17 fevereiro
2014, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Eva
tem se dedicado nos últimos anos a estudar a ingerência estadunidense na
Venezuela e em outros países da América Latina. Para ela, os ocorridos no país
caribenho desde o dia 12 de fevereiro têm grandes semelhanças com 2012 quando o
ex-presidente Hugo Chávez vivenciou um golpe mal sucedido. Na ocasião, “houve
uma condenação imediata do governo estadunidense contra o governo Chávez
baseada na mentira e logo reconheceram o governo golpista”, lembrou.
Participação dos EUA
“Realmente, Washington havia apoiado o golpe [de 2002] desde o começo, inclusive financiando grupos envolvidos e os respaldando com equipes militares e estratégias políticas e de comunicação. Agora acontece algo semelhante com os meios de comunicação privados na Venezuela e os internacionais, que estão mentindo sobre os responsáveis pela violência e dizendo que o governo de Nicolás Maduro é o culpado, quando na realidade são os manifestantes opositores que estão provocando a violência”, esclareceu.
Participação dos EUA
“Realmente, Washington havia apoiado o golpe [de 2002] desde o começo, inclusive financiando grupos envolvidos e os respaldando com equipes militares e estratégias políticas e de comunicação. Agora acontece algo semelhante com os meios de comunicação privados na Venezuela e os internacionais, que estão mentindo sobre os responsáveis pela violência e dizendo que o governo de Nicolás Maduro é o culpado, quando na realidade são os manifestantes opositores que estão provocando a violência”, esclareceu.
A
jornalista pontuou que nas manifestações de 12 de fevereiro morreram três
pessoas entre opositores e chavistas: “autoridades venezuelanas afirmaram que a
mesma arma foi usada para matar dois destes jovens – um de oposição e um
chavista. Então isso abre a possibilidade de que tenha sido um francoatirador
ou um infiltrado preparado para matar as pessoas dos dois lados, de modo a
provocar mais violência – uns contra os outros”.
Ainda sobre a participação dos EUA em questões internas do país, ponderou: “O governo dos Estados Unidos tem apoiado a oposição violenta desde o início – com dinheiro e apoio político —. O Departamento de Estado já emitiu declarações ‘condenando’ a suposta repressão do governo venezuelano contra manifestantes e exortando que ‘respeitem os direitos humanos’. Nada poderia ser mais hipócrita porque, nos EUA jamais permitiriam manifestações tão violentas como as que estão sendo feitas por opositores na Venezuela, bloqueando estradas, destruindo prédios públicos, queimando pneus e lixo nas ruas, atirando bombas molotov”.
A mesma direita
A autora do livro O Código Chávez e a Agressão Permanente lembrou que o líder da oposição Leopoldo López esteve envolvido no golpe contra Chávez, quando era prefeito de Chacao, em Caracas. “Hoje, ele e outra líder da extrema-direita, Maria Corina Machado – que também estava no golpe de Estado em 2002 e assinou o decreto do ditador Pedro Carmona, que dissolveu todas as instituições democráticas do país são os responsáveis pela violência atual”.
“Eles estão há meses dizendo publicamente que a saída do governo não é ‘eleitoral’ . A grande diferença entre 2002 e hoje na Venezuela são os protagonistas dos fatos: hoje são grupos de jovens e estudantes, enquanto que em 2002 foram os mesmos políticos que estiveram no poder antes. Claro, os jovens opositores são principalmente de classe média e alta. Sua luta não é para os direitos dos povos; é para tomar o poder do povo para empresas e pessoas de dinheiro. E muitos deles são parte de organizações que receberam centenas de milhares de dólares em financiamento de agências de Washington nos últimos sete anos, com a intenção de treiná-los e formá-los nas táticas e estratégias de desestabilização para derrubar o governo e instalar um favorável aos interesses dos EUA”.
Ela observa ainda que nunca houve unidade entre a oposição que apoiou Henrique Capriles como candidato à presidência nas duas últimas eleições. “Eles não são um partido único, nem compartilham a mesma ideologia como o caso do chavismo. Na oposição há mais de 20 partidos, organizações e grupos diferentes que têm suas próprias agendas. Eles só concordaram em seu desejo de derrubar o chavismo e agora o governo de Nicolás Maduro. Mas daí a apresentar alguma alternativa ou maneira de fazê-lo em que todos estejam de acordo, eles nunca fizeram em 15 anos”.
