26 novembro 2008/Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br
Assunção (Prensa Latina) O presidente paraguaio, Fernando Lugo, conta com o apoio de quase 70 por cento da população, destaca hoje uma sondagem promovida pelo cumprimento dos primeiros 100 dias de governo do ex- bispo.
Uma sondagem que difunde o jornal ABC Cor assinala que 69,6 por cento dos paraguaios aprova o mandatário, entretanto 89,2 por cento deseja que triunfe a gestão iniciada em 15 de agosto passado.
Segundo a consultora First Análise e Estudos, quase a metade dos paraguaios entrevistados reconheceu que a situação econômica é ruim, mas se mostrou otimista em que melhorará no semestre próximo.
"Queremos o entendimento da cidadania, este não é um governo que vai fazer um milagre, nem magia, vai trabalhar com patriotismo, mas dentro de um processo", sustentou Lugo recentemente.
Amanhã terça-feira, o presidente divulgará um relatório sobre a gestão destes pouco mais de três meses. A partir da data e até 1 de dezembro, os ministros também oferecerão avaliações das carteiras que dirigem. Um estudo da consultora Ati Snead, publicado pelos quotidianos La Nación e Ultima Hora, indica que o desempenho do governo foi bom ou muito bom para 46 por cento da população. Um 47 acha que é regular. Similares resultados confirma uma pesquisa da firma GEO e divulgada pelo jornal Ultima Hora.
Durante o período-reconheceu Lugo- há luzes e sombras.
"Não somos nem Messias nem Batman, mas acho que há lucros sustantivos, especialmente no campo da saúde e da administração mais transparente", destacou.
De fato, a ministra de Saúde, Esperanza Martínez, foi qualificada nas sondagens com uma gestão distinta para os primeiros 100 dias de governo, com um incremento em sua boa imagem.
"Começamos fazendo um trabalho interno dentro da casa, tomando muitas medidas e até agora tivemos bons resultados" disse hoje Martínez para a emissora 780AM.
Contam entre seus primeiros lucros a gratuidade de cirurgias de todo tipo, de cuidados intensivos e outras assistências de complexidade em todos os serviços hospitalares públicos.
O atual governo decretou a criação da Coordenadora Executiva para a Reforma Agrária, em resposta às reclamações camponesas; e realizou mudanças nas chefias da milícia e a Polícia Nacional.
Junto às autoridades brasileiras, conseguiu a criação de uma comissão para atender as reclamações do Paraguai na hidrelétrica Itaipu.
No entanto, "a substituição do neoliberalismo por um novo modelo está cheio de obstáculos de todo tipo", adverte o chefe de Estado.
"Assim, não é nada fácil conseguir que a estrutura agrária seja menos injusta, que o latifúndio e a monocultura dêem lugar à agricultura familiar diversificada e ecológica. Não é nada fácil destruir as máfias da droga, do contrabando, da pirataria industrial, do tráfico de pessoas, da lavagem de dinheiro", apontou.
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