Os dados divulgados hoje pelo Eurostat dão conta da situação
insustentável a que o país chegou. A taxa de desemprego foi de 15,9% em Agosto,
o que corresponde a um desemprego real de 1 milhão 393 mil desempregados
(juntando os inactivos disponíveis e indisponíveis, e o subemprego dos
trabalhadores a tempo parcial, calculados no 2º trimestre pelo INE). Entre os
menores de 25 anos a taxa de desemprego foi de 35,9%.
Tal como se verificou em Julho, as ocupações sazonais não foram
suficientes para conter o aumento do desemprego, o que se tenderá a agravar nos
meses de Outono e Inverno, se não forem tomadas medidas imediatas para estancar
a destruição de postos de trabalho.
Face ao ano anterior o número real de desempregados aumentou 256 mil, o
que confirma mais uma vez o desastre que são as políticas que têm vindo a ser
postas em prática por sucessivos governos e que o actual do PSD/CDS tem
acentuado. À boleia do Memorando da Troica, o Governo asfixia a economia,
aumenta o desemprego e põe em causa a soberania do país.
A protecção social no desemprego chega a cada vez menos desempregados.
Neste momento apenas um quarto dos desempregados têm uma prestação no
desemprego e o Governo quer diminuir o tempo de atribuição do subsídio de
desemprego.
O povo rejeita esta política de empobrecimento do país, dos
trabalhadores e das populações, que tantas famílias atira para o desemprego e
para a pobreza. Tal como ficou demonstrado na Manifestação do passado Sábado 29
de Setembro e que o Terreiro do Paço foi pequeno para acolher, é preciso acabar
com esta política e com este Governo, antes que este Governo e esta política
acabem com o País.
O novo aumento do desemprego reforça a necessidade de todos os
desempregados participarem na Marcha Contra o Desemprego, iniciativa que se
inicia já na próxima sexta feira, dia 5 de Outubro, simultaneamente em Braga e
no Algarve, terminando dia 13 de Outubro em Lisboa. A Marcha, que percorrerá
todo o país, chamando a atenção para os problemas do desemprego, para as suas
causas e onde serão apresentadas propostas para a sua superação, é aberta a
todos os que nela queiram participar.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 01.10.2012
Lisboa, 01.10.2012
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