sábado, 27 de outubro de 2012

Moçambique/Sectores estratégicos da economia: Oferta de emprego acima dos 215 mil


Mais de 215 mil novos empregos deverão ser criados ao longo do próximo ano no país, segundo projecções oficiais inscritas no Plano Económico e Social, que vai a debate na decorrente sessão ordinária do Parlamento a decorrer desde esta segunda-feira em Maputo.

25 de Outubro de 2012, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz

Do universo de postos de trabalho projectados para 2013, perto de 54 mil serão gerados com a intervenção do sector público, através do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), do Plano Estratégico para Redução da Pobreza Urbana (PERPU) e do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD).

A comparticipação do sector privado deverá resultar na criação de perto de 162 mil empregos em todo o país, dos quais 15,3 mil serão gerados no âmbito da implementação de dez projectos de investimento nas áreas de agricultura e agro-indústria, energia, transportes e comunicações e indústria transformadora.

No total, os investimentos do sector privado vão ultrapassar os seis mil milhões de dólares norte-americanos, sendo a área de energia aquela que não só vai representar o maior investimento, com cerca de 2,7 mil milhões de dólares, como também vai gerar mais empregos – 4380 – sendo 4040 na fase de construção dos empreendimentos e 340 na fase de operação.

Trata-se de investimentos moçambicanos, angolanos, brasileiros e dos Emirados Árabes Unidos a serem implantados na província de Tete, na construção e operação de uma central termoeléctrica movida a partir do carvão de Moatize; a Central Hidroeléctrica de Lupata, com capacidade para gerar 416 Mega Watts (Mw), e a Central Hidroeléctrica de Boroma, com capacidade para gerar 210Mw de energia eléctrica.

As áreas de agricultura e agro-indústria deverão absorver 1,2 mil milhões de dólares em três projectos de produção de açúcar, etanol e energia eléctrica, com fundos moçambicanos, sul-africanos, polacos e ingleses. Segundo projecções, estes empreendimentos vão abrir um total de 8300 postos de trabalho nos distritos de Massingir, em Gaza, Caia, em Sofala e Mopeia, na Zambézia.

Enquanto isso, na vertente de transportes e comunicações estão projectados investimentos na ordem dos 1,1 mil milhões de dólares norte-americanos, com capitais moçambicanos e brasileiros, na construção e operação das linhas férreas ligando Moatize e Nacala-à-Velha, passando pelo vizinho Malawi, e o terminal petrolífero de Pemba, na província de Cabo Delgado.

O primeiro empreendimento deverá empregar 1930 trabalhadores, 1250 dos quais na fase de construção e os restantes na operação, enquanto o terminal petrolífero se espera venha a empregar 300 trabalhadores.

Na área industrial, o fabrico de fertilizantes e gasolina a partir do gás natural e a construção e exploração de uma fábrica de cimento nas províncias de Inhambane e Sofala, respectivamente, vão marcar a intervenção do sector privado ao longo do próximo ano, com um investimento que deverá atingir os 976,5 milhões de dólares americanos, gerando 231 novos postos de trabalho.

Entretanto, e com vista a melhorar a empregabilidade dos moçambicanos no mercado do trabalho, cerca de 43 mil alunos deverão ser inscritos no próximo ano lectivo em instituições de Ensino Técnico-Profissional, nos turnos laboral e pós-laboral. Deste universo, segundo projecções do Executivo, 4770 serão inscritos no nível elementar/profissional, 26665 no básico e 11632 no nível médio.
Em 2013 o Ensino Técnico-Profissional vai funcionar em 60 instituições públicas, mais 2 em relação aos que funcionam no presente ano lectivo.

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