Lisboa, 1 julho 2010 (Angola Press) - O embaixador do Brasil em Portugal, Celso Vieira de Souza, destacou quarta-feira a importância do périplo que Lula da Silva realiza, a partir de sábado, por seis países africanos, lembrando que nunca nenhum presidente brasileiro visitou tanto o continente africano.
Celso Vieira de Souza falava à agência Lusa à margem do colóquio "Os esforços de integração na América Latina -- a perspectiva do Brasil. As negociações UE/Mercosul", que hoje decorreu no Parlamento, em Lisboa.
O diplomata lembrou a "voz muito forte" que o Brasil e Portugal tiveram e continuarão a ter nos países africanos lusófonos.
"Os nossos dois países sempre tiveram e terão uma voz muito forte nos países africanos lusófonos, não só por causa da língua portuguesa, mas também pelo grau de integração que as empresas portuguesas e brasileiras já atingiram nesses países e pelo [nosso] grau de desenvolvimento tecnológico", afirmou.
De acordo com o embaixador do Brasil em Portugal, são esses o factores que "fazem com que surjam parcerias, sinergias e as oportunidades sejam mais concretas".
O presidente do Brasil, inicia em Cabo Verde, na próxima terça feira, uma viagem ao continente africano, que o levará à Guiné-Bissau, à Guiné Equatorial, à Tanzânia, à Zâmbia e à África do Sul.
Na Ilha do Sal, Lula da Silva participará na cimeira Brasil- CEDEAO - comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.
No dia seguinte, o chefe de Estado brasileiro deverá partir para a Guiné-Bissau e, no dia 05 de julho, para a Guiné Equatorial. A agenda do presidente Lula inclui também compromissos na Tanzânia e na Zâmbia.
A última etapa do périplo pelas nações do continente africano será na África do Sul, onde Lula da Silva permanecerá até 12 de julho.
O embaixador do Brasil em Portugal se escusou a comentar a possível adesão da Guiné-Equatorial como membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, remetendo as explicações sobre este assunto para o embaixador Pedro Mota Pinto Coelho, chefe da representação do Brasil junto do bloco lusófono.
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