O consórcio formado pelas firmas italiana ENI e a portuguesa Galp-Energia prevê iniciar até Setembro próximo as actividades de perfuração petrolífera na bacia do Rovuma, onde pretende desenvolver um bloco de exploração no alto mar, a profundidades até 2600 metros. Na mesma bacia, que cobre uma área marítima e continental entre os distritos de Memba, em Nampula, e Palma, em Cabo Delgado, operam igualmente as companhias americana Anadarko Petroleum, a norueguesa Statoil e a malaia Petronas.
20 junho 2011, Notícias
Segundo o director-geral da Galp-Energia, Carlos Ferreira, o arranque do projecto estava inicialmente agendado para Maio, prazo mais tarde alterado para Julho e, mais recentemente para Setembro, para dar tempo à chegada dos equipamentos a ser usados nas operações de perfuração.
A firma italiana ENI detém 70 porcento das acções do consórcio, sendo os restantes 30 detidos pela Galp-Energia. O contrato com este consórcio prevê um período de prospecção de oito anos e 30 anos para a fase de produção.
Para efeitos de desenvolvimento de acções de pesquisa e prospecção, a bacia do Rovuma foi dividida em seis blocos, sendo o bloco-1 detido pelos americanos da Anadarko, aquele onde as actividades se encontram em fase mais adiantada, embora as atenções estejam concentradas para o gás natural, uma vez que as reservas de petróleo descobertas até aqui não inspiram, segundo a companhia, investimentos de dimensão comercial.
Entretanto, e segundo posição defendida por especialistas da Anardarko, os resultados obtidos nas actividades de pesquisa e prospecção, embora baseados em dados empíricos, podem vir a não corresponder com os níveis de produção alcançados na fase de desenvolvimento, por razões que podem estar ligadas a factores como falta de capacidade técnica para garantir uma exploração plena das reservas identificadas, entre outros considerados factores de risco.
Desde a assinatura do contrato de concessão do bloco-1, em 2007, a Anadarko investiu cerca de 750 milhões de dólares norte-americanos em actividades de prospecção e pesquisa, tendo aberto um total de seis furos no mar e um sétimo no continente, do que resultou a descoberta de gás natural em pelo menos quatro furos no alto mar, nomeadamente os furos Windjammer, Barquentine, Lagosta e Tubarão. A presença de petróleo foi descoberta em apenas um dos furos abertos, mas em quantidade consideradas não comerciais.
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