Brasília, 14 novembro 2008 (Lusa) - A Embaixada de Portugal em Brasília e o Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, vão homenagear na próxima segunda-feira um diplomata português e outro brasileiro que salvaram cidadãos perseguidos pelos nazistas.
Os diplomatas Aristides de Sousa Mendes (Portugal) e Luiz de Souza Dantas (Brasil) se destacaram durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pela concessão de vistos na França a diversas pessoas perseguidas pelo regime nazista, contrariando ordens superiores.
"Decidi promover esta homenagem e convidar o Instituto Rio Branco para se associar a ela, porque nunca é demais ressaltar a coragem demonstrada por diplomatas que souberam colocar a ética à frente da obediência a ordens ilegítimas", disse à Agência Lusa o embaixador português no Brasil, Francisco Seixas da Costa.
O embaixador lembrou que Aristides de Sousa Mendes, "contra ventos e marés", contrariou Salazar e, dessa forma, "desmascarou o cinismo da ditadura do Estado Novo".
Com entrada livre, serão apresentadas duas palestras sobre a atuação dos diplomatas na segunda-feira à noite, no Centro Cultural Camões, na Embaixada de Portugal, onde também estará disposta uma exposição sobre a figura de Sousa Mendes.
A palestra sobre Sousa Mendes será apresentada pelo jornalista português Paulo Martins, que tem desenvolvido um amplo trabalho de divulgação sobre o diplomata no Brasil.
Sobre Souza Dantas falará o professor universitário Fábio Koifman, autor do livro "Quixote nas Trevas", que aborda a ação desenvolvida pelo diplomata brasileiro.
Aristides de Sousa Mendes (1885-1954) e Luiz de Souza Dantas (1876-1954) integram a lista "Justo entre as nações", uma proclamação do Estado de Israel para homenagear pessoas que arriscaram a vida para salvar judeus durante o Holocausto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário