15 fevereiro
2013, Resistir.info http://www.resistir.info (Portugal)
por Paul
Craig Roberts*
Os protestos no
ocidente da Ucrânia são organizados pela CIA, pelo Departamento de Estado dos
EUA e por organizações não governamentais (ONGs) financiadas pela UE que
trabalham em conjunto com a CIA e o Departamento de Estado. A finalidade dos
protestos é anular a decisão do governo independente da Ucrânia de não aderir à
UE.
Os EUA e a UE inicialmente estavam a cooperar no esforço para destruir a independência da Ucrânia e torná-la uma entidade subserviente ao governo da UE em Bruxelas. Para o governo da UE, o objectivo é expandir a UE.
Para Washington as finalidades são tornar a Ucrânia disponível para o saqueio por bancos e corporações dos EUA e trazer a Ucrânia para dentro da NATO de modo a que Washington possa ganhar mais bases militares na fronteira da Rússia.
Há três países no mundo que estorvam o caminho da hegemonia de Washington sobre o mundo – a Rússia, a China e o Irão. Cada um destes países é atacado por Washington para derrube ou para que a sua soberania seja degradada pela propaganda e bases militares dos EUA que deixam os países vulneráveis a ataque, portanto coagindo-os a aceitar a vontade de Washington.
O problema que se levanta entre os EUA e a UE em relação à Ucrânia é que os europeus perceberam que a tomada da Ucrânia é uma ameaça directa à Rússia, a qual pode cortar o petróleo e gás natural à Europa, e se houver guerra destruir a Europa completamente. Consequentemente, a UE tornou-se mais favorável a parar de provocar protestos na Ucrânia.
A resposta da neoconservadora Victoria Nuland, nomeada secretária de Estado Assistente pelo Obama de duas caras, foi "F**-se a UE", quando tratava de descrever os membros do governo ucraniano que Washington pretendia impor sobre um povo tão inconsciente a ponto de acreditar que estão a alcançar a independência ao precipitar-se nos braços de Washington. Outrora eu pensava que nenhuma população do mundo podia ser tão inconsciente quanto a população dos EUA. Mas eu estava errado. Os ucranianos ocidentais são ainda mais inconscientes do que os americanos.
A orquestração da "crise" na Ucrânia é fácil. A neoconservadora secretária de Estado Assistente Victoria Nuland contou no National Press Club, em Washington, dia 13/Dezembro/2013, que os EUA "investiram" US$5 mil milhões em agitação na Ucrânia.
A crise assenta essencialmente na Ucrânia ocidental, onde ideias românticas acerca da opressão russa são fortes e a população é menos russa do que na Ucrânia oriental.
O ódio da Rússia na Ucrânia ocidental é tão disfuncional que os ludibriados protestantes não percebem que aderir à UE significa o fim da independência da Ucrânia e o domínio por parte dos burocratas da UE em Bruxelas, do Banco Central Europeu e de corporações dos EUA. Talvez a Ucrânia seja dois países. A metade ocidental poderia ser dada à UE e a corporações dos EUA e a metade oriental poderia ser reincorporada como parte da Rússia, onde assentava toda a Ucrânia desde que os EUA existem.
A insatisfação para com a Rússia que existe na Ucrânia ocidental torna fácil para os EUA e a UE provocar perturbações. Aqueles em Washington e na Europa que pretendem destruir a independência da Ucrânia retratam-na como uma refém da Rússia, enquanto a Ucrânia na UE estaria alegadamente sob a protecção dos EUA e da Europa. As grandes somas de dinheiro que Washington despeja em ONGs na Ucrânia propagam esta ideia e trabalham a população para uma inconsciência frenética. Nunca na minha vida testemunhei um povo tão inconsciente como os protestantes ucranianos que estão a destruir a independência do seu país.
As ONGs financiadas pelos EUA e UE são quinta colunas destinadas a destruir a independência dos países nos quais operam. Algumas pretendem ser "organizações de direitos humanos". Outras doutrinam pessoas sob a capa de "programas de educação" e de "construção da democracia". Outras ainda, especialmente aquelas dirigidas pela CIA, especializam-se em provocações, tais como as "Pussy Riot". Poucas, se é que alguma, destas ONGs são legítimas. Mas elas são arrogantes. O chefe de uma da ONGs anunciou antges das eleições iranianas na qual Mousavi era o candidato de Washington e da CIA que a eleição resultaria numa Revolução Verde. Ele sabia antecipadamente, porque havia ajudado a financiá-la com dólares do contribuinte estado-unidense. Escrevi acerca disso na altura. Isso pode ser encontrado no meu sítio web,www.paulcraigroberts.org , e no meu livro que acaba de ser publicado, How America Was Lost.
Os "protestantes" ucranianos têm sido violentos, mas a polícia tem sido contida. Washington tem um interesse oculto em manter os protestos em andamento na esperança de transformá-los numa revolta de modo a que possa apossar-se da Ucrânia. Esta semana a Câmara de Deputados dos EUA aprovou uma resolução a ameaçar sanções se os protestos violentos fossem sufocados pela polícia.
Por outras palavras, se a polícia ucraniana comportar-se com protestantes violentos do mesmo modo como a polícia dos EUA comporta-se com protestantes pacíficos, isso é uma razão para Washington interferir nos assuntos internos da Ucrânia. Washington está a utilizar os protestos para destruir a independência da Ucrânia e já tem pronta uma lista de fantoches que pretende instalar como o próximo governo do país.
