Por Arsenio Lesmes
22 de novembro 2008/Timorlorosaenacao
Díli - Os médicos cubanos, Dr. Agusto Ramón, Dr. Rafael Quiles, Dr. Noelvis Bonachea e o Dr. Jonnes Vallejo subiram ao buque Nakroma, na passada sexta-feira dia 21 de novembro, às 5.30 horas da tarde, em Oe-cusse, onde prestam serviço de colaboração, para fazer mais outra travessia pelos mares de Timor-Leste e assim chegar à capital, Díli. Nunca pensaram que nesta viagem teriam uma experiência única.
Estes doutores exemplares contam-nos, com grande satisfação, a estória onde tiveram de aplicar seus conhecimentos e habilidades para conseguir que uma jovem mãe pudesse parir a sua bebê, que não quis aguardar, até chegarem a terra, para nascer. Esta é a estória.
Após várias horas de navegação, já madrugada de 22 de novembro, perto das 3:30 horas, os médicos cubanos são avisados de que uma rapariga grávida estava a parir e precisava de ajuda. Todos cooperaram mas a jovem estava a fazer um parto muito difícil pois a bebê não estava em boa posição. A mãe tinha sido acompanhada na gravidez por médicos cubanos em Oe-cusse e estava a viajar para Díli a fim de parir no Hospital Nacional. É próprio das mulheres que parem pela primeira vez os bebês adiantarem-se na data.
Depois de verificar todos os dados relevantes e os sinais vitais da mulher, com a ajuda dos membros da tripulação e do Capitão do buque, que ajudaram com eficiência e forneceram todos os materiais disponíveis (ainda que não eram suficientes), os médicos cubanos usaram a sua experiência para salvar a mãe e a bebê. Foram horas difíceis, a máe perdeu muito sangue, as suas feridas foram sérias mas contou com o apoio dos doutores que controlaram a situação. Não pôde ser suturada por falta de meios mas a hemorragia foi controlada e recebeu um soro.
O Capitão avisou Díli para que uma ambulância estivesse a aguardar no porto.
Assim que chegaram, às 5:00 horas da manhã, mãe e filha foram transferidas para o Hospital Nacional onde, já contando com todos os recursos, foram devidamente atendidas com os cuidados requeridos.
Em breve poderão voltar para Oe-cusse e tudo o que aconteceu será história passada para contar à família, aos amigos, mas com certeza nunca esquecerão que graças aos médicos cubanos, que por acaso estavam disponíveis no buque Nakroma, Elizabeth e sua filha estão vivas, que Elizabeth, crescendo, poderá contar a estória com a sua própria voz.
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