Pretória - O Congresso Nacional Africano (ANC) levou hoje o Facho do seu
centenário à Embaixada da Republica de Angola, em Pretória, para expressar a
sua gratidão ao povo angolano pelo apoio concedido durante a luta contra o
apartheid na África do Sul.
O facho, transportado por militantes vestidos de camuflado, foi entregue
a embaixadora Josefina Pitra Diakité numa cerimónia antecedida pela entoação
dos hinos da República de Angola e da África do Sul, e testemunhada por cerca
de 100 membros do ANC e diplomatas dessa missão diplomática.
Ao apresentar o facho, o chefe da comitiva do ANC, Soh Khamyile,
sublinhou a importância da ajuda política e logística de Angola, através do
MPLA e das ex-FAPLA à causa sul-africana, durante a luta pela liberdade e
igualdade de direitos.
“Viemos cá com o facho que marca os 100 anos da nossa existência para,
com muito respeito, agradecer e reconhecer o apoio incondicional de Angola e
dos seus Lideres” - enfatizou Soh Khamyile, membro do comité executivo do ANC
na província de Gauteng.
Em resposta à mensagem do partido mais antigo do continente africano, a
embaixadora Josefina Pitra Diakite considerou a iniciativa “um gesto enorme” e
felicitou o ANC pelo centenário e por partilhar com Angola este momento tão
alto da sua História.
A chefe da missão diplomática lembrou que Angola, através dos
presidentes Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, sempre assumiu a luta do
ANC contra o apartheid na África do Sul como sendo também uma causa dos
angolanos.
Josefina Pitra Diakite recordou que a palavra de ordem do presidente
Agostinho Neto, segundo a qual “Na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul está
a continuação da nossa luta” demonstrou o compromisso e o engajamento aberto de
Angola na causa da liberdade da África do Sul.
“Mesmo independente, Angola nunca se sentiria livre sem a liberdade
desse povo irmão” - disse a embaixadora.
O facho que marca o centenário do ANC foi aceso a 8 de Janeiro do
corrente ano, na cidade de Bloemfontein, província do “Estado Livre”, numa
cerimónia testemunhada por mais de 60 mil pessoas. Desde então, tem circulado
em todas as regiões do país e levado às comunidades dos vários extractos da sociedade
sul-africana.
As actividades relativas ao centenário encerram em Dezembro próximo.
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