sexta-feira, 3 de junho de 2011

Brasil e África do Sul procuram solução para crise na Líbia

2 junho 2011/Vermelho http://www.vermelho.org.br

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, propôs nesta quinta-feira (2) a seu colega da África do Sul, Jacob Zuma, que os dois países articulem no Conselho de Segurança da ONU uma saída política para a crise na Líbia, segundo a assessoria da Presidência.

O presidente sul-africano telefonou para Dilma e os dois líderes conversaram durante cerca de 10 minutos sobre a crise na Líbia e a futura liderança do Fundo Monetário Internacional.

Zuma, que se reuniu pessoalmente com o presidente da Líbia Muamar Kadafi esta semana, relatou a Dilma seus esforços na negociação de uma saída para a crise.

Segundo a assessoria da Presidência, Dilma e Zuma expressaram preocupação com a deterioração da situação humanitária na Líbia, onde amotinados e o exército local travam uma guerra civil há mais de 100 dias.

Os dois líderes também questionaram as ações do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) em meio ao conflito, apontando que a Otan ultrapassa suas atribuições.

Dilma também citou impactos negativos do conflito sobre a população civil e, por sugestão dela, ficou acertado que os dois países se articulariam no Conselho de Segurança da ONU para buscar uma saída política para a crise.

Apoio no FMI
O presidente Zuma também consultou Dilma sobre a posição do Brasil diante de uma eventual candidatura do ex-ministro das Finanças sul-africano Trevor Manuel à chefia do FMI.

Zuma disse acreditar que os países em desenvolvimentos devem ter uma oportunidade de dirigir o fundo e ouviu de Dilma que o Brasil tem sido enfático na defesa de maior participação dos emergentes em organismos internacionais.

Dilma também repetiu para Zuma o que o governo brasileiro já havia dito diante das consultas de França e México: o país espera a consolidação do quadro de candidaturas para confirmar seu apoio e defende que o processo de escolha do próximo dirigente do fundo seja aberto, transparente, independente das nacionalidades e orientado por questões de mérito. (Com agências)

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Líbia, a invasão privatizada

2 junho 2011/Tijolaço.com http://www.tijolaco.com

O jornal inglês The Guardian confirma o que a Al-Jazeera já havia informado: forças britânicas de solo estão ajudando os rebeldes e orientando os ataques com mísseis e bomba.

Só que não são soldados “oficiais”. São mercenários, combatentes irregulares, contratados por sabe-se lá quem – sabe-se mesmo, né?.

Diz o jornal que “ex-soldados da SAS – tropa de elite do exército inglês, especializadas em infiltração no território “inimigo” e outros funcionários ocidentais de empresas de segurança privada estão ajudando a identificar os alvos da Otan no porto da cidade líbia de Misrata, cenário de intensos combates entre as forças do país, Muammar Gaddafi e rebeldes”

Veteranos das forças especiais estão passando os detalhes dos locais e os movimentos das forças de Khadafi ao Quartel do Tenente-General Charles Bouchard, o comandante canadense das forças da Otan, disseram as fontes.As metas são, então, verificada por aviões espiões e aviões Predator – não tripulados – dos EUA. O ex-soldados estão lá com a bênção da Grã-Bretanha, França e outros países da Otan, que lhes forneceu os equipamentos de comunicação. Eles fornecem informações para os pilotos de helicópteros de ataque britânicos e franceses.

A resolução da ONU sobre a Líbia proíbe, terminante e expressamente, o uso de forças militares de solo. Esqueceram, porém, que os exércitos, faz tempo, podem ser privatizados, a la Blackwater no iraque.


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