sexta-feira, 21 de março de 2014

Moçambique/Lago Niassa: Conflito fronteiriço debate-se em Maputo

21 março 2014, http://www.rm.co.mz (Moçambique)

Delegações do Malawi e da Tanzania estão reunidas na cidade de Maputo, para debater as disputas fronteiriças sobre o Lago Niassa.

O encontro decorre sob a mediação dos antigos presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano, da África do Sul, Thabo Mbeki e do Botswana, Festus Muhai.

O presidente do Fórum dos Antigos Chefes do Estado e de Gpverno da SADC e chefe da equipa de mediação sobre a disputa do Lago Niassa, Joaquim Chissano, disse que a disputa fronteiriça sobre o Malawi e a Tanzania, é um dos legados do colonialismo português, que deve ser removido, para a materialização dos sonhos dos africanos de construírem países prósperos, num clima de paz uns com os outros.


“Um dos legados coloniais na nossa região é a disputa fronteiriça entre o Malawi e a Tanzania, ao longo do Lago Niassa. Os dois países têm feito esforços bilaterais assinaláveis para encontrar solução para a sua disputa, mas sem resultados positivos. Por isso, ambos decidiram pedir o apoio dos membros da SADC, que são membros do fórum dos antigos chefes de Estado e de Governo, para apoiá-los na busca de uma solução mutuamente aceitável, para este desafio”, disse Chissano.

O antigo estadista moçambicano exortou ainda ao Malawi e a Tanzania a trabalharem juntos em prol da unidade dos africanos e da União Africana.

“Com a realização desta reunião em Maputo, o processo de mediação está a atingir outra fase, na qual esperamos que culmine com uma proposta de solução para esta disputa, que já vai longa no tempo. Como equipa de mediação, vemos a nossa tarefa como a de apoiar as partes a alcançar um acordo global e final, entre si, com o objectivo de estreitar ainda mais as relações duradouras entre os povos do Malawi e da Tanzania, nas quais todos saiam a ganhar. Por isso, exorto as duas delegações a trabalhar entre si e com a equipa de mediação, no espírito de abertura e compreensão mútua, todos unidos pelo mesmo forte objectivo de cimentar as relações fraternas entre os dois países construindo uma prosperidade comum e crescente para todos os malawianos e tanzanianos”, frisou Chissano.

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