Os EUA e a UE inicialmente estavam a cooperar no esforço para destruir a independência da Ucrânia e torná-la uma entidade subserviente ao governo da UE em Bruxelas. Para o governo da UE, o objectivo é expandir a UE.
Para Washington as finalidades são tornar a Ucrânia disponível para o saqueio por bancos e corporações dos EUA e trazer a Ucrânia para dentro da NATO de modo a que Washington possa ganhar mais bases militares na fronteira da Rússia.
Há três países no mundo que estorvam o caminho da hegemonia de Washington sobre o mundo – a Rússia, a China e o Irão. Cada um destes países é atacado por Washington para derrube ou para que a sua soberania seja degradada pela propaganda e bases militares dos EUA que deixam os países vulneráveis a ataque, portanto coagindo-os a aceitar a vontade de Washington.
O problema que se levanta entre os EUA e a UE em relação à Ucrânia é que os europeus perceberam que a tomada da Ucrânia é uma ameaça directa à Rússia, a qual pode cortar o petróleo e gás natural à Europa, e se houver guerra destruir a Europa completamente. Consequentemente, a UE tornou-se mais favorável a parar de provocar protestos na Ucrânia.
A resposta da neoconservadora Victoria Nuland, nomeada secretária de Estado Assistente pelo Obama de duas caras, foi "F**-se a UE", quando tratava de descrever os membros do governo ucraniano que Washington pretendia impor sobre um povo tão inconsciente a ponto de acreditar que estão a alcançar a independência ao precipitar-se nos braços de Washington. Outrora eu pensava que nenhuma população do mundo podia ser tão inconsciente quanto a população dos EUA. Mas eu estava errado. Os ucranianos ocidentais são ainda mais inconscientes do que os americanos.
A orquestração da "crise" na Ucrânia é fácil. A neoconservadora secretária de Estado Assistente Victoria Nuland contou no National Press Club, em Washington, dia 13/Dezembro/2013, que os EUA "investiram" US$5 mil milhões em agitação na Ucrânia.
A crise assenta essencialmente na Ucrânia ocidental, onde ideias românticas acerca da opressão russa são fortes e a população é menos russa do que na Ucrânia oriental.
O ódio da Rússia na Ucrânia ocidental é tão disfuncional que os ludibriados protestantes não percebem que aderir à UE significa o fim da independência da Ucrânia e o domínio por parte dos burocratas da UE em Bruxelas, do Banco Central Europeu e de corporações dos EUA. Talvez a Ucrânia seja dois países. A metade ocidental poderia ser dada à UE e a corporações dos EUA e a metade oriental poderia ser reincorporada como parte da Rússia, onde assentava toda a Ucrânia desde que os EUA existem.
A insatisfação para com a Rússia que existe na Ucrânia ocidental torna fácil para os EUA e a UE provocar perturbações. Aqueles em Washington e na Europa que pretendem destruir a independência da Ucrânia retratam-na como uma refém da Rússia, enquanto a Ucrânia na UE estaria alegadamente sob a protecção dos EUA e da Europa. As grandes somas de dinheiro que Washington despeja em ONGs na Ucrânia propagam esta ideia e trabalham a população para uma inconsciência frenética. Nunca na minha vida testemunhei um povo tão inconsciente como os protestantes ucranianos que estão a destruir a independência do seu país.
As ONGs financiadas pelos EUA e UE são quinta colunas destinadas a destruir a independência dos países nos quais operam. Algumas pretendem ser "organizações de direitos humanos". Outras doutrinam pessoas sob a capa de "programas de educação" e de "construção da democracia". Outras ainda, especialmente aquelas dirigidas pela CIA, especializam-se em provocações, tais como as "Pussy Riot". Poucas, se é que alguma, destas ONGs são legítimas. Mas elas são arrogantes. O chefe de uma da ONGs anunciou antges das eleições iranianas na qual Mousavi era o candidato de Washington e da CIA que a eleição resultaria numa Revolução Verde. Ele sabia antecipadamente, porque havia ajudado a financiá-la com dólares do contribuinte estado-unidense. Escrevi acerca disso na altura. Isso pode ser encontrado no meu sítio web,www.paulcraigroberts.org , e no meu livro que acaba de ser publicado, How America Was Lost.
Os "protestantes" ucranianos têm sido violentos, mas a polícia tem sido contida. Washington tem um interesse oculto em manter os protestos em andamento na esperança de transformá-los numa revolta de modo a que possa apossar-se da Ucrânia. Esta semana a Câmara de Deputados dos EUA aprovou uma resolução a ameaçar sanções se os protestos violentos fossem sufocados pela polícia.
Por outras palavras, se a polícia ucraniana comportar-se com protestantes violentos do mesmo modo como a polícia dos EUA comporta-se com protestantes pacíficos, isso é uma razão para Washington interferir nos assuntos internos da Ucrânia. Washington está a utilizar os protestos para destruir a independência da Ucrânia e já tem pronta uma lista de fantoches que pretende instalar como o próximo governo do país.
*Ex secretário
Assistente do Tesouro para Política Económica e editor associado do Wall
Street Journal. Colaborou na Business Week, Scripps Howard News
Service e Creators Syndicate. Seu livro mais recente é The
Failure of Laissez Faire Capitalism and Economic Dissolution of the West.
O original encontra-se em www.globalresearch.ca/...
O original encontra-se em www.globalresearch.ca/...
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