quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Angola/Cúpula regional africana debate conflito congolês e petróleo

Luanda, 25 novembro 2008 (Lusa) - A capital angolana, Luanda, recebe nesta terça-feira a 2ª cúpula dos Chefes de Estado da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), cujos países membros são responsáveis por 16% da produção diária mundial de petróleo.

Os líderes de Angola, República do Congo, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão, República Democrática do Congo (RD Congo, ex-Zaire), Nigéria, Camarões e Guiné Equatorial têm na agenda pontos considerados essenciais para a região: a crise financeira, a queda nos preços do petróleo e o conflito militar na RD Congo.

O encontro, que marca a passagem do testemunho da presidência da organização do Gabão para Angola, tem como um dos principais pontos de interesse uma decisão conjunta sobre a rebelião armada na RD Congo, que opõe Kinshasa ao general rebelde Laurent Nkunda.

Os oito países da organização têm a mesma posição crítica sobre os rebeldes, mas, segundo analistas, é de esperar que o comunicado final do encontro constitua um passo em frente na forma de atuar perante o conflito, sobretudo quanto a uma eventual exigência que Nkunda deponha armas como condição para negociação.

Queda no petróleo
Luanda também pretende aprofundar a análise sobre a crise financeira e o impacto nos países da região da redução dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Para o ministro angolano das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, a CGG deve criar instrumentos que permitam ao grupo combater os efeitos geográficos da crise.

A queda do preço do barril de crude, que chegou a cerca de U$S 50 (R$ 116,5 no câmbio atual) nos últimos dias, sendo que as nações do Golfo da Guiné produzem 5 milhões de barris por dia.

Atualmente, Angola é o maior produtor da África subsaariana, com cerca de 1,9 milhões de barris diários.

Consolidação
Numa reunião que analistas consideram ter todos os ingredientes para firmar a importância deste recente organismo sub-regional africano, o ministro angolano pediu a união dos membros como caminho mais curto para o benefício comum.

A resolução de conflitos, apoio e definição de estratégias para o desenvolvimento dos membros, gestão das riquezas minerais, com destaque para o petróleo, são alguns dos objetivos que percorrem a criação do organismo, criado em 2006.

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