Ilha de Moçambique, 2 junho 2011 (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza, apela ao espírito de solidariedade, trabalho e apoio mútuo entre os moçambicanos na realização das diferentes tarefas para o desenvolvimento do país.
Falando num comício popular que orientou hoje, no posto administrativo de Lumbo, distrito da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, Guebuza destacou que a cada dia que passa todos os cidadãos são chamados a dar a sua contribuição e, no final do dia, cada um deveria questionar sobre os seus próprios feitos.
A luta contra a pobreza só poderá ser ganha se todos os moçambicanos avançarem sem esquecer a necessidade de acabar com a pobreza e sem nunca vacilar, disse Guebuza adiantando que, para o efeito, é imprescindível manter a paz porque esta luta não pode ser vencida quando uns estão a construir e outros a destruir.
“Há os que não fazem nada, porque querem ter tudo feito. Mas a luta contra a pobreza é de todos”, vincou o presidente Guebuza, destacando que os moçambicanos são honestos e sabem o que querem.
O Chefe do Estado, que cumpriu um programa que incluiu o plantio de árvores, apelou aos presentes para prestarem atenção especial ao plantio de casuarinas e de outras plantas nativas, facilmente adaptáveis às condições climatéricas locais para travar a erosão dos solos.
”Na floresta comunitária constatamos a existência de eucaliptos e outras plantas, mas é preciso melhorar mais o trabalho com o plantio de árvores nativas próprias da nossa terra. Podemos envolver, neste trabalho, jovens e crianças para darem a sua contribuição, porque a floresta é muito importante para a comunidade”, explicou.
Na sua intervenção, os populares de Lumbo acusaram o chefe do posto, Amade Salimo, de falta de respeito quando se dirige à população e de usar o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo “Sete milhões de Meticais” em benefício próprio e de não honrar os compromissos assumidos por si próprio.
Para sustentar estas acusações, Manuel Ali, um dos residentes, queixou-se ao Presidente Guebuza, pelo facto de o chefe do posto alegadamente ter-lhe usado como promotor para a sua campanha de candidatura às eleições internas do partido Frelimo, prometendo que haveria de lhe oferecer uma bicicleta em caso de vitória, mas depois recusou-se a cumprir a promessa.
Augusto Bolacha, outro residente, acusou alguns funcionários da Direcção da Agricultura de lhe terem extorquido 3.300 meticais (cerca de 110 dólares) que lhe foram cobrados para o registo de um talhão que já tinha sido registado no tempo colonial sob a alegação de que pretendiam fazer marcos para delimitar os terrenos algo que nunca chegou a acontecer.
Os populares pediram ainda o aumento da rede sanitária, reabilitação do sistema de abastecimento de água, uma loja de venda de energia eléctrica, transporte, preocupações que o Chefe do Estado prometeu estudar e investigar para uma melhor compreensão e tomada de decisão mais correcta para cada caso.
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