29 julho 2010/Diário Liberdade http://www.diarioliberdade.org
CMIP - A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é um crescente obstáculo para se alcançar a paz mundial. Desde o fim da Guerra Fria, a Otan reinventou-se como uma ferramenta para a ação militar, por parte da "comunidade internacional", incluindo a promoção da chamada "guerra ao terror". Na realidade, é um veículo para o uso da força, dirigido pelos EUA, com bases militares em todos os continentes, ultrapassando as Nações Unidas e o sistema de Direito Internacional, acelerando a militarização e a escalada das despesas com o armamento - os países da Otan são responsáveis por 75% da despesa militar global. Prosseguindo aquela agenda expansionista desde 1991, para firmar os seus interesses estratégicos e sobre os recursos, a Otan iniciou a guerra nos Balcãs, sob o pretexto da chamada "guerra humanitária" e, durante quase nove anos, tem travado uma guerra brutal no Afeganistão, numa trágica escalada, que se vem expandindo para o Paquistão.
Na Europa, a Otan agrava as tensões, alimentando a corrida aos armamentos, com a chamada "defesa anti-mísseis", um enorme arsenal nuclear assocado a uma política de primeiro ataque nuclear. A política da UE é cada vez mais ligada à Otan. A procura de uma potencial expansão da Otan na Europa Oriental e, mais além, bem como as suas operações "fora de área" estão a tornar o mundo um lugar mais perigoso. O conflito no Cáucaso é uma indicação clara desses perigos. Cada avanço da fronteira Otan aumenta a possibilidade de guerra, incluindo o uso de armas nucleares.
Para alcançar a nossa ambição de um mundo pacífico, rejeitamos as respostas militares à crises mundiais e regionais - aquelas, são parte do problema, não parte da solução. Recusamos viver sob o terror das armas nucleares e rejeitamos uma nova corrida aos armamentos. Temos de diminuir as despesas militares, dirigindo, alternativamente, recursos para a satisfação das necessidades humanas. Temos de fechar todas as bases militares estrangeiras. Opomo-nos a todas as estruturas militares utilizadas para a intervenção militar. Temos de democratizar e desmilitarizar as relações entre os povos e estabelecer novas formas de cooperação pacífica para construir um mundo mais seguro e justo.
Na sua próxima cúpula, em Portugal, a Otan irá decidir sobre uma nova estratégia. A nova estratégia da Otan incluirá a continuação da guerra no Afeganistão, as intervenções contra outros países, a expansão para Oriente e para Norte e a continuada instalação de armas nucleares. A ameaça mais candente é que a utilização e a modernização do armamento nuclear continuará a ser uma parte central da nova estratégia.
O movimento internacional pela paz e outros movimentos vão protestar contra estas políticas belicistas e apelam para a abolição da Otan.
[Semana de Ação]
• Quarta (17) e Quinta-feira (18)
Ações e eventos locais e regionais
• Sexta-feira (19) e Domingo (21)
Congresso Internacional: Contra-Cúpula contra a Guerra e a Estratégia da Otan, realizada pela organização "Não à Guerra - Não à Otan " em conjunto com a PAGAN e muitas outras organizações portuguesas.
• Sábado (20)
Manifestação internacional "Não à Guerra - Não à Otan"
A nova estratégia da Otan é a continuação e amplificação da antiga política da Otan virada para a guerra.
Dizemos NÃO!
Para futura informação e contato, por favor, escreva para:
- http://www.no-to-nato.org
- info[arroba]ialana.de
- http://antinatoportugal.wordpress.com
- antinatoportugal[arroba]gmail.com
ICC, International Coordinating Committee No to War – No to NATO
PAGAN, Plataforma Anti-Guerra Anti-NATO Portugal
agência de notícias anarquistas-ANA
Notícias relacionadas
• Conselho Português pela Paz lidera campanha Paz Sim! Otan Não
• Fuga de informação do exército dos Estados Unidos
• Uma decisão que lança mais combustível no incêndio das intervenções imperialistas
• Mobilizações marcam 17 anos da Chacina da Candelária e 20 anos do Caso Acari
• Cresce nos EUA o debate sobre os assassinatos seletivos ordenados pelo governo
Nenhum comentário:
Postar um comentário