemanha, França e Polônia), Yanukovitch, três partidos de oposição e mais um representante da Rússia. Enquanto isto, na praça em frente, o conflito de agudizou, com armas de fogo de parte a parte, e franco-atiradores que provavelmente eram de ambos os lados, embora a polícia tivesse ainda maior poder de fogo. O resultado foi de centenas de feridos e muitas dezenas de mortos; as cifras destes últimos variavam entre cerca de 50 a mais de 70, com pelo menos 11 policiais. A certa altura o noticiário chegou a informar que 70 policiais tinham sido “sequestrados” pelos “manifestantes”.

Coloquei “manifestantes” agora, logo acima, entre aspas, porque houve um movimento constante por parte da mídia do Ocidente de idealizar o que ocorria na praça principal de Kiev, apresentando os acontecimentos como um confronto desproporcional entre a brutal repressão do governo e os “amantes da liberdade”.

Apesar desta cortina de fumaça, logo começaram a vazar as informações de que estes últimos eram na maioria e na verdadeira verdadeiras gangues neo-fascistas que não aceitavam nenhuma negociação nem nada , a não ser a queda de Yanukokovitch e o afastamento da arqui-inimiga Rússia.

Na mesa de negociação chegou-se a um acordo, envolvendo um recuo nas reformas constitucionais promovidas pelo presidente, eleições em dezembro deste ano e a formação de um governo provisório de coalizão. Mas na praça a força policial vinha recuando cada vez mais diante dos “manifestantes”, a tal ponto que estes ampliaram os espaço sob seu controle, chegando inclusive a tomar as entradas do palácio presidencial. Sentindo-se sem condições de segurança, Yanukovitch deixou a capital em direção ao nordeste do país.

Seguiu-se nesta altura um verdadeiro golpe de estado no novo estilo “legalizado” corrente em várias ocasiões neste século XXI (Honduras, Paraguai, Grécia, Itália...): o Parlamento declarou que Yanukovitch “abandonara o cargo” e destituiu-o da presidência, com vários ex-membros de seu partido bandeando-se para o lado da oposição, antecipando as eleições para maio e libertando Tymoschenko, que já declarou-se candidata.

Que acontecerá no futuro? É uma boa pergunta. Antes de conjeturar, um parêntese: e as Forças Armadas da Ucrânia? Trata-se mesmo de um parêntese. Depois da independência em relação à ex-União Soviética, as FFAA abriram mão do arsenal nuclear que estava acantonado em seu território, passando-o à nova Rússia emergente, e diminuiram seu contingente de quase 800 mil para pouco mais de 300 mil homens. Estão entre a cruz e a caldeirinha, realizando manobras tanto com a Rússia quanto com a OTAN, que já se declarou de braços abertos para receber este novo aliado quando ele quiser aderir. O namoro está no ar, e só não se concretizou por causa da vigilância do chá-de-pera Rússia. Até o momento, pelo menos, as FFAA ucranianas parecem estar olhando para o lado – pois nem mesmo a segurança do presidente foram capazes de garantir.

A este caldo complicado junta-se a ameaça do país rachar em dois (pelo menos): a Criméia já manifestou desejos de se separar do restante do país e pedir sua reintegração à Rússia. E no oeste também há manifestações de separatismo e aproximação com a UE, à revelia das outras regiões.

O que vai acontecer vai depender das mensagens que estarão neste momento sendo trocadas entre Moscou, Washington, Bruxelas, Berlim, Paris e em menor grau outras capitais europeias, como Londres e Varsóvia. Qual será o novo arranjo entre os partidos políticos ucranianos? É uma boa pergunta. Tymoschenko vai mesmo recuperar seu antigo espaço na oposição  que liderava, hoje ocupado por Vitali Klitschko, do Partido Democrático Aliança pela Reforma? O Svoboda vai aumentar seu poder de fogo? O que fará Yanukovitch? Os movimentos de trabalhadores, sobretudo no leste, ainda se mantinham a seu favor, embora no momento, com seu enfraquecimento,  isto não tenha significado muito no tabuleiro enxadrístico ucraniano. E o que farão os grupos neofascistas que mantém Kiev sob seu controle?

O que estes farão ainda não se sabe. Mas já se sabe o que estão fazendo. No domingo pela manhã (23), enquanto eu redigia estas notas, corria a notícia – em tom discreto, ao lado da retumbância triunfal dada ao discurso de Yulia Tymoschenko na praça da Independência – de que a Embaixada de Israel na Ucrânia emitira um comunicado pedindo que todos os judeus se abstivessem de sair às ruas de Kiev ou até mesmo deixassem a capital, se pudessem, diante dos ataques contra eles que vem se sucedendo e intensificando nas ruas, com espancamentos, perseguições e outras coisas deste tipo.

Como em velhos mas nada bons tempos, brinca-se com fogo por aqui.

Fonte: Carta Maior

*Publicado originalmente no Blog do Velho Mundo, na Rede Brasil Atual.