Integração regional
Questionada sobre a importância da integração regional no respaldo aos governos progressistas, Eva Golinger avaliou que " sem dúvida a união, a força e a soberania que existe hoje na América Latina, graças aos esforços e a liderança do presidente Hugo Chávez, serve como o principal defensor e protetor dos governos democráticos na região. As manifestações de solidariedade e apoio de países vizinhos da região para com o governo Maduro evidenciam esta força. E não é a primeira vez que a união e a solidariedade regional impedem um golpe de Estado na região contra um governo progressista: aconteceu na Bolívia em 2008 e no Equador em 2010. Agora, o apoio à Venezuela demonstra que a região não aceitará outro golpe ou ruptura constitucional contra um governo democrático, e isso é muito importante".
Ainda sobre a participação dos EUA em questões internas do país, ponderou: “O governo dos Estados Unidos tem apoiado a oposição violenta desde o início – com dinheiro e apoio político —. O Departamento de Estado já emitiu declarações ‘condenando’ a suposta repressão do governo venezuelano contra manifestantes e exortando que ‘respeitem os direitos humanos’. Nada poderia ser mais hipócrita porque, nos EUA jamais permitiriam manifestações tão violentas como as que estão sendo feitas por opositores na Venezuela, bloqueando estradas, destruindo prédios públicos, queimando pneus e lixo nas ruas, atirando bombas molotov”.
A mesma direita
A autora do livro O Código Chávez e a Agressão Permanente lembrou que o líder da oposição Leopoldo López esteve envolvido no golpe contra Chávez, quando era prefeito de Chacao, em Caracas. “Hoje, ele e outra líder da extrema-direita, Maria Corina Machado – que também estava no golpe de Estado em 2002 e assinou o decreto do ditador Pedro Carmona, que dissolveu todas as instituições democráticas do país são os responsáveis pela violência atual”.
“Eles estão há meses dizendo publicamente que a saída do governo não é ‘eleitoral’ . A grande diferença entre 2002 e hoje na Venezuela são os protagonistas dos fatos: hoje são grupos de jovens e estudantes, enquanto que em 2002 foram os mesmos políticos que estiveram no poder antes. Claro, os jovens opositores são principalmente de classe média e alta. Sua luta não é para os direitos dos povos; é para tomar o poder do povo para empresas e pessoas de dinheiro. E muitos deles são parte de organizações que receberam centenas de milhares de dólares em financiamento de agências de Washington nos últimos sete anos, com a intenção de treiná-los e formá-los nas táticas e estratégias de desestabilização para derrubar o governo e instalar um favorável aos interesses dos EUA”.
Ela observa ainda que nunca houve unidade entre a oposição que apoiou Henrique Capriles como candidato à presidência nas duas últimas eleições. “Eles não são um partido único, nem compartilham a mesma ideologia como o caso do chavismo. Na oposição há mais de 20 partidos, organizações e grupos diferentes que têm suas próprias agendas. Eles só concordaram em seu desejo de derrubar o chavismo e agora o governo de Nicolás Maduro. Mas daí a apresentar alguma alternativa ou maneira de fazê-lo em que todos estejam de acordo, eles nunca fizeram em 15 anos”.
Integração regional
Questionada sobre a importância da integração regional no respaldo aos governos progressistas, Eva Golinger avaliou que " sem dúvida a união, a força e a soberania que existe hoje na América Latina, graças aos esforços e a liderança do presidente Hugo Chávez, serve como o principal defensor e protetor dos governos democráticos na região. As manifestações de solidariedade e apoio de países vizinhos da região para com o governo Maduro evidenciam esta força. E não é a primeira vez que a união e a solidariedade regional impedem um golpe de Estado na região contra um governo progressista: aconteceu na Bolívia em 2008 e no Equador em 2010. Agora, o apoio à Venezuela demonstra que a região não aceitará outro golpe ou ruptura constitucional contra um governo democrático, e isso é muito importante".
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Da redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva, com informações de El Tiempo
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