Roma, 10 novembro 2008 - A cantora sul africana, Miriam Makeba, conhecida no mundo inteiro como " Mamã África" , morreu na noite de domingo para segunda-feira com 76 anos de idade, vítima de uma crise cardíaca após ter cantado para o escritor ameaçado de morte pela máfia, Roberto Saviano, perto de Nápoles (Sul da Itália).
Voz legendária do continente africano e que se tornou um dos símbolos da luta antiApartheid, Miriam Makeba foi tomada de uma indisposição quando acabava de cantar durante 30 minutos na hora de um concerto dedicado ao jovem autor de " Gomorra" Castel Volturno perto de Nápoles.
" Makeba foi á última que subiu ao palco, após à passagem de outros cantores. Houve um pedido nesse momento se havia um um médico entre à assistência. Miriam Makeba desmaiou e caiu sobre no solo" , de acordo com um fotógrafo da AFP.
Foi transportada rapidamente para a clínica Pineta Grande Castel Volturno, onde teve morte imediata depois na sequência de uma crise cardíaca, de acordo com Ansa. Cerca de um milhar de pessoas assistiram a este concerto anti-mafia, sobre uma comuna considerada um dos feudos da máfia napolitana, o Camorra, e onde seis imigrantes africanos e um italiano foram abatidos em condições ainda por esclarecer, em Setembro passado.
Miriam Makeba tinha nasceu a 4 de Março de 1932, e Johannesburg. Começou a cantar nos anos de 1950 com o grupo " Manhattan Brothers" e escreveu em 1956 a canção que lhe deu grande sucesso: " Pata, Pata".
Foi forçada a exílar-se durante longos anos devido ao seu aparecimento num filme anti-Apartheid " Come back Africa" (o Regresso para África).
Miriam Makeba: voz legendária do continente africano
Paris (França) - A Voz legendária do continente africano e que se tornou um dos símbolos da luta antiApartheid, a artista sul-africana, Miriam Makeba, cognominada " Mamã áfrica" falecida na noite de domingo para segunda-feira perto de Nápoles, na Itália, nasceu em Joanesburgo (África do sul ) a 4 de Março de 1932.
Criança de uma mãe suazilandesa e de um pai shosa, atraiu à atenção internacional como cantora do grupo sul-africano "the Manhattan Brothers" , na véspera de uma digressão aos Estados Unidos em 1959.
No ano seguinte, quando queria regressar à África do Sul (seu país) para assistir o funeral de sua mãe, o Estado sul-africano tirou-lhe a sua nacionalidade e a condenou imediatamente depois da sua música. Na sequência deste desterro, viveu 31 anos no exílio, nos Estados Unidos e na Guiné.
Foi a primeira mulher negra foi autorgada com um Grammy Award que partilhou com o cantor norte americano Harry Belafonte em 1965.
Dois anos depois, conheceu cimeiras de glória com a gravação deo seu disco inédito "Pata Pata" inspirado de uma dança típica de um municipio sul africano.
Em 1985, conheceu uma passagem dolorosa quando a sua filha, Bongi, morreu com 36 anos de idade e Miriam Makeba, que não tinha dinheiro para pagar o seu enterro, fez o funeral sózinha impedindo os jornalistas a cobrir o acontecimento.
Nos anos de 1990, regressou para o seu país (África do Sul) após a saída de prisão de Nelson Mandela, mas esperou seis anos antes de gravar um novo disco. Saiu então o disco " Homeland" que contem uma canção que descreve a sua alegria de ter regressado à sua terra natal e no qual evoca o Apartheid.
"Eu conservei a minha cultura, conservei a música das minhas raizes. Graças a ela, tornei-me esta voz e esta imagem de África e do seu povo sem mesmo estar consciente", escreveu a grande cantora africana na sua biografia. (AngolaPress)